terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Abraça que é bom

Além de gostoso, abraçar protege a saúde, retarda o envelhecimento e aquece o coração. Aproveite as festas de fim de ano para praticar

Bem-vinda ao espírito natalino! Mais do que simplesmente trocar presentes, Natal e Réveillon são momentos para reunir a família, rever os amigos, comemorar a vida! E, nessa hora, um abraço apertado vale por mil palavras. Ele pode dizer coisas como eu gosto de você, conte comigo, obrigada por estar sempre ao meu lado ou sei o que você está sentindo. Não é só isso: o toque tem poderes fantásticos sobre a saúde e o bem-estar.

Um estudo do departamento de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que abraçar tem relação direta com qualidade de vida. Com a troca de calor e afeto, o corpo passa por uma dança de hormônios: enquanto o nível de cortisol, o hormônio do stress, despenca, substâncias químicas como a serotonina e a dopamina aumentam, contagiando o cérebro e cada célula do organismo com uma sensação de conforto e felicidade. Em seguida, a pressão sanguínea diminui e os batimentos cardíacos desaceleram – quadro ideal para ficar protegida de doenças cardiovasculares e viver plenamente por muitos e muitos anos.

Kathleen Keating, autora dos livros A Terapia do Abraço 1 e 2 (Editora Pensamento), lembra que o contato físico não é apenas agradável mas também necessário, ainda mais em tempos em que a gente se comunica virtualmente. “Por vivermos numa época que valoriza a razão e a tecnologia, perdemos a consciência dos sentimentos. Quando nos tocamos e nos abraçamos valorizamos o amor e a cumplicidade, o que alivia a dor, a depressão e a ansiedade”, afirma. Na família desse gesto, os especialistas descrevem cinco tipos que correspondem às mais diversas situações. Pratique: é gostoso e faz bem.

Fonte: Boa Forma

Médicos criam rede para pesquisar aborto de repetição

São Paulo - Médicos de nove cidades se uniram para criar no País uma rede de pesquisa, diagnóstico e tratamento do aborto de repetição, situação na qual a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais seguidas, não conseguindo levar a gravidez até o fim. Estão nesse trabalho profissionais de Campinas, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Florianópolis. O problema ocorre em cerca de 5% dos casais em idade fértil, de acordo com estatísticas mundiais.

A proposta, liderada pelo Núcleo de Imunologia da Reprodução Humana (Nidarh), formado por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende ampliar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nesse tipo de aborto, aprimorar o tratamento, criar uma base nacional de dados e estimular o debate sobre resultados com vacinas que combatem falhas imunológicas.

"Quando o banco de dados estiver pronto, ginecologistas e obstetras de qualquer Estado poderão tirar dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes", diz o médico Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes da Divisão de Reprodução Humana da Unicamp. Ele explica que o grupo começará no primeiro semestre de 2008 um estudo clínico sobre o aborto recorrente em várias capitais.

O aborto espontâneo recorrente que ocorre até a 12.ª semana de gravidez é chamado de precoce, e as principais causas costumam ser genéticas, infecciosas ou imunológicas.

"Já os mais tardios estão relacionados à dificuldade de expansão e de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez", diz Joji Ueno, coordenador do curso Especialização em Medicina Reprodutiva, ministrado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Estudo feito no ano passado com pacientes atendidas na Unicamp, um dos primeiros a tentar mapear as possíveis causas do aborto espontâneo recorrente, mostrou que, entre esses fatores, o mais freqüente foi o fator imunológico, principalmente o chamado aloimune (93,9%) - processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias.

Fonte: O Estado de S. Paulo

sábado, 22 de dezembro de 2007

Detectada descontinuidade na prevenção ao HIV entre usuários de drogas injetáveis

Um estudo da Fiocruz avaliou como a descentralização do Programa Nacional de DST e Aids (PN-DST/Aids) do Ministério da Saúde influenciou, no Estado do Rio de Janeiro, a transferência de recursos para os programas de redução de danos, que visam à prevenção ao HIV entre usuários de drogas injetáveis (UDI). Desenvolvida pela pesquisadora Elize Massard, do Programa de Doutorado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) e orientadas pelos professores José Mendes Ribeiro e Francisco Inácio Bastos, a pesquisa revelou que, dos 22 programas de redução de danos existentes em 2002, o Rio passou a contar com apenas dois em 2006. A pesquisa foi veiculada nos Cadernos de Saúde Pública.

Por meio das ações de prevenção à Aids entre UDI no Brasil os usuários têm acesso a seringas novas e estéreis, mediante troca pelas usadas. “O usuário que faz a troca coopera para o sucesso do programa, pois reduz a circulação de seringas potencialmente contaminadas”, explica José Mendes Ribeiro.

Segundo o pesquisador, no Estado do Rio de Janeiro a descentralização do PN-DST/Aids – que só ocorreu efetivamente em 2006 – obrigou os programas de redução de danos a buscarem novas fontes de financiamento. Ao longo dos últimos três anos, embora outras ações de controle da Aids tenham sido beneficiadas pela descentralização, os programas de prevenção ao HIV entre UDI sofreram declínio no volume de recursos transferidos e no número de iniciativas financiadas, “o que pode se traduzir em um retrocesso nas políticas de prevenção ao HIV/Aids entre UDI no estado”, diz o artigo.

