terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Abraça que é bom

Além de gostoso, abraçar protege a saúde, retarda o envelhecimento e aquece o coração. Aproveite as festas de fim de ano para praticar

Bem-vinda ao espírito natalino! Mais do que simplesmente trocar presentes, Natal e Réveillon são momentos para reunir a família, rever os amigos, comemorar a vida! E, nessa hora, um abraço apertado vale por mil palavras. Ele pode dizer coisas como eu gosto de você, conte comigo, obrigada por estar sempre ao meu lado ou sei o que você está sentindo. Não é só isso: o toque tem poderes fantásticos sobre a saúde e o bem-estar.

Um estudo do departamento de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que abraçar tem relação direta com qualidade de vida. Com a troca de calor e afeto, o corpo passa por uma dança de hormônios: enquanto o nível de cortisol, o hormônio do stress, despenca, substâncias químicas como a serotonina e a dopamina aumentam, contagiando o cérebro e cada célula do organismo com uma sensação de conforto e felicidade. Em seguida, a pressão sanguínea diminui e os batimentos cardíacos desaceleram – quadro ideal para ficar protegida de doenças cardiovasculares e viver plenamente por muitos e muitos anos.

Kathleen Keating, autora dos livros A Terapia do Abraço 1 e 2 (Editora Pensamento), lembra que o contato físico não é apenas agradável mas também necessário, ainda mais em tempos em que a gente se comunica virtualmente. “Por vivermos numa época que valoriza a razão e a tecnologia, perdemos a consciência dos sentimentos. Quando nos tocamos e nos abraçamos valorizamos o amor e a cumplicidade, o que alivia a dor, a depressão e a ansiedade”, afirma. Na família desse gesto, os especialistas descrevem cinco tipos que correspondem às mais diversas situações. Pratique: é gostoso e faz bem.

Fonte: Boa Forma

Médicos criam rede para pesquisar aborto de repetição

São Paulo - Médicos de nove cidades se uniram para criar no País uma rede de pesquisa, diagnóstico e tratamento do aborto de repetição, situação na qual a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais seguidas, não conseguindo levar a gravidez até o fim. Estão nesse trabalho profissionais de Campinas, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Florianópolis. O problema ocorre em cerca de 5% dos casais em idade fértil, de acordo com estatísticas mundiais.

A proposta, liderada pelo Núcleo de Imunologia da Reprodução Humana (Nidarh), formado por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende ampliar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nesse tipo de aborto, aprimorar o tratamento, criar uma base nacional de dados e estimular o debate sobre resultados com vacinas que combatem falhas imunológicas.

"Quando o banco de dados estiver pronto, ginecologistas e obstetras de qualquer Estado poderão tirar dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes", diz o médico Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes da Divisão de Reprodução Humana da Unicamp. Ele explica que o grupo começará no primeiro semestre de 2008 um estudo clínico sobre o aborto recorrente em várias capitais.

O aborto espontâneo recorrente que ocorre até a 12.ª semana de gravidez é chamado de precoce, e as principais causas costumam ser genéticas, infecciosas ou imunológicas.

"Já os mais tardios estão relacionados à dificuldade de expansão e de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez", diz Joji Ueno, coordenador do curso Especialização em Medicina Reprodutiva, ministrado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Estudo feito no ano passado com pacientes atendidas na Unicamp, um dos primeiros a tentar mapear as possíveis causas do aborto espontâneo recorrente, mostrou que, entre esses fatores, o mais freqüente foi o fator imunológico, principalmente o chamado aloimune (93,9%) - processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias.

Fonte: O Estado de S. Paulo

sábado, 22 de dezembro de 2007

Detectada descontinuidade na prevenção ao HIV entre usuários de drogas injetáveis

Um estudo da Fiocruz avaliou como a descentralização do Programa Nacional de DST e Aids (PN-DST/Aids) do Ministério da Saúde influenciou, no Estado do Rio de Janeiro, a transferência de recursos para os programas de redução de danos, que visam à prevenção ao HIV entre usuários de drogas injetáveis (UDI). Desenvolvida pela pesquisadora Elize Massard, do Programa de Doutorado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) e orientadas pelos professores José Mendes Ribeiro e Francisco Inácio Bastos, a pesquisa revelou que, dos 22 programas de redução de danos existentes em 2002, o Rio passou a contar com apenas dois em 2006. A pesquisa foi veiculada nos Cadernos de Saúde Pública.

Por meio das ações de prevenção à Aids entre UDI no Brasil os usuários têm acesso a seringas novas e estéreis, mediante troca pelas usadas. “O usuário que faz a troca coopera para o sucesso do programa, pois reduz a circulação de seringas potencialmente contaminadas”, explica José Mendes Ribeiro.

Segundo o pesquisador, no Estado do Rio de Janeiro a descentralização do PN-DST/Aids – que só ocorreu efetivamente em 2006 – obrigou os programas de redução de danos a buscarem novas fontes de financiamento. Ao longo dos últimos três anos, embora outras ações de controle da Aids tenham sido beneficiadas pela descentralização, os programas de prevenção ao HIV entre UDI sofreram declínio no volume de recursos transferidos e no número de iniciativas financiadas, “o que pode se traduzir em um retrocesso nas políticas de prevenção ao HIV/Aids entre UDI no estado”, diz o artigo.

Esse processo de descentralização teve início por volta de 2002. Antes, desde 1993, o programa do Ministério da Saúde financiava as ações de prevenção à Aids no Brasil por meio de convênios firmados com estados e municípios. De 1993 a 2002, foram custeados aproximadamente 900 projetos de organizações da sociedade civil, sendo que mais de 180 deles eram de prevenção entre UDI. As principais fontes de recursos eram acordos de empréstimos do Banco Mundial ao governo brasileiro, conhecidos como Aids 1 e Aids 2.

Contudo, esse mecanismo, no qual os recursos eram repassados a iniciativas pré-selecionadas dos estados, municípios e organizações da sociedade civil por meio de convênios e concorrências com o PN-DST/Aids, se mostrou limitado. Um outro arranjo começou a ser delineado em 2002 e, assim, surgiu o Aids 3, que enfatizava a descentralização do financiamento e da administração do programa, transferindo para estados e municípios a responsabilidade de decidir em quais ações investir os recursos. O repasse do dinheiro passou a ser feito pelo Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais, em um processo denominado transferência fundo-a-fundo.

A descentralização no Rio de Janeiro fez com que os programas de redução de risco que receberiam financiamento fossem selecionados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Os gestores passaram a ter autonomia quanto às decisões de investir ou não nesses programas, o que resultou na descontinuidade das ações de prevenção ao HIV entre UDI. Isso pode significar risco de reemergência da epidemia de Aids entre UDI ou de outros agravos de saúde pública nesta população, como as hepatites B e C e a tuberculose.

No entanto, apesar desse risco no que se refere aos UDI, a descentralização do PN-DST/Aids já trouxe melhora significativa em diversos outros segmentos, como redução da transmissão do HIV de mãe para filho, distribuição de medicamentos e preservativos. “Mesmo em relação aos UDI, embora tenha sido detectada uma descontinuidade inicial, parece já estar ocorrendo uma retomada das ações. Só que ainda é muito cedo para avaliar esse processo”, diz o epidemiologista Francisco Inácio Bastos, do Instituto de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fiocruz, que também assina a pesquisa. “Entrevistas com gestores e executores das ações de redução de danos podem contribuir para uma melhor compreensão de como vem se dando a migração dos recursos do governo federal para as esferas estaduais e municipais”, acrescenta Mendes.

Fonte: Fiocruz

Fumaça da maconha tem mais tóxicos que a de tabaco

Um estudo divulgado nesta semana traz mais uma evidência de que maconha não é inofensiva, em relação ao cigarro. Pesquisadores canadenses compararam a fumaça da Cannabis com a de tabaco e descobriram que a primeira contém mais substâncias tóxicas, algumas delas carcinogênicas.

Os cientistas, liderados por David Moir, do Programa de Controle de Tabaco, encontraram na fumaça inalada de maconha uma quantia de amônia igual à de 20 cigarros. Os níveis de cianeto de hidrogênio e de óxido nítrico --que afetam coração e pulmões- apareceram em concentrações três a cinco vezes superiores.

Os pesquisadores se motivaram a levantar esses dados depois de perceberem que a porcentagem de jovens entre 15 e 24 anos do país que fumam maconha diária ou ocasionalmente vem crescendo nos últimos anos, enquanto a dos que fumam cigarro vem caindo.

Em parte, isso pode ocorrer porque os malefícios do tabaco são muito mais bem conhecidos e divulgados --como o fato de conter 4.000 substâncias químicas, sendo 50 delas consideradas cancerígenas. "Havia uma falta de trabalhos que examinassem comparativamente os dois produtos", escreveu a equipe na revista "Chemical Research Toxicology".

Ao analisarem a fumaça de cigarro e de maconha tanto do ponto de vista químico quanto toxicológico, eles encontraram no segundo pelo menos 20 substâncias tóxicas e concluíram que a maconha é tão ou mais prejudicial à saúde que o cigarro. Para isso eles usaram uma espécie de robô-fumante, que inalava a fumaça. O material era examinado a seguir.

Os pesquisadores também testaram a fumaça que sai diretamente da brasa --e é inalada por quem está por perto do fumante por exemplo. Nela também foram encontradas amônia, e outras substâncias.

Seus níveis tóxicos, no entanto, ficaram abaixo do detectado na fumaça inalada, porque nesta o calor do cigarro interfere nas reações químicas.

"A confirmação da presença de conhecidos carcinogênicos e outros produtos químicos ligados a doenças respiratórias tanto na fumaça inalada quanto na que sai da brasa dos cigarros de maconha é uma importante informação para a saúde pública", concluíram os autores.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Variação rara de bactéria já responde por 11% dos casos de doença meningocócica no Rio

Há décadas o mundo se habituou a associar a bactéria Neisseria meningitidis a casos de meningite pelos sorogrupos A, B e C. Porém, um recente estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, em parceria com o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, mostrou que um sorogrupo, chamado W135, antes quase inexpressivo, tem sido responsável por um crescente número de casos no Rio de Janeiro. Publicada na última edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, a pesquisa mostrou que o novo sorogrupo de importância epidemiológica já foi responsável por pelo menos um surto de meningite na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 2004, e que tem capacidade para causar, além da meningite, a septicemia, forma mais grave de infecção invasiva pela bactéria.

Os diversos sorogrupos de N. meningitidis correspondem a cada uma das 12 possíveis estruturas conhecidas para a cápsula das células bacterianas, compostas por polissacarídeos. Até o fim da década de 1990, 90% dos casos ocorridos no mundo eram creditados aos sorogrupos A, B e C, enquanto o tipo W135 era considerado raro ou esporádico. Contudo, a situação mudou por volta do ano 2000, quando foi registrado o primeiro surto relacionado ao W135, iniciado na Arábia Saudita e propagado para o norte da África.

No Rio de Janeiro, conforme revelou o estudo liderado pelo médico infectologista David Barroso, pesquisador do Laboratório de Enterovírus do IOC, o número de isolamentos do sorogrupo, que representava apenas 0,3% dos casos entre 1988 e 2002, aumentou bastante e, segundo dados computados desde 2002, já ultrapassa a marca de 10% dos casos notificados da doença. O pesquisador também revelou a ocorrência de pelo menos um surto localizado, registrado em 2004, no município de Nova Iguaçu, vizinho à cidade do Rio de Janeiro.

O motivo desse repentino aumento de expressividade do sorogrupo ainda é um mistério. “Na verdade, diversos fatores podem estar envolvidos com a multiplicação de casos do grupo W135”, acredita Barroso. “Clima, viagens internacionais, indicadores socioeconômicos, qualidade de vida, de moradia, tabagismo, infecções virais concomitantes e outros aspectos relacionados tanto ao potencial patogênico de um sorogrupo quanto à de suscetibilidade da população àquele grupo podem ter influenciado esses números”.

O médico não acredita que possa acontecer uma epidemia do novo sorogrupo na cidade, mas não descarta a possibilidade de surtos localizados e casos associados. “Fora da África não há uma grande epidemia há mais de vinte anos e sua manifestação atual se dá, em geral, de maneira endêmica, hiperendêmica ou epidêmica, sem ultrapassar 20 casos por 100 mil habitantes”, explica. “Por isso, é muito mais provável que o sorogrupo W135 continue a aparecer, mas na forma de doença endêmica e de casos associados no espaço-tempo”.

O pesquisador também levanta o debate sobre qual tipo de vacina contra a bactéria N. meningitidis deve ser adotada no Brasil. “O ideal seria que cada região adotasse a estratégia de imunização que melhor atendesse à sua realidade”, acredita. Na opinião do médico, a vacina mais adequada para ser utilizada no Rio de Janeiro, por exemplo, onde os tipos mais comuns são B, C e W135, seria a tetravalente - que previne os dois últimos, além dos sorogrupos A e Y -, que ainda não é produzida no Brasil. “Em outros lugares em que o sorogrupo W135 não fosse tão relevante, poderiam ser utilizadas outras vacinas”, explica. Cabe lembrar que não existe nenhuma vacina aprovada sem restrições contra o sorogrupo B, devido à especificidade das proteínas presentes em suas membranas e à ausência de uma proteção grupo específica.

Segundo o médico, além da vacinação, os cuidados necessários para prevenir a doença envolvem a quimioprofilaxia – tratamento com antibióticos de todas as pessoas que tiveram contato próximo com o doente – e uma grande dose de informação. “Na verdade, é praticamente impossível impedir a transmissão da bactéria”, explica o especialista, “porque na maioria das pessoas ela provoca apenas uma infecção assintomática na nasofaringe, que pode durar meses ou mais de um ano, mas que não traz prejuízo à saúde, induz imunidade e transforma o portador em uma fonte de contaminação. Para cada pessoa doente, há muitas outras pessoas infectadas transmitindo a bactéria, apesar de não apresentarem sintomas e nunca chegarem a desenvolver a doença”, esclarece. “Para se ter uma idéia, estima-se que cerca de 10% da população carioca está constantemente infectada”.

Segundo Barroso, a situação se agrava devido à desinformação da população e até da comunidade médica sobre a doença meningocócica. Segundo ele, há muito alarde em relação à meningite, mas as doenças causadas por N. meningitidis muitas vezes são confundidas com outros quadros infecciosos, com as quais têm sintomas em comum. “As pessoas têm que entender que só uma pequena parcela da população adoece e também têm que conhecer os sintomas, para poder procurar assistência médica rapidamente em caso de suspeita”, explica o médico.

O estudo realizado por Barroso também mostra que, assim como os sorogrupos A, B e C, o W135 tem um potencial patogênico completo – ou seja, é capaz de gerar todas as formas clínicas associadas a essa bactéria. Dentre elas, a meningite é apenas a forma menos grave, embora a mais freqüente. A septicemia é uma doença muito mais agressiva (a taxa de letalidade está entre 30% e 80% dos doentes, contra cerca de 3% dos que desenvolvem apenas meningite, sem púrpura). Ele acredita que o reconhecimento da manifestação cutânea, como petéquias e manchas equimóticas, primeiro sinal clássico da doença meningocócica a surgir, em geral nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, deveria ser a mensagem central das campanhas públicas de educação.

Apesar de sua gravidade, pela falta de informação muitas vezes a septicemia acaba sendo confundida com casos de dengue hemorrágico na região. “Na dengue, eventualmente, aparecem manchas pelo corpo após quatro dias de outros sintomas, mas na meningococcemia essas manchas aparecem 24 horas depois dos primeiros sintomas, com uma evolução rapidamente progressiva e sem precedentes”, explica o médico. O procedimento mais seguro a ser tomado, segundo ele, é sempre o tratamento da doença com maior potencial fatal, quando o tratamento específico não é imediatamente iniciado. “O diagnóstico da dengue é feito por exclusão e o único tratamento, a hidratação, também ajuda contra a septicemia”, argumenta.

“O melhor é aplicar logo antibióticos, que não vão interferir no tratamento da dengue caso seja descartada a outra hipótese, o que poderá acontecer em algumas horas”. Segundo Barroso, desconfiar de sintomas inespecíficos (como diarréia), que podem anteceder o aparecimento das manchas e, por isso, orientar o paciente de forma correta sobre sinais de gravidade que o levem à imediata busca de socorro médico também é fundamental no tratamento da doença.

Fonte: Fiocruz

Estudantes que não dormem têm notas piores, diz estudo

Os alunos que nunca ficam estudando à noite toda têm notas ligeiramente maiores do que aqueles que optam por perder noites inteiras para estudar, diz um estudo norte-americano divulgado nesta sexta-feira.

Uma pesquisa com 120 estudantes na St. Lawrence University, em Nova York, revelou que os estudantes que nunca passavam noites em claro estudando tinham nota média 3,2. Já os que optavam por perder noites de sono para estudar tiveram nota 2,95.

O estudo será publicado em janeiro na revista "Behavioral Sleep Medicine".

"Não é uma grande diferença, mas chama a atenção", afirmou Pamela Thacher, professora-assistente da universidade e autora do estudo. "Eu estudo principalmente a questão do sono e sei que ninguém consegue pensar de forma clara às 4 da manhã. Você acha que sim, mas não consegue", diz.

Um segundo estudo feito por Thacher mostra resultados "bastante similares", com notas mais baixas entre os estudantes que deixam de dormir.

Howard Weiss, um médico do St. Peters Sleep Center, em Albany, afirma que os resultados do estudo fazem sentido.

"Certamente os dados mostram que um período curto de sono interfere na concentração, no desempenho e em testes objetivos", disse ele.

No primeiro estudo de Thacher, 65 alunos afirmaram que passaram mais de uma noite toda sem dormir para estudar e 45 disseram que nunca haviam feito isso. A pesquisa foi feita com alunos de diversos cursos.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Samu ajuda a reduzir lotação nas emergências


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tem papel estratégico para a redução do número de pacientes nas emergências dos grandes hospitais públicos, a exemplo do Hospital da Restauração (HR) e do Getúlio Vargas (HGV), ambos no Recife. Pelo menos é o que aponta um estudo da Fiocruz Pernambuco, que analisou o atendimento deste tipo de serviço em Olinda, na Região Metropolitana da capital. Mais de 50% das 645 ocorrências externas registradas no município, no período da pesquisa, que foi de fevereiro a junho de 2006, foram resolvidas pelo Samu no local do chamado ou nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) Adulto e Infantil locais. Desse percentual, 37,98% foram resolvidos pela própria equipe do serviço de urgência. Entre as causas externas, estão acidentes de transporte e agressões.

“Esse tipo de atendimento ajuda a ‘esvaziar’ as grandes emergências de casos que exigem apenas um curativo, por exemplo. Ou, em casos mais graves, pelo menos há uma triagem do médico dizendo que não há condições de resolver o problema naquela unidade de saúde de menor porte”, ressaltou o pesquisador Wayner Souza, orientador da monografia Um termômetro do Sistema Único em Saúde - O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu): análise do modelo em uma cidade do Nordeste brasileiro, da nutricionista Amanda Cabral, na Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco.

O trabalho também traz dados importantes sobre os acidentes no município. Dos 460 casos registrados pelo Samu em Olinda, 280 foram relacionados ao trânsito e, desse total, 40% envolviam moto ou bicicleta, sobretudo nos bairros de Peixinhos e Bairro Novo. Essas ocorrências são mais acentuadas nos fins de semana. Nos chamados ao Samu por dia de semana a pesquisa revela que, se de segunda a quinta-feira a maioria dos atendimentos são de casos clínicos, principalmente os de hipertensão, com um pico de 68,3% dos atendimentos, contra 21,6% de causas externas (onde se encontram os acidentes), nos fins de semana, a situação praticamente se nivela: 50% são de causas clínicas e 41,8% de causas externas. Outros 8,2% destinam-se às remoções.

O detalhamento desses dados de Olinda foi possível porque a prefeitura instalou, em cada uma das cinco ambulâncias da cidade, um aparelho de GPS que alimenta o banco de dados da Secretaria de Saúde. A iniciativa é pioneira entre as cidades do Nordeste e o custo da instalação desses equipamentos é baixo, diante do resultado fornecido. “De um banco de dados como esse é possível extrair informações epidemiológicas que podem contribuir para ações preventivas elaboradas pela Secretaria de Saúde ou para intervenções na infra-estrutura da cidade, por parte da Secretaria de Planejamento”, detalha Amanda, ressaltando que a realização do estudo só foi possível devido à iniciativa da Secretaria de Saúde de Olinda.

Amanda submeterá um artigo sobre seu estudo para uma revista indexada nacional. Atualmente ela cursa o mestrado em saúde pública da Fiocruz, em que pretende estudar o perfil do Samu por um período de 12 meses para averiguar a sazonalidade e aprofundar os acidentes de transporte. O trabalho deve resultar em sua dissertação de mestrado, prevista para ser defendida em março de 2009.

Fonte: Fiocruz

Artigo alerta para a importância de consultas pré-natais para evitar óbitos por falta de peso

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo apontou que a ausência de tratamento pré-natal, a internação materna e a presença de doenças durante a gestação (com destaque para a hipertensão e as infecções gênito-urinárias) e idade materna superior ou igual a 35 anos constituem fatores de risco associados ao nascimento de bebês de muito baixo peso ou prematuros em população de baixa renda. A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.

Para fazer a análise, os pesquisadores observaram 200 casos de recém-nascidos com peso entre 500 e 1.499 gramas e, como grupo de controle, 400 bebês nascidos com entre 3 mil e 3.999g. O local escolhido foi o Hospital Geral de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Caxias do Sul foi escolhida por apresentar, em 2003, uma freqüência de 1,6% de recém-nascidos de peso muito baixo, sendo estes os responsáveis por 42% de todos os óbitos infantis da cidade. Os nascimentos verificados pelo estudo ocorreram entre os anos 1998 e 2004.