Esse processo de descentralização teve início por volta de 2002. Antes, desde 1993, o programa do Ministério da Saúde financiava as ações de prevenção à Aids no Brasil por meio de convênios firmados com estados e municípios. De 1993 a 2002, foram custeados aproximadamente 900 projetos de organizações da sociedade civil, sendo que mais de 180 deles eram de prevenção entre UDI. As principais fontes de recursos eram acordos de empréstimos do Banco Mundial ao governo brasileiro, conhecidos como Aids 1 e Aids 2.

Contudo, esse mecanismo, no qual os recursos eram repassados a iniciativas pré-selecionadas dos estados, municípios e organizações da sociedade civil por meio de convênios e concorrências com o PN-DST/Aids, se mostrou limitado. Um outro arranjo começou a ser delineado em 2002 e, assim, surgiu o Aids 3, que enfatizava a descentralização do financiamento e da administração do programa, transferindo para estados e municípios a responsabilidade de decidir em quais ações investir os recursos. O repasse do dinheiro passou a ser feito pelo Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais, em um processo denominado transferência fundo-a-fundo.

A descentralização no Rio de Janeiro fez com que os programas de redução de risco que receberiam financiamento fossem selecionados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Os gestores passaram a ter autonomia quanto às decisões de investir ou não nesses programas, o que resultou na descontinuidade das ações de prevenção ao HIV entre UDI. Isso pode significar risco de reemergência da epidemia de Aids entre UDI ou de outros agravos de saúde pública nesta população, como as hepatites B e C e a tuberculose.

No entanto, apesar desse risco no que se refere aos UDI, a descentralização do PN-DST/Aids já trouxe melhora significativa em diversos outros segmentos, como redução da transmissão do HIV de mãe para filho, distribuição de medicamentos e preservativos. “Mesmo em relação aos UDI, embora tenha sido detectada uma descontinuidade inicial, parece já estar ocorrendo uma retomada das ações. Só que ainda é muito cedo para avaliar esse processo”, diz o epidemiologista Francisco Inácio Bastos, do Instituto de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fiocruz, que também assina a pesquisa. “Entrevistas com gestores e executores das ações de redução de danos podem contribuir para uma melhor compreensão de como vem se dando a migração dos recursos do governo federal para as esferas estaduais e municipais”, acrescenta Mendes.

Fonte: Fiocruz

Fumaça da maconha tem mais tóxicos que a de tabaco

Um estudo divulgado nesta semana traz mais uma evidência de que maconha não é inofensiva, em relação ao cigarro. Pesquisadores canadenses compararam a fumaça da Cannabis com a de tabaco e descobriram que a primeira contém mais substâncias tóxicas, algumas delas carcinogênicas.

Os cientistas, liderados por David Moir, do Programa de Controle de Tabaco, encontraram na fumaça inalada de maconha uma quantia de amônia igual à de 20 cigarros. Os níveis de cianeto de hidrogênio e de óxido nítrico --que afetam coração e pulmões- apareceram em concentrações três a cinco vezes superiores.

Os pesquisadores se motivaram a levantar esses dados depois de perceberem que a porcentagem de jovens entre 15 e 24 anos do país que fumam maconha diária ou ocasionalmente vem crescendo nos últimos anos, enquanto a dos que fumam cigarro vem caindo.

Em parte, isso pode ocorrer porque os malefícios do tabaco são muito mais bem conhecidos e divulgados --como o fato de conter 4.000 substâncias químicas, sendo 50 delas consideradas cancerígenas. "Havia uma falta de trabalhos que examinassem comparativamente os dois produtos", escreveu a equipe na revista "Chemical Research Toxicology".

Ao analisarem a fumaça de cigarro e de maconha tanto do ponto de vista químico quanto toxicológico, eles encontraram no segundo pelo menos 20 substâncias tóxicas e concluíram que a maconha é tão ou mais prejudicial à saúde que o cigarro. Para isso eles usaram uma espécie de robô-fumante, que inalava a fumaça. O material era examinado a seguir.

Os pesquisadores também testaram a fumaça que sai diretamente da brasa --e é inalada por quem está por perto do fumante por exemplo. Nela também foram encontradas amônia, e outras substâncias.

Seus níveis tóxicos, no entanto, ficaram abaixo do detectado na fumaça inalada, porque nesta o calor do cigarro interfere nas reações químicas.

"A confirmação da presença de conhecidos carcinogênicos e outros produtos químicos ligados a doenças respiratórias tanto na fumaça inalada quanto na que sai da brasa dos cigarros de maconha é uma importante informação para a saúde pública", concluíram os autores.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Variação rara de bactéria já responde por 11% dos casos de doença meningocócica no Rio

Há décadas o mundo se habituou a associar a bactéria Neisseria meningitidis a casos de meningite pelos sorogrupos A, B e C. Porém, um recente estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, em parceria com o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, mostrou que um sorogrupo, chamado W135, antes quase inexpressivo, tem sido responsável por um crescente número de casos no Rio de Janeiro. Publicada na última edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, a pesquisa mostrou que o novo sorogrupo de importância epidemiológica já foi responsável por pelo menos um surto de meningite na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 2004, e que tem capacidade para causar, além da meningite, a septicemia, forma mais grave de infecção invasiva pela bactéria.

Os diversos sorogrupos de N. meningitidis correspondem a cada