Das crianças verificadas, 45% dos recém-nascidos de muito baixo peso foram classificados como pequenos para a idade gestacional. A mortalidade desses bebês que se encontravam abaixo de mil gramas foi de 68,8%. Os do que apresentavam peso superior a mil gramas foi de 16,5%. “A principal causa básica de óbito dos recém-nascidos de muito baixo peso foi a hipertensão materna (35,3%) e como causa imediata de óbito predominou a infecção (52,3%)”, afirmam os pesquisadores. Eles destacam que a hipertensão materna foi a principal causa clínica do desencadeamento de partos prematuros e chamaram atenção para o grande número de casos de mães com sífilis, toxoplasmose e Aids em ambos os grupos avaliados. “Essas podem ser evitadas ou ter os seus efeitos minimizados por meio de uma maior freqüência ao pré-natal e de acompanhamento qualificado à gestante de risco”.

Eles também comentam que as mães dos recém-nascidos de muito baixo peso fizeram, em média, quatro consultas pré-natais, enquanto as dos bebês do grupo de controle fizeram cerca de 6,5. “Ao analisar o número de gestantes com que não fizeram nenhuma consulta pré-natal, observou-se que 18,5% das mães dos recém-nascidos de muito baixo peso estavam nesse situação em comparação com apenas 3,3% das mães do grupo de controle”, explicam. “Essa diferença foi estatisticamente significante, mostrando que a ausência de pré-natal está fortemente associada ao nascimento de recém-nascidos de muito baixo peso”. Quanto à idade das mães, as gestantes com 35 anos ou mais apresentaram associação com o baixo peso das crianças (principalmente aquelas que já tinham um filho anterior nascido com o problema), enquanto as adolescentes não constituíram nenhum fator de risco.

A maioria das gestantes do estudo iniciou suas consultas de pré-natal no segundo trimestre da gravidez, ou seja, tardiamente. “Este fato, aliado à dificuldade do SUS de proporcionar exames na rapidez necessária e um atendimento qualificado, tem gerado muitos nascimentos de recém-nascidos de muito baixo peso causados por doenças evitáveis, diferentemente dos países desenvolvidos, onde os nascimentos prematuros têm aumentado devido a um maior número de gestações múltiplas”, esclarecem os pesquisadores.

“É importante enfatizar que o custo econômico para se evitar o nascimento de recém-nascidos de muito baixo peso é muito menor do que o custo do tratamento destes em unidades de tratamento intensivo”, declaram estudiosos no artigo. Eles acrescentam que é por meio de programas preventivos e de baixo custo, elaborados com base em estudos epidemiológicos, que se pode diminuir o número de casos e, conseqüentemente, influenciar positivamente a redução das taxas de mortalidade infantil.

Fonte: Fiocruz

Hipocondria: tratamento ainda é pouco avaliado

Uma pessoa considerada como hipocondríaca é aquela que acredita estar constantemente doente, apesar de aparentemente sadia, e, em decorrência disso, freqüentemente procura auxílio médico ou se automedica, uma atitude que pode trazer ainda mais problemas à saúde e à qualidade de vida.

O tratamento da hipocondria nem sempre é fácil. Envolve conscientização do próprio indivíduo sobre o problema e mudanças de hábitos. Além disso, outros transtornos psicológicos também podem estar presentes, como depressão e a ansiedade, agravando mais o quadro.

O Cochrane Database of Systematic Reviews lançou, em outubro deste ano, uma revisão sobre os tratamentos direcionados aos hipocondríacos. O principal enfoque foi dado às psicoterapias.

Os principais métodos psicoterápicos avaliados englobavam a terapia comportamental, a terapia cognitivo-comportamental, o manejo do estresse e a psicoeducação. Todos demonstraram um grande sucesso no tratamento dos sintomas da hipocondria, com exceção da última técnica.

Apesar dos resultados satisfatórios, nenhum estudo comprovou realmente a cura da hipocondria, através da psicoterapia. Isso se deve, de acordo com os pesquisadores, ao pequeno número de pacientes estudado. Em virtude disso, eles sugerem que mais estudos deverão ser realizados, procurando determinar quais fatores realmente interferem nos resultados da psicoterapia de pacientes hipocondríacos.

Fonte: Boa Saúde

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A mãe que fuma na gestação pode aumentar o risco do bebê para lábio fissurado


Fumar pode aumentar o risco para lábio fissurado?

Isso é o que pesquisadores da Universidade de lowa concluíram após conduzir um estudo internacional para determinar se alguns bebês têm predisposição para lábio fissurado e/ou fissura palatina devido a uma incapacidade genética de desintoxicar a fumaça do cigarro.

O estudo concluiu que fetos com falta de ambas as cópias do gene usado para neutralizar a fumaça e cujas mães fumaram durante a gestação tem um risco aumentado de desenvolver a doença.

Cerca de um em cada 600 bebês americanos nasce com lábio/palato fissurado, de acordo com o estudo.

Os resultados da pesquisa concluíram que mais de 60% dos bebês com ascendência asiática e 25% dos bebês com ascendência européia tem falta de ambas as cópias do gene, que é chamado de GSTT1.

O autor-condutor da pesquisa, Jeff Murray, M.D., colocou os resultados em perspectiva, “Se uma gestante fuma 15 ou mais cigarros por dia e o feto não tem as cópias operantes do GSTT1, as chances do feto desenvolver uma fissura aumentam em cerca de 20 vezes”.

Quando há a falta do gene, diz o estudo, o bebê é incapaz de remover as toxinas que podem ser transferidas pela placenta quando a mãe fuma.

Os pesquisadores de Iowa e um grupo de pesquisadores da Dinamarca reuniram uma lista de 16 genes diretamente envolvidos na toxicidade da fumaça do cigarro e testaram se variações poderiam afetar desfavoravelmente a capacidade de uma pessoa em barrar os produtos tóxicos.

O grupo usou um banco de dados de 1.244 crianças com fissuras, assim como seus pais e irmãos para compilar 5.000 amostras de DNA. Os dados levantados revelaram que gestantes que fumavam e cujos fetos tinham falta da enzima GSTT1 estavam muito mais predispostas a dar a luz a um recém-nascido com fissura.

“Quando os produtos químicos da fumaça do cigarro desafiam o desenvolvimento normal dessas estruturas,” disse o Prof. Dr. Murray, “os fetos que não tem o gene ficam em clara desvantagem”.

Fonte: ADA

Coluna feminina se adaptou para suportar peso da gravidez

Alegrias da maternidade à parte, carregar um bebê no ventre é um peso -– literalmente. E para se adaptar a um organismo em crescimento em frente a uma coluna projetada inicialmente para animais quadrúpedes, as mulheres tiveram que sofrer algumas mudanças, de acordo com um estudo divulgado nesta semana. Os pesquisadores encontraram alterações estruturais na coluna de mulheres, que não existem nem em homens nem em macacos, feitas especialmente para abrigar uma nova vida com conforto para a futura mamãe.

Basta observar uma mulher grávida para perceber que ela se inclina para trás, em um movimento quase inconsciente. Isso é feito para compensar a alteração no centro de gravidade do organismo causado pela gestação. Segundo o trabalho publicado na revista "Nature", as mulheres, quando grávidas, chegam a se inclinar tanto que aumentam sua lordose (a inclinação da parte de baixo da coluna, que equilibra a parte superior do corpo sobre a inferior) em até 60%.

O movimento é natural, mas, segundo o estudo de Katherine Whitcome, da Universidade Harvard, ele causa um grande estresse na coluna, que precisa de força para suportar o movimento. Para gerar essa força, as vértebras lombares femininas se adaptaram.

Nos homens, a curvatura da lordose se estende por duas vértebras. Nas mulheres, por três. Além disso, as juntas femininas são maiores e mais largas na parte de baixo da coluna do que as masculinas. Tudo isso para deixar a coluna mais forte e mais flexível, para compensar o desconforto que seria esperado de carregar um bebê e sua placenta bem na frente dos quadris.

Whitcome acredita que todas essas mudanças estruturais não apenas ajudam as mulheres a se inclinar e equilibrar melhor, como também permitem que elas carreguem seus filhos nos braços após o nascimento com mais conforto.

As alterações, segundo sua equipe, parecem ter surgido há “apenas” dois milhões de anos. Dois fósseis, um supostamente masculino e outro supostamente feminino, de hominídeos dessa época foram estudados e já apresentavam essas diferenças entre a coluna da mulher e do homem.

Whitcome lembra que nada disso, é claro, é capaz de tornar uma gestação 100% confortável. “A extensão da coluna pode causar dor. A extensão acompanhada da carga extra de um bebê em crescimento, especialmente nos estágios finais da gravidez, pode trazer desconforto materno.
Mas esse desconforto seria ainda maior se as mulheres não tivessem se adaptado para resistir a esse peso extra na coluna”, afirmou ela ao G1. “As mulheres podem agradecer a evolução através da seleção natural pela facilidade relativa com que administram a gravidez”, disse a cientista.

Para evitar a dor, as mulheres já sabem o que fazer “naturalmente”, explica Whitcome, ao se inclinarem. Mas para ajudar a diminuir o peso, é importante que as futuras mamães se alimentem de forma saudável e fiquem em forma, aconselha.

Fonte: G1

Dengue já contaminou 536 mil este ano, anuncia governo

O Ministério da Saúde divulgou ontem o balanço atualizado até novembro da dengue no país no ano de 2007. O estudo aponta que foram registrados 536.519 casos da doença no período, sendo 1.275 casos de dengue hemorrágica. O levantamento aponta que 136 pessoas morreram. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 200 mil casos, que o Ministério atribui à ocorrência de epidemias em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco.

O balanço ainda aponta que a taxa de letalidade da dengue hemorrágica aumentou. Neste ano, atingiu 10,7%, quase o dobro da registrada em 2002 (ano de maior pico epidêmico da doença no Brasil), de 5,5%, mesmo que naquele ano o número de mortes tenha sido superior (150), já que ocorreram 2.714 casos de dengue hemorrágica em 2002. Segundo o Ministério da Saúde, 44% dos casos ocorreram em cidades com menos de 100 mil habitantes. Nas cidades com mais de 1 milhão de pessoas a concentração foi de 14% das ocorrências.

Segundo parâmetro do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), as regiões, Estados ou municípios considerados com baixa incidência são aqueles que concentram menos que 100 casos por 100 mil habitantes. Já os locais considerados de média incidência apresentam entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes. As áreas consideradas de alto risco são as que têm incidência maior que 300 por 100 mil. A região com pior desempenho foi a Centro-Oeste, que registrou 811 casos por 100 mil habitantes, sendo que Mato Grosso do Sul concentrou 68% das notificações.

Nas outras regiões, o Nordeste registrou 26% do total de casos do país e a região Norte, com 46.012 casos, foi a que registrou o menor número absoluto. O Sudeste teve aumento de 35% no número de casos em relação ao último ano. No Sul, com variação de 827% de 2006 para este ano, foi registrada a maior elevação entre os dois anos, por causa da epidemia no Paraná. O Rio Grande do Sul notificou o primeiro caso confirmado de dengue autóctone (confirma a presença de mosquito infectado no Estado) com transmissão em abril de 2007. Santa Catarina é o único Estado brasileiro que continua sem transmissão autóctone de dengue.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

sábado, 1 de dezembro de 2007

Desculpas !

Meus caros amigos e amigas:

Por causa de muito trabalho e por estar sem o meu computador desde o dia 04 de novembro estou sem atualizar.

Peço desculpas a todos e logo voltarei a atualizar o blog.

Um abraço aos amigos e um beijo para as amigas.

Enfermeiro Rafael Vidal Marques

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Enfermeiros pedem transparência nas eleições do Coren de Sergipe

Enfermeiros, auxiliares e outros profissionais da área de saúde protestaram esta manhã, 16, na porta do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) transparência no processo eleitoral. Os profissionais alegam que o edital para inscrições foi aberto no dia 9, e se encerra amanhã, 17, mas requisita documentos que levam no mínimo 15 dias para serem adquiridos.

Segundo Beatriz Barbosa, secretária geral do Sindicato de Trabalhadores da Saúde (Sintasa), essa foi a forma que o Conselho encontrou de barrar a participação de profissionais de nível médio. “O Conselho é composto por enfermeiros, auxiliares e técnicos, mas a direção é composta somente por enfermeiros. E esse edital foi uma forma de excluir as outras categorias do processo de eleição”, disse Beatriz.

O Sintasa, juntamente com o Sindicato dos Enfermeiros, irá preparar um documento relatando a situação e encaminhar como denúncia ao Ministério Público Federal. “O que está acontecendo é antes de tudo uma vergonha. È inconcebível nós termos de fazer uma manifestação na frente do nosso Conselho para cobrar moralidade e transparência”, diz a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro.

De acordo com Flávia, a categoria não concorda com a atitude da atual direção, que para ele, é uma continuação da antiga, deposta por denúncias de corrupção. A antiga presidente do Coren, Hortência Linhares, foi presa há dois anos numa operação da Polícia Federal, acusada de desvio de dinheiro e formação de quadrilha. Segundo Flávia, Hortência estava esse fim de semana na sede do Coren em Aracaju, juntamente com a atual presidente Marli Palmeira.

A presidente do Coren não apareceu na sede do Conselho para dar a sua versão da situação.

Fonte: Infonet Noticias

Cientistas desenvolvem material cirúrgico que dissolve sozinho


Uma equipe de cientistas da Universidade de Innsbruck, na Áustria, desenvolveu um material osteossintético que serve para unir ossos em uma operação e que posteriormente se dissolve, não precisando ser retirado em uma segunda cirurgia.

Segundo o jornal "Die Presse", o grupo liderado pelo médico Michael Rasse, especialista em cirurgias de reconstrução, utiliza em suas operações parafusos e placas que se decompõem um ou dois anos depois, transformando-se em dióxido de carbono e água.

De acordo com Rasse, este método pode ser usado em qualquer paciente, mas é ainda mais recomendado para crianças e jovens que estão em idade de crescimento e nos quais os materiais usados tradicionalmente neste tipo de operação, como o titânio e o aço, não são adequados.

O novo material, chamado Resorb X, também oferece melhores condições para implantes faciais e para o tratamento da ossificação de suturas cranianas em crianças recém-nascidas.

Essa síndrome congênita, que ocorre em um parto a cada dois mil, precisa de tratamento porque causa assimetrias no crânio que podem levar a transtornos da função cerebral e cegueira, entre outros problemas.

Nesses casos, é necessário que o cirurgião recomponha o crânio, separe os ossos e os junte novamente na posição correta.

Quando placas e parafusos de aço são usados, é necessário fazer uma segunda operação para retirá-los, já que o metal - um material estranho ao corpo - perde a função uma vez curada a fratura.

Porém, a necessidade da segunda operação traz consideráveis desvantagens por apresentar todos os riscos de uma intervenção cirúrgica, como as possíveis complicações por anestesia, infecções e até danos nos nervos.

Quando uma lâmina de metal é implantada no crânio de uma criança, esta pode acabar "migrando", e a operação para eliminá-la é muito arriscada. Materiais sintéticos que dissolvem sozinhos já eram usados anteriormente, mas eram menos estáveis, e não se decompunham tão facilmente como acontece com o Resorb X.

Fonte: G1

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pesquisa revela se é bom trabalhar em casa


O papel da mulher na sociedade vem sofrendo profundas modificações há décadas.

Até certo tempo atrás, a grande maioria da população do sexo feminino trabalhava em casa, por opção ou mesmo devido à falta de oportunidades, com os serviços domésticos e os afazeres com os filhos. Apenas uma pequena minoria tinha a oportunidade de ter um trabalho fora de casa.

Muitos anos se passaram, e o Gallup News Service, em sua publicação deste ano, buscou descobrir se hoje em dia, as mulheres ainda tem a predileção de trabalhar em casa, cuidando da família, ou desejam ir para fora.

Para alcançar esse objetivo, cerca de 1000 adultos norte-americanos foram entrevistados por telefone, a respeito do tema.

De acordo com o Gallup, atualmente, a porcentagem de mulheres que preferem trabalhar fora de casa se encontra na faixa dos 58%. Apenas 37% relataram que tinham o desejo de permanecer em casa; outros 3% disseram que gostariam de fazer as duas atividades e 2% não emitiram opinião definida a respeito.

Os resultados demonstram que a mulher está buscando desempenhar outras funções além de suas tarefas domésticas – um fato bastante diferente ao que era visto na década de 70, em que a maioria das mulheres preferia ficar em suas casas. Entretanto, as taxas obtidas na entrevista de 2007 não foram tão diferentes quanto às observadas há dois anos, em que 54% da população feminina entrevistada respondeu que desejava ter um trabalho fora de suas casas.

Ao se comparar os dados aos obtidos entre os homens, cerca de 68% dos entrevistados afirmaram que preferem trabalhar fora de casa. Contrariamente às mulheres, apenas 29% desejam ficar em casa e 1% alegou que gostariam de trabalhar em ambos os lugares. Assim como as mulheres, 2% não emitiram opinião a respeito.

Apesar da preferência paro o trabalho fora do lar, os pesquisadores do Gallup notaram um aumento crescente da preferência masculina em permanecer em casa. Há uma década, apenas 17% expressavam essa opinião; em 2001, 24%; hoje ela já alcança os 29%. A explicação para essa observação ainda exige investigações.

Mas um fato chama a atenção: quando existem crianças na família, os resultados modificam-se: entre as mães, 48% preferem trabalhar em casa e entre os pais, 35% relataram a mesma opinião.
Fonte: Boa Saúde

Brasil é 91º mais bem colocado em lista de risco de mortalidade materna

O Brasil é o 91º colocado em uma lista de 171 países analisados pelos seus indicadores de risco de mortalidade materna.

Um relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que de um total de 41,6 milhões de abortos realizados em todo o mundo em 2003, quase a metade foi feita fora dos padrões de segurança recomendados.

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Uma em cada 370 brasileiras corre o risco de morrer devido a complicações na gravidez ou no parto, revelou um relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Unicef, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Banco Mundial.

No topo da lista está a Irlanda, onde o risco de morte materna ronda apenas uma em cada 47 mil mulheres.

No outro extremo está o Níger, onde uma em cada 7 tem chance de morrer durante a gravidez ou na hora de dar à luz. Ainda de acordo com o estudo, intitulado Mortalidade Materna em 2005, 4.100 mulheres morreram no Brasil naquele ano em decorrência de problemas com a gravidez ou com o parto. Este índice coloca o Brasil em 29º colocado na ordem de números absolutos mais altos de mortes maternas.

A Índia foi o país com maior índice de mortalidade materna em 2005, registrando 117 mil mortes. O estudo ainda mostrou que no Brasil, para cada 100 mil nascimentos, 110 mulheres morreram durante o parto no mesmo período. O relatório teve como objetivo analisar como os países estão avançando para alcançar uma das oito Metas do Milênio da ONU, que prevê a redução de mortalidade materna em 75% até 2015.

Segundo mostrou o levantamento, 576 mil mulheres morreram em todo o mundo de causas maternas em 1990. Em 2005, este número caiu em menos de 1% passando para 536 mil.De acordo com o estudo, os países "avançam muito lentamente" e estão muito atrás da meta estabelecida pelas Nações Unidas, que é de reduzir o número de mortes em 5,5% ao ano.

Nenhuma das regiões analisadas alcançou a meta de redução de 5,5%. O leste asiático foi quem chegou mais perto, com redução de 4,2% ao ano. Em compensação, na África subsaariana, o declínio foi de apenas 0,1%. O relatório defende a implementação de políticas de saúde como forma de diminuir as taxas se mortalidade materna atuais, como o acesso universal aos tratamentos de pré-natal e orientações sobre planejamento familiar.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

domingo, 14 de outubro de 2007

Cientistas identificam circuitos cerebrais que regulam ato de comer

Uma equipe de cientistas britânicos identificou os circuitos cerebrais que "decidem" quanto uma pessoa quer comer e o quanto ela gosta do que está ingerindo, o que poderia ajudar a descobrir um tratamento para combater a obesidade.

Um artigo publicado hoje na revista científica britânica Nature indica que apenas um hormônio, o PYY, é responsável por controlar a atividade cerebral que regula como uma pessoa se comporta à mesa.

Dirigidos por Rachel L. Batterham, do departamento de Medicina do University College de Londres, os pesquisadores usaram o hormônio PYY, encarregado de regular o apetite, para investigar que áreas do cérebro controlam o que ingerimos.

Estudos anteriores feitos em animais sugeriram que o PYY atuava nas regiões homeostásicas do cérebro (hipotálamo e talo encefálico), mas até agora não se conhecia como o hormônio regulava a sensação de saciedade nos humanos.

A partir de ressonâncias magnéticas, a equipe descobriu que o PYY não apenas interferia nas fases homeostásicas iniciais do cérebro, mas agia nas regiões córtico-límbicas, que determinam quão gratificante e prazeroso é o que ingerimos.

"Ficamos surpresos ao descobrir que esta grande mudança na atividade cerebral em resposta ao PYY se dá no córtex orbitofrontal do cérebro", afirmou Batterham, acrescentando que os testes também revelaram que, quanto maior a atividade nesta área, menor a vontade de comer.

Participaram da experiência oito pessoas de peso normal. Após ficarem 14 horas sem comer, a metade recebeu soro intravenoso com PYY durante 100 minutos, enquanto os demais receberam um placebo.

Depois de meia hora, os cientistas disseram que eles poderiam comer tudo o que quisessem. Com isso, descobriram que todos os que receberam PYY ingeriram 25% menos calorias que os outros.

Segundo Batterham, o próximo passo será investigar se o tratamento funciona da mesma forma com pessoas com sobrepeso ou muito magras.

O objetivo é entender em sua totalidade como funcionam as regiões do cérebro que regulam o que comemos, a fim de desenvolver tratamentos mais específicos para pessoas que sofrem de obesidade.

Fonte: EFE

Hospital de Bonsucesso só atende casos graves


Só são atendidos no Hospital Geral de Bonsucesso casos em que há risco de morte.

Quinze pessoas estão isoladas na enfermaria e em um dos CTIs.

Atendimento no Hospital Geral de Bonsucesso, no subúrbio do Rio, permanece restrito a casos graves, com risco de morte. Na manhã deste sábado (13), o movimento de pacientes na emergência foi pequeno.

Em dias normais, a emergência do hospital é considerada uma das maiores do estado e costuma receber uma média de 500 pessoas.

O fechamento se deu por conta da contaminação do espaço físico da emergência por uma bactéria. A Enterococcus ataca o sistema imunológico e deixa o portador com baixa resistência, sensível a várias doenças. De acordo com especialistas, pode levar à morte pacientes já muito debilitados.

Quinze pacientes foram isolados na enfermaria e em um dos Centros de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital.

A direção do hospital informou que para evitar mais casos de contaminação, os procedimentos de limpeza de quartos e corredores foram intensificados. Durante a semana, todos os médicos e funcionários passaram por um treinamento para saber como lidar com os pacientes. Ainda não há prazo para a emergência voltar ao normal.

Ainda segundo o Hospital Geral de Bonsucesso, não há registro de falta de médicos na unidade e pacientes de ortopedia que não correm risco de morte estão sendo encaminhados a outras unidades.

Problema mundial

Em nota divulgada no início da noite da última sexta-feira (12), a assessoria de comunicação social informou que o trabalho de vigilância epidemológica permite o diagnóstico rápido de problemas como o atual. e que este tipo de contaminação é "um problema mundial principalmente em hospitais que trabalham com pacientes de alta-complexidade".

O comunicado diz ainda que "não há necessidade de pânico por parte dos familiares dos demais pacientes da Unidade", além de acrescentar que "os pacientes colonizados podem receber visita normalmente" explicando, porém, que "a pessoa deve obedecer o isolamento de contato, assim como o profissional do Hospital, como uso de capote e luva" assim como ficam impedidos de tocar em outros pacientes e em leitos.

Por último, a nota afirma que "a bactéria é comum no intestino de qualquer indivíduo", mas que em hospitais pode se tornar resistente a medicamentos e se disseminar no ambiente.

Fonte: G1

Doação de órgãos no país está na contramão de vizinhos


Sistema Nacional de Transplantes vai treinar equipes para fazer a busca ativa por órgãos.

Falta desse trabalho faz com que 50% dos órgãos sejam perdidos.

Enquanto quase todos os países da América Latina registram aumento do porcentual da população doadora de órgãos e tecidos, o Brasil sofre quedas progressivas já há três anos.

No dia 27 de setembro, o ministro da Saúde José Gomes Temporão lançou uma campanha para incentivar as doações de órgãos no país.

Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o País teve no primeiro semestre de 2007 uma média de doadores de 5,4 por milhão da população, menos do que o apontado no período em 2004 (7,6), 2005 (6,4) e 2006 (5,8).

No mesmo período, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Uruguai saltou de 19,2 para 25,2 doadores por milhão, por exemplo, enquanto a Argentina, embora ainda com números mais modestos, atingiu índice de 11,9.

Para reverter o quadro, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), órgão ligado ao Ministério da Saúde responsável pela política de doação e transplante no País, anunciou no último mês que vai apostar na criação de equipes especiais treinadas para fazer a busca ativa por órgãos. Na prática, isso significa instalar nos hospitais um grupo especializado para identificar potenciais doadores, fazer o diagnóstico de morte cerebral, conseguir autorização dos familiares para a doação, retirar os órgãos e conservá-los para a realização dos transplantes. O modelo fez da Espanha o país com os melhores índices mundiais na captação de transplantes de órgãos e é apontado como o responsável pelo avanço nos números dos países latino-americanos.

"A única coisa que faltava no Brasil era essa busca ativa com equipes mais bem qualificadas. Esse é o trabalho que estamos realizando", afirma o coordenador do SNT, Abrahão Salomão Filho, que faz questão de ressaltar que, apesar da redução, o País é um dos três maiores do mundo em números absolutos de transplantes realizados. Embora em vários Estados e hospitais já fossem realizadas essas buscas ativas, o trabalho nem sempre era feito com qualidade. "Na Bahia, por exemplo, era uma catástrofe. Em Santa Catarina temos índices ótimos, pois se investiu nisso. Não há razão para não dar certo", completa Salomão Filho.

Dificuldades médicas

Para o presidente da ONG Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), Francisco Neto de Assis, a maior dificuldade para a reversão do quadro de queda nas doações está justamente na conscientização e capacitação da classe médica. "Muito hospital tem grupo de busca de órgão, mas é só formalidade, não funciona na prática. Os médicos não são pagos para fazer isso e por vezes nem sabem como fazer essa abordagem da família para conseguir autorização", afirma Assis.

A falta desse trabalho faz com que 50% dos órgãos que poderiam ser aproveitados para doação sejam perdidos. Na metade que pode ser aproveitada, cerca de 30% do total de órgãos é perdido porque as famílias não autorizam a doação. "Ao menos não vem aumentando a rejeição das famílias", aponta a presidente da ABTO, Maria Cristina Ribeiro de Castro.

Capacitação

Também num esforço de preparar melhor os médicos sobre a doação e o transplante de órgãos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou no final de setembro um congresso nacional sobre o tema. De acordo com o 2º vice-presidente do CFM e diretor técnico de transplantes do conselho, Rafael Nogueira, foi detectado que é necessário melhorar o trabalho médico em todas as etapas do processo da doação ao transplante. "As novas medidas do governo devem promover um grande avanço, mas temos ainda de aprimorar os diagnósticos da morte cerebral, que é um dos primeiros passos. Depois, há hospitais em que as equipes internas não funcionam, então é preciso investimento", aponta Nogueira.

Para Maria Cristina, a idéia do governo de instituir as equipes de busca ativa é um passo na direção correta, mas ela faz uma ressalva: o ideal seria que as equipes fossem montadas e administradas internamente pelos próprios hospitais grandes, como no modelo espanhol, e não com brigadas do governo. "As equipes internas já sabem o funcionamento do hospital, estão mais capacitadas a auxiliar pelo conhecimento da estrutura", conta. Abrahão Filho, do SNT, concorda. "É uma desvantagem, mas ao mesmo tempo a iniciativa do governo era necessária para fazer funcionar essas comissões", analisa.

Outro problema encontrado na hora de formar as comissões internas para fazer a busca ativa de órgãos é a formação de médicos e enfermeiros. De acordo com o responsável pela Central de Transplantes de São Paulo, Luiz Augusto Pereira, não consta no currículo das faculdades o ensino das técnicas para a realização do trabalho para a captação de órgãos. "Em São Paulo nós desenvolvemos um curso de imersão, intensivo, em 3 dias, onde ensinamos com profundidade todas as etapas do processo de captação de órgãos. Não basta ter a equipe, é preciso qualificá-la".

Fonte: Agência Estado

sábado, 13 de outubro de 2007

Estresse no trabalho duplica risco de ataque cardíaco


Os inimigos do coração agora contam com um novo aliado. Além do tabaco, do excesso de álcool e da falta de exercícios físicos, é preciso considerar igualmente o estresse no trabalho e as relações sociais negativas, que também prejudicam seriamente a saúde, especialmente a das pessoas que sofrem de problemas cardíacos. Pessoas que tenham sofrido um ataque cardíaco correm duplo risco de um novo acidente cardiovascular (novo enfarte, angina etc.) caso sofram estresse crônico no trabalho.

Isso é o que indica uma pesquisa da Universidade de Laval, no Canadá, publicada esta semana pelo Journal of the American Medical Association para expor os resultados do primeiro estudo quanto aos efeitos do estresse no trabalho sobre os pacientes de problemas cardiovasculares, uma questão sobre a qual até o momento não existiam dados científicos.

Os pesquisadores acompanharam os casos de 972 homens e mulheres dos 35 aos 59 anos que, depois de um primeiro infarto, voltaram aos seus empregos. Entre eles, 201 registravam elevado grau de estresse crônico no trabalho, enquanto os demais não sofriam desse problema.

Depois de quase seis anos de acompanhamento, 206 dos pacientes vieram a sofrer novos acidentes cardiovasculares - 124 tiveram ataques cardíacos, dos quais 13 morreram, e 82 sofreram angina pectoris. Depois de analisar a porcentagem daqueles que sofriam de estresse crônico no trabalho e considerar outros fatores, tais como hábitos de vida pouco saudáveis e o histórico médico familiar, foi determinado que esse tipo de estresse multiplica por dois o risco de problemas cardíacos.

O estresse crônico no trabalho, assim, se situa em posição semelhante à do tabaco no que tange a influenciar acidentes cardíacos, já que os fumantes têm pelo menos duas vezes mais chance de sofrer um acidente cardíaco do que alguém que não fume, de acordo com dados da Federação Cardíaca Mundial. Por isso, os autores do estudo canadense apelam para que "o estresse no trabalho seja levado em conta na hora de preparar campanhas de prevenção dirigidas a pacientes de doenças cardiovasculares".

Os riscos clássicos já foram bem estudados. O tabagismo é o mais importante entre os fatores de risco previsíveis, de acordo com os cardiologistas cerca de 19,6% dos casos de cardiopatia poderiam ser evitados, entre os homens, caso eles deixassem de fumar -, seguido pela falta de exercícios físicos e pela hipertensão entre as mulheres, controlar esses dois fatores poderia reduzir em 20% os casos de cardiopatias em cada uma das categorias.

Os autores do estudo afirmam que evitar o estresse no trabalho também reduziria a incidência de doenças cardiovasculares, ainda que admitam que deveria haver mais pesquisas a fim de determinar de maneira concreta se os pacientes seriam salvos desses problemas caso o estresse crônico fosse eliminado. Por enquanto, estão sendo dados os primeiros passos para que o estresse venha a ser reconhecido como fonte importante de problemas de saúde, e para que se comece a compreender por que ele influencia o corpo.

Os hormônios do estresse, conhecidos como catecolaminas, têm efeito prejudicial caso o coração fique exposto a volume elevado deles por períodos prolongados. Sua presença prolongada e em volume incomum faz com que as paredes das artérias se inflamem, o que acarreta risco mais elevado de trombose. Além disso, foi demonstrado que o estresse crônico torna o ritmo cardíaco mais intenso e aumenta a tensão arterial, o que faz com que o coração encontre mais dificuldades para bombear sangue, explicam os pesquisadores em seu artigo.

O que é o estresse?

Trabalho demais e autonomia de menos. A definição de estresse no trabalho parece subjetiva. Cada pessoa tem seu limite, ainda que os pesquisadores tenham definido com precisão do que se trata e contem com ferramentas capazes de medir a doença. Em termos resumidos, o estresse no trabalho ocorre quando o volume de trabalho é excessivo, os prazos de entrega são curtos, o esforço intelectual é grande e o funcionário conta com pouca autonomia em seu cargo e não tem como desenvolver plenamente suas capacidades.

Como reconhecer e evitar o estresse.

As causas:

Problemas familiares.
Relações conflituosas.
Dificuldades econômicas.
Constante falta de dinheiro.
Tensões no trabalho, especialmente se elas ocorrem de forma prolongada.
Enfermidades físicas ou mentais, especialmente se elas causam grandes limitações à pessoa enferma.
Consumo excessivo de tabaco e álcool. Os efeitos dessas duas coisas estão relacionados ao surgimento do estresse.
Combinar estudos e trabalho.
Excesso de responsabilidades.

Os efeitos:

Elevação do ritmo cardíaco em longo prazo.
Alta na pressão arterial, para quase todos os pacientes.
Arritmias cardíacas esporádicas ou crônicas.
Aumento da necessidade de oxigênio.
Dificuldades para respirar de maneira normal.

A prevenção de acidentes cardiovasculares:

Exercícios físicos.
Meia hora de atividade física ao dia basta, ainda que isso dependa das necessidades individuais de cada um.
Dieta variada.
Os médicos recomendam comer frutas, verduras e legumes com regularidade alimentos que muitas pessoas estão deixando de lado.
Não fumar.
Recusar o tabaco é essencial para evitar os problemas cardíacos.
Consumir álcool com moderação.
Tomar bebidas alcoólicas em pequenas quantidades e evitar o vício.
Relaxar.
Praticar alguma atividade relaxante, como ler, caminhar, cozinhar ou ouvir música.
Expressar as dificuldades.
Explicar os problemas aos outros, como forma de se desafogar.
Medicamentos: Caso o médico os receita, seguir o tratamento prescrito.

Maite Gutiérrez

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME

Fonte: La Vanguardia

História familiar eleva o risco de surgimento da asma

A asma é um distúrbio respiratório crônico pautado por episódios de exacerbação clínica, os quais são usualmente desencadeados pela exposição aos alérgenos ambientais. Tais alérgenos estão presentes na poeira, mofo, pêlos e penas de animais, fumaça e são capazes de induzir uma resposta inflamatória nas vias respiratórias, com subseqüente redução do seu calibre e manifestações de chiera, dificuldade respiratória e falta de ar.

O surgimento da asma envolve a interação de fatores genéticos e ambientais. Pesquisadores suecos do Center for Family and Community Medicine Stockholm (Karolinska Institute) publicaram um estudo na revista Clinical & Experimental Allergy, em Setembro de 2007, onde avaliaram o papel das influências genético-familiares no risco de ocorrência da asma. A pesquisa inclui pacientes com idade entre 0 a 72 anos, selecionados durante um período de 17 anos.

Os resultados demonstraram que a presença de história familiar da doença, eleva em 3,7 vezes, o risco de surgimento da asma. Da mesma forma, o risco de desenvolvimento da enfermidade em gemelar, cujo irmão do mesmo sexo é asmático, é 13,38 vezes maior que o da população geral, sendo 5,17 vezes superior ao da população geral quando o gemelar é do sexo oposto.

Assim, os autores concluem que a asma apresenta um risco familiar superior ao verificado em outras enfermidades. Tal fato fala a favor da presença de um marcador genético envolvido na susceptibilidade ao desenvolvimento da doença.

Fonte: Boa Saúde

Bactéria da clamídia gera infertilidade, revela pesquisa

Uma equipe de pesquisadores espanhóis descobriu que a bactéria que causa a clamídia - a doença sexualmente transmissível que mais atinge pessoas no mundo - deixa 100% dos homens inférteis.

O catedrático de genética da Universidade Autônoma de Madri (UAM) Jaime Gosálvez, co-autor da pesquisa, desenvolveu, com outros dois pesquisadores do Hospital Juan Canalejo de La Coruña (noroeste), uma técnica "inovadora" que prova a correlação entre a clamídia e a infertilidade.

O estudo, que será publicado na revista "Fertility and Sterility", afirma que o sêmen dos homens afetados pela bactéria Chlamydia trachomatis apresenta graus de fragmentação de DNA de entre 35% e 45%, enquanto nas pessoas sem a doença esses níveis são de aproximadamente 15%.

Segundo Gosálvez, durante a pesquisa - realizada em conjunto com a Universidade Autônoma de Nuevo León (México) -, foi descoberto que a clamídia fragmenta o DNA.

No entanto, a infecção decorrente não provoca sintomas nem altera os parâmetros de concentração, morfologia e mobilidade do sêmen e dos espermatozóides.

Além disso, os pesquisadores, depois de aplicarem um tratamento com antibiótico de entre três e quatro meses nos homens infectados, descobriram que o dano no DNA pode ser parcialmente reparado e que há chances de a fertilidade ser recuperada.

Segundo o cientista, a descoberta é importante tanto por causa da quantidade de pessoas afetadas pela bactéria (dois terços das mulheres e metade dos homens do mundo) como pela dificuldade em sua detecção.

Fonte: Uol Cîêmcia e Saúde

Trabalho doméstico pode ser prejudicial à saúde, diz estudo

O trabalho doméstico pode ser ruim para a sua saúde, de acordo com um estudo que sugere que arrumar a casa uma vez por semana com spray de limpeza comum e purificadores de ar impõe risco maior de asma em adultos.

Outros estudos relacionaram esses tipos de produtos a taxas maiores de asma entre profissionais de limpeza, mas a pesquisa publicada na sexta-feira indica que os outros também estão ameaçados.

A exposição a esses materiais mesmo uma vez por semana pode resultar em até um em sete casos de adultos com asma, escreveram os pesquisadores em uma publicação médica.

"O frequente uso de sprays de limpeza doméstica pode ser um importante fator de risco para asma entre adultos", disse Jan-Paul Zock, epidemiologista de um centro de pesquisa em Barcelona, que liderou o estudo.

Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de asma.

Usando dados coletados em 22 centros de 10 países europeus, os pesquisadores estudaram mais de 3.500 pessoas em um período de nove anos para ver quantos desenvolveram asma e se a limpeza poderia ser uma causa.

Dois terços daqueles que informaram fazer a maior parte da limpeza eram mulheres e menos de 10 por cento eram donas de casa em tempo integral, segundo os pesquisadores.

O estudo descobriu que o risco de desenvolver asma aumentou com a frequência da limpeza e o número de sprays diferentes usados, mas em média ficava entre 30 a 50 por cento maior em meio às pessoas expostas aos sprays de limpeza pelo menos uma vez por semana.

Apesar de purificadores de ar, lustra-móveis e limpadores de vidro terem o efeito mais forte, os pesquisadores disseram que o estudo não determina qual mecanismo biológico gera o aumento do risco.

Fonte: Uol CiÊncia e Saúde

sábado, 6 de outubro de 2007

Pacientes em hemodiálise possuem altos níveis de insônia

A hemodiálise é um método de filtração do sangue, em substituição à filtração que normalmente é efetuada pelos rins. Tem objetivo de retirar da circulação impurezas e toxinas produzidas pelo metabolismo corporal, a fim de garantir ambiente propício para os órgãos e tecidos exerceram suas ações. Os pacientes sob hemodiálise são geralmente portadores de doenças renais crônicas avançadas, sendo o diabetes mellitus e a pressão alta mal controlados, as principais causas de agressão aos rins.

A maioria dos pacientes tratados pela hemodiálise cursa com distúrbios do sono, conforme revelam investigadores do Far Eastern Memorial Hospital, de Taiwan que publicaram uma pesquisa na revista Renal Failure, em 2007. Foram incluídos no estudo 245 doentes portadores de enfermidade renal, em estágio avançado, os quais responderam um questionário acerca da qualidade do sono.

Os resultados divulgados demonstraram que a prevalência de distúrbios do sono, com destaque para a insônia, foi de 74,4% dentre os participantes. Os pacientes do sexo masculino estão sob maior risco de apresentar problemas do sono, e sua presença implica em elevação da chance de surgimento de enfermidades psíquicas, como a depressão.

Dessa forma, os autores afirmam que os enfermos sob hemodiálise constituem grupo de risco para desenvolver manifestações de insônia. Esta doença deve ser investigada e tratada adequadamente, a fim de melhorar a qualidade de vida dos doentes.

Fonte: UOL

Pesquisadores estudam formas de deter a metástase


Os cientistas Robert Weinberg e Tony Hunter, pioneiros na descoberta e na classificação do oncogene (responsável pela transformação de uma célula normal em cancerosa), se reuniram 25 anos após suas primeiras descobertas, para trocarem novas experiências de tratamento e de possíveis formas de se evitar elementos de predisposição à metástase.

Weinberg, que descobriu uma mutação genética causadora de tumor, e Hunter, especialista no estudo de genes reguladores do crescimento celular, são dois dos especialistas reunidos hoje em Madri, no seminário "Oncogenes e Câncer Humano: os próximos 25 anos".

Durante o congresso, organizado pelo Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO), Weinberg explicou como algumas células-tronco extraídas da medula óssea dos pacientes propiciam o desenvolvimento e a metástase do câncer de mama.

A descoberta, publicada na ultima edição da revista científica "Nature", pode ajudar a detectar elementos de predisposição à metástase, que evitem a extensão da doença para outros órgãos, o que pode levar à morte.

Weinberg, fundador do Instituto de Whitehead para a Pesquisa Biomédica e professor de biologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que existem algumas células-tronco alteradas que possuem uma estrutura ou um "programa" que as predestina a serem mais invasivas e a causarem mais metástases que outras.

Caso seja possível detectá-las e controlá-las, disse, será possível saber quando um tumor primário vai provocar metástases ou não, o que determinará seu acompanhamento, a gravidade do caso e o tratamento a ser aplicado.

Ele reconheceu ainda que esta descoberta é apenas um modelo experimental "in vitro" de câncer de mama, mas que todos devem ficar otimistas diante dos pequenos avanços.

Doutor pela Universidade de Cambridge, Hunter desenvolve atualmente sua pesquisa no laboratório de biologia molecular e celular do Salk Institute, na Califórnia.

Hunter explicou como suas descobertas foram determinantes para encontrar medicamentos contra o câncer, com os quais foi possível inclusive curar um tipo de leucemia que levava à morte em 90% dos casos.

O professor afirmou que as células-tronco, criadoras de vida e regeneradoras de tecidos, podem ficar "muito perigosas" caso sofram alterações, podendo até provocar tumores.

Por isto, ele afirmou que é importante usá-las de forma "segura" na pesquisa de como aplicá-las no tratamento de doenças neurológicas ou neurodegenerativas.Os dois cientistas concordaram na necessidade de encontrar células terapêuticas adequadas ao tratamento contra a metástase, mesmo que através de pequenos avanços, e lembraram que após 25 anos de pesquisa conseguiu-se, há apenas três anos, avançar no primeiro remédio molecular contra as mutações genéticas.

O professor Manel Esteller, diretor do Laboratório de Epigenética do Câncer do CNIO, apresentou outra visão sobre a questão e afirmou que a metástase não é apenas fruto de mutações genéticas, mas também de outros fatores externos, contra os quais é preciso lutar.

"Há mais coisas que se somam ao DNA, modificações químicas que adquirimos por viver em uma grande cidade, por termos uma dieta rica em gordura ou por fumar, entre outros elementos", concluiu.

Fonte: EFE

Pesquisa sugere que casamento faz bem para saúde


O casamento faz bem para a saúde do casal e dos filhos, segundo um levantamento sobre famílias feito pelo Departamento Nacional de Estatísticas do governo britânico divulgado nesta sexta-feira.

O levantamento concluiu que homens solteiros de até 35 anos têm risco de morte 50 % maior do que um homem casado, da mesma idade. No caso das mulheres, as casadas têm menos probabilidade de desenvolver doenças crônicas do que as solteiras.

Os dados mostram ainda que as crianças de pais casados que continuam a viver juntos, permanecem na escola, ou faculdade, por mais tempo - 78% das meninas e 69% dos meninos, em famílias de pais casados, permanecem como estudantes em tempo integral aos 17 anos.

Neste quesito, os filhos de mães solteira vêm em segundo lugar, com 59% dos garotos e 69% das meninas continuando a estudar em tempo integral aos 17 anos.

O estudo, que analisa o período entre 1996 e 2006, mostra que o número de casais que coabitam mas não são casados aumentou em 65% no país, alcançando 2,3 milhões. O número de casais casados caiu 4% no mesmo período, para 12,1 milhões.

O levantamento ainda mostra que, para a saúde das crianças, a estabilidade é a melhor receita. Crianças que vivem com os pais naturais - casados ou não - têm muito menos chances de desenvolver doenças a longo prazo do que filhos de mães e pais solteiros.

O número de casais coabitando é muito mais alto entre os jovens. E, entre 2001 e 2003, 21% das mulheres entre 25 e 29 anos afirmaram já ter coabitado antes dos 25 anos de idade. Esta proporção cai para 1% entre as mais velhas.

Dados da Inglaterra e do País de Gales sugerem que se a tendência continuar, o número de pessoas com menos de 40 anos coabitando vai ultrapassar o número de casados, na mesma faixa etária, até 2014.

Fonte: BBC Brasil

Tuberculose: vacina terá desconto à países pobres

Os países em desenvolvimento poderão adquirir a preço reduzido a única vacina terapêutica contra a tuberculose que o laboratório espanhol Archivel Farma apresentou hoje no Fórum Europeu de Investidores em Biotecnologia, realizado em Zurique, na Suíça.

"A vacina é orientada àqueles que mais precisam, inclusive os pacientes dos países em desenvolvimento", explicou à EFE o diretor de pesquisa de desenvolvimento da vacina, o médico espanhol Pere-Joan Cardona. A vacina, batizada como RUTI, está na fase de testes clínicos.

Cardona explicou que a vacina, "única vacina terapêutica contra a tuberculose, está dando muito bons resultados, já que não apresenta nenhuma toxicidade e dá uma boa resposta imune", mas lembrou que não ficará pronta até 2012. O coordenador da pesquisa espera poder testá-la nos países mais pobres, onde a tuberculose causa maiores estragos.

Por isso, a RUTI será apresentada no IV Fórum Anual da Associação entre a Europa e os Países em Desenvolvimento para os Testes Clínicos (EDCTP), a ser realizada em Burkina Fasso, na África, dos dias 22 a 24 deste mês. A organização promove e financia os testes clínicos de remédios contra malária, Aids e tuberculose em países pobres.

Além disso, Cardona assegurou que os países em desenvolvimento e ONGs poderão adquirir a vacina a um preço bastante inferior a que será vendido nos países ricos. Cardona se mostrou muito satisfeito porque, além de contar com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), alguns dos investidores institucionais, gerentes de capital risco, banqueiros e analistas já se mostraram interessados pela vacina.

Atualmente, um terço da população mundial sofre de tuberculose latente, ou seja, está infectada mas a doença ainda não se manifestou. A longa duração (nove meses) e os efeitos secundários (tóxico para o fígado) fazem com que 70% dos doentes abandonem o tratamento tradicional, mas a nova vacina só demoraria um mês a eliminar essa doença.

Fonte: EFE

Médico cria anestésico a base de pimenta malagueta


Um novo anestésico que usa a mesma substância que dá o ardor característico à pimenta malagueta pode representar uma alternativa para o combate à dor em cirurgias, tratamentos dentários e partos, disseram os pesquisadores americanos nesta quarta-feira.

Os atuais anestésicos "adormecem" todas as células nervosas, e não só as que transmitem a dor, o que provoca paralisia e torpor temporários - como bem sabe quem já tenha tratado um canal no dentista, por exemplo.

O novo produto poupa os neurônios responsáveis pelo movimento dos músculos ou pelo tato. Os cientistas já o testaram em ratos e confiam que ele vá funcionar também em pessoas.

Eles injetaram nos ratos um composto de capsaicina, o ingrediente ativo da malagueta e de outras pimentas, e um derivado da lidocaína, um anestésico comum. Em conjunto, eles afetaram apenas os neurônios que sentem a dor, impedindo-os de transmiti-la para o cérebro.

Os cientistas comprovaram isso porque os ratos, mesmo submetidos a forte calor ou tendo as patas feridas, continuavam agindo normalmente. A injeção levou cerca de 30 minutos para fazer efeito, que se prolongou por várias horas.

O primeiro anestésico, o éter, foi introduzido em 1846, revolucionando a prática cirúrgica. Conceitualmente, pouca coisa mudou desde então.

Clifford Woolf, do Hospital Geral de Massachusetts, um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa publicada na revista Nature, disse que o novo anestésico pode representar uma revolução tão grande quanto a do éter na sua época. "Imagino que possa se ampliar para muitas operações", afirmou ele por telefone.

Os pesquisadores acham que a nova abordagem pode ser usada também no tratamento de dores crônicas e em parturientes, e uma técnica semelhante poderia ser usada para combater a coceira provocada por eczemas, ervas venenosas e outros problemas.

Bruce Bean, da Escola de Medicina de Harvard, outro pesquisador do estudo, disse que os neurônios responsáveis pela dor são semelhantes em ratos e humanos, e por isso o novo produto deve funcionar. Os testes, segundo ele, devem começar "em dois ou três anos".

A lidocaína interfere nas correntes elétricas em todas as células nervosas, mas o derivado usado na pesquisa, chamado QX-314, é por si só incapaz de penetrar nas membranas celulares e bloquear sua atividade elétrica.É aí que entre o agente da pimenta malagueta, ou chili. A capsaicina é capaz de abrir poros existentes apenas nas membranas celulares das células nervosas sensíveis à dor - é por onde o QX-314 consegue penetrar, agindo seletivamente.

Fonte: Terra

Mudanças na rotina podem prevenir câncer de mama, diz estudo

Pequenas mudanças no estilo de vida das mulheres poderiam impedir um em cada dez casos de câncer de mama até 2024, segundo um estudo da organização Cancer Research UK.

Entre as alterações na rotina estariam a prática de exercícios, a amamentação e uma redução no uso de terapias hormonais e no consumo de bebidas alcoólicas.

Max Parkin, que conduziu a pesquisa, diz que as terapias hormonais de longo prazo foram identificadas como o principal fator de risco a ser atacado e tem esperanças de que seu uso continue a cair nos próximos cinco anos.

Ele afirmou ainda que, para alcançar a redução no número de casos de câncer de mama, o índice de obesidade deveria cair para os níveis dos anos 80.

O pesquisador também recomenda que as mulheres façam trinta minutos de exercício cinco vezes por semana nos próximos três anos e pede que não consumam mais de duas unidades de álcool por dia, o equivalente a uma taça de vinho ou a uma lata de 500 ml de cerveja.

Parkin também destaca os benefícios da amamentação contra o câncer de mama e afirma que o ideal seria que as mães amamentassem por pelo menos 6 meses.

Sara Hiom, da Cancer Research UK, no entanto, faz uma ressalva: "Cada mulher deve fazer escolhas sobre sua saúde baseada em suas circunstâncias particulares - por exemplo, se há motivos médicos que indicam a necessidade de uma terapia hormonal e os benefícios do tratamento pesam mais que as desvantagens".

Especialistas lembram também que a idade aumenta o risco de câncer de mama e que mesmo mulheres com estilo de vida saudável devem fazer o auto-exame e as mamografias.

"Quanto mais cedo o câncer de mama é detectado, maiores são as chances de sucesso do tratamento", diz a médica Sarah Cant, da Organização Não-Governamental Breakthrough Breast Cancer.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Sedentarismo é mais grave que males do coração


O porquê da malhação

Ficar com a aparência em ordem não é o único benefício que você desfruta ao botar os músculos para trabalhar e a camisa para suar. Praticar atividades físicas regularmente é uma maneira de ganhar um corpo sarado e manter a saúde em dia. Caso contrário, as conseqüências são perigosas.

"Comparando com pessoas que fazem exercícios, indivíduos sedentários têm 30% a mais de chance de desenvolver doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, por exemplo", afirma Daniel Kopiler, coordenador médico da Vitacor, clínica de Medicina do Exercício.Ainda fazendo comparações, o especialista conta que pessoas com capacidade física muito ruim têm risco de mortalidade maior que pacientes com alguma doença cardiovascular e ótima aptidão física.

De acordo com Kopiler, o ideal é praticar exercícios aeróbicos, pelo menos, durante 30 minutos, três vezes por semana. Também é importante aliar exercícios que fortaleçam os principais grupos musculares (membros superiores, inferiores, abdômen e costas). "Mas sempre, claro, passando por um check-up médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física", ressalta.

Muito além da ressaca

Apesar do terrível mal-estar pós-bebedeira, a maioria dos beberrões insiste em abusar das doses de bebida alcoólica. Por trás das dores-de-cabeça, da boca amarrada e das ânsias, estão outros perigos à saúde. "Dois copos de cerveja, por dia, não fazem mal ao organismo. Passar do ponto eventualmente, também não traz sérios riscos. Mas grandes quantidades de bebida alcoólica diariamente podem ser prejudiciais ao coração", ressalta o cardiologista da Casa de Saúde São José, Bruno Hellmuth.

Bruno explica que o álcool em abundância se torna tóxico e ajuda a desenvolver doenças específicas do coração, além da pressão alta. "Caso o paciente já apresente algum tipo de doença cardíaca, o quadro se complica ainda mais, porque ele pode passar a ter arritmia", enfatiza. Daí para uma interrupção mais grave no funcionamento do músculo é um pulo.

Pegada de James Bond

O modelo e a marca ficam a seu critério, mas o uso dos óculos escuros é indispensável, não só na praia, como também nas horas de trânsito parado. De acordo com o oftalmologista da Casa de Saúde de São José, Marcelo Martins Ferreira, a incidência de raios ultravioleta aumentou muito ultimamente, o que compromete a visão daqueles que não se protegem.

"Passar horas no sol sem proteção pode lesar a parte mais exposta do olho, a córnea. No final do dia, a pessoa tem a sensação de areia dentro dos olhos e sente muita dor", fala Marcelo, sobre a inflamação da córnea, chamada de ceratite. Para tratar o problema, é preciso usar um tampão que proteja os olhos por 24 a 48 horas e pingar lágrimas artificiais nos olhos. "Depois do incômodo, não fica nenhuma seqüela", garante o oftalmo.

Outra complicação que pode surgir a longo prazo é a catarata. "Algumas pesquisas mostram que a exposição solar sem óculos escuros ajuda no aparecimento da doença", diz Marcelo. A doença atinge o cristalino do olho, que perde a transparência e leva a diferentes graus de cegueira.O sol também pode ser responsável pela degeneração macular. "Nestes casos, a pessoa perde a visão central, ficando só com a periférica", explica o especialista.

Marcelo alerta ainda para as lentes falsas. "Quando estamos no escuro, a pupila se dilata para enxergarmos melhor. Ao colocar uma lente escura sem a devida proteção para os olhos, a pupila fica ainda mais exposta ao sol. É preferível não usar nada, se as lentes não forem adequadas".

Churrasco sim, gordura não

Por muito tempo, ela foi vista como vilã da alimentação e tem gente que, até hoje, torce o nariz para uma picanha na brasa. Bobagem, para ficar longe dos problemas de coração e ameaças de câncer assoacidas à carne vermelha, basta consumi-la com alguns cuidados. "O ideal é comer carne vermelha duas vezes por semana, para evitar o aumento do mau colesterol e os fatores cancerígenos", aconselha Bruno. Além disso, o especialista da Casa de Saúde São José ressalta que é importante não ingerir as gorduras visíveis da carne.

Prepare seu corpo

Tomar cuidado com a carga dos exercícios tem a mesma relevância que os outros conselhos. Além de causar dores nas costas e acabar com qualquer empolgação para se exercitar, carregar peso em excesso sem estar com a musculatura preparada, pode causar distensões ou danos à coluna. "Os problemas mais comuns atingem a região lombar, a coluna cervical e os ombros", alerta o ortopedista da Casa de Saúde São José, Paulo Moreira.

Para evitar problemas mais sérios a longo prazo, como a hérnia de disco, Paulo aconselha a trabalhar a musculatura aos poucos. "Não dá para fugir das situações do dia-a-dia que exigem que o homem pegue peso. Então, o ideal é se preparar para isso e evitar um desgaste precoce da coluna".

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Saiba fazer escolhas saudáveis

Só quando agirmos como adultos seremos capazes de resistir às tentações e apelos que tornam o pacote de salgadinhos muito mais desejável do que o estranho rabanete meio largado naquele canto da gôndola. A criança em nós irá desconsiderar com muita facilidade as informações nutricionais que acompanham os rótulos das embalagens, e estará pouco preocupada com o bem-estar. A criança se foca única e exclusivamente no prazer!

Agora, pense comigo...

Se isso ocorre nesse simples ato de fazer uma compra em um supermercado, será que não ocorre também nas escolhas maiores de nossa vida? Pense na escolha de um emprego, por exemplo. Ou nas escolhas que fazemos em nossos relacionamentos, ao escolher um amigo, ou mesmo um parceiro afetivo.

Pare um pouco a leitura e pense em alguma escolha que tenha feito na vida.

Use então essa fórmula:

Informação/auto-estima/maturidade

E a prática é assim...

Informação

Seja qual for a seu escolha, você procurou se informar sobre a situação que iria escolher? Informou-se sobre a empresa onde iria trabalhar? Deu-se tempo para conhecer a pessoa que está querendo se aproximar de você. Procurou enxergar a verdade sobre a situação, sem tentar distorcê-la? Muitas vezes nos recusamos a ver o que está sendo mostrado. Da mesma forma como evitamos ler o rótulo com a quantidade de calorias naquele atraente pacote de salgadinhos, preferimos fantasiar a respeito de muitas coisas na vida. E é assim que transformamos sapos em príncipes, mesmo que de dentro de sua boca saia uma língua enorme procurando moscas desavisadas .

Não faça isso! Informe-se! Enxergue a realidade!

Auto-estima

Você sabe o quanto você é uma pessoa maravilhosa e especial? Mesmo que tenha muitos defeitos (quem não os tem?), somos todos divinos em nossa essência, e merecemos o melhor da vida. Você escolheu como se merecesse o melhor? Ou contentou-se com migalhas? Lembre-se sempre disso ao fazer escolhas... você merece o melhor. Se aceitar menos, receberá menos, simples assim. Cada um de nós recebe o que acredita merecer.

Maturidade

Você avaliou as consequências de sua escolha? Está feliz com elas? Sente que essa escolha o levará na direção que realmente quer seguir? Ou é uma escolha que lhe dará apenas um prazer momentâneo?

É preciso que você olhe além, é preciso que a escolha que fizer faça você se sentir bem a seu respeito, e não culpa, ou medo. Escolhas saudáveis nos fazem sentir bem.

Cheque cada um desses pontos quando estiver frente a uma bifurcação na vida! Talvez consiga seguir com mais paz, leveza e criar uma vida mais saudável e feliz para você!

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Retirado do sítio: http://www.enfermagemvirtual.com.br

SP: lixo hospitalar seria vendido para reciclagem


Hospitais de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, estariam vendendo lixo hospitalar contaminado para cooperativas de reciclagem. A denúncia partiu de trabalhadores das empresas e está sendo investigada pela Vigilância Sanitária. As informações são da EPTV.

De acordo com uma das catadoras, os hospitais vendem o material por R$ 0,20 cada kg. Os hospitais da região negaram as denúncias. Um deles, uma maternidade, informou que cumpre rigorosamente a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre tratamento do lixo hospitalar.

Outro hospital afirmou que também cumpre as normas e que não foi notificado oficialmente sobre qualquer denúncia em relação ao assunto.

Fonte: Redação Terra

Bomba gay e baunilha extraída de estrume levam o Ignobel 2007


Premiação é uma sátira de descobertas científicas curiosas e inusitadas.

Troféus foram entregues por renomados cientistas vencedores do Nobel.

"Os efeitos colaterais da ingestão de saibro" (na categoria Medicina) e "Como extrair baunilha do estrume da vaca" (na categoria Química) estão entre os vencedores do divertido Prêmio IgNobel 2007, entregue nesta quinta-feira (5) na Universidade de Harvard a cientistas de cinco continentes.

A premiação é uma sátira criada para “honrar conquistas científicas que fazem as pessoas rir e depois pensar”. Entre os dez trabalhos premiados, três são de autores da América Latina.

Um deles é o de Enrique Cerda Villablanca, da Universidade de Santiago, no Chile, por estudar como os lençóis amassam. O segundo, dos argentinos Patrícia Agostino, Santiago Plano e Diego Golombek, reconhecidos pela descoberta de que o Viagra reduz o “jetlag”, mal-estar que acomete aqueles que fazem uma viagem atravessando vários fusos horários. Publicado pela Academia de Ciências argentina em junho de 2007, o trabalho demonstrou que o princípio ativo sildenafil incide sobre o relógio biológico do corpo humano e permite superar a defasagem do sono em viagens de avião.

Enquanto isso, o colombiano Juan Toro subiu ao palco para dividir com dois pesquisadores espanhóis o prêmio de Lingüística, pela descoberta de que ratos não conseguem distinguir holandês de japonês – se as línguas foram pronunciadas ao contrário.

Mayo Yamamoto, que levou o prêmio na categoria de Química por sua pesquisa sobre a extração de baunilha a partir do estrume da vaca, ganhou um sorvete em sua homenagem chamado de "Yum-a-moto Vanilla Twist".

O IgNobel da Paz foi para um laboratório de Dayton por sua "bomba gay". Desenvolvida em 1994, trata-se de uma arma química que provoca no exército inimigo uma atração sexual irresistível.

Outros vencedores foram a holandesa Johanna E.M.H. van Bronswijk pelo censo das formas de vida que existem em uma cama, como insetos, aranhas, crustáceos, bactérias, algas, fungos, entre outros - e o de Medicina, para um estudo intitulado "O Ato de Engolir Espadas e Seus Efeitos Colaterais".

Já o prêmio de Nutrição foi para Brian Wansink, da Universidade Cornell, por estudar o apetite humano servindo sopa a seus voluntários em pratos sem fundo que permaneciam sempre cheios.

Em sua 17ª edição, a premiação foi entregue no teatro Sanders da universidade pelo comitê organizador, composto por Marc Abrahams, editor da revista humorístico-científica “Os anais da pesquisa improvável” e de associações de pesquisadores e estudantes de Harvard.

Os troféus em forma de galinha foram entregues por renomados cientistas que já receberam o prêmio Nobel, como Craig Mello (Medicina, 2006), Roy Glauber (Física, 2005) ou William Lipscomb (Química, 1976).

Sete dos dez premiados estiveram presentes na cerimônia de quinta-feira pagaram pela viagem. Dentre eles, o britânico Brian Witcombe e o americano Dan Meyer, especialistas no efeito colateral causado pela ingestão de saibro.

Fonte: AFP

domingo, 30 de setembro de 2007

Alimente seu sistema imune


Consumir zinco é uma maneira eficaz de fortalecer as defesas e diminuir o risco de várias doenças

Imagine uma batalha na qual os soldados enfrentam o inimigo com escudo esburacado. Munidos tão precariamente fica difícil partir para o ataque e, ainda por cima, vencer a guerra. Cena parecida pode acontecer em seu organismo se você não estiver com as doses de zinco em dia. “Quando falta o mineral, as células de defesa têm sua função prejudicada”, diz a alergologista Ana Paula Moschione, da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Daí, abrem-se brechas para a entrada de verdadeiros aproveitadores da situação — vírus, por exemplo.

De família ilustre, o zinco integra o clã dos sais minerais e é parente dos famosos cálcio e ferro.
Apesar de menos conhecido, não é menos importante. Aliás, pelo contrário. “O zinco atua em cerca de 300 reações essenciais para a saúde”, conta a nutricionista Sílvia Cozzolino, da Universidade de São Paulo (USP). Não há dúvida, porém, de que um de seus mais nobres papéis é mesmo o de participar da maturação dos linfócitos (veja no infográfico ao lado). Entre outras coisas, esse grupo de células do sistema imunológico é capaz de derrotar microorganismos e barrar encrencas como gripes e resfriados.

E A VITAMINA C?

A maioria dos médicos concorda: ela é de fato uma ótima protetora do organismo. Grande parte do mérito vem de seu efeito antioxidante. “A atividade do sistema imune libera uma imensa quantidade de radicais livres”, conta o cardiologista Ronaldo Leão Abud, da Sociedade Brasileira de Medicina Ortomolecular. “Esses radicais podem deteriorar as próprias células do sistema imune”, continua. A vitamina C, portanto, ajuda bastante ao não deixar que essas moléculas prejudiquem o batalhão de defensores.

TURMA DE OPORTUNISTAS

Ela é liderada pelos vírus, microorganismos incapazes de se multiplicar sozinhos que se aproveitam de qualquer fragilidade do corpo para dominar suas células e, ali, se reproduzir. Aí, causam indisposição, tosse, diarréia, espirros, dores... As viroses que mais perturbam quando o clima esfria são a gripe e o resfriado. A primeira é causada pelo vírus infl uenza, que, transportado pelo sangue, viaja por todo o corpo. Nos olhos causa ardência. Nos músculos, aquela sensação de quebradeira da cabeça aos pés. O nariz se entope, a febre é alta, a garganta dói — e oportunistas ainda piores, como as bactérias da pneumonia, podem se aproveitar da crise. Já o resfriado provoca um mal-estar mais brando e pode ter diversos tipos de vírus envolvidos — em geral os rinovírus, os coronavírus e os adenovírus são os principais culpados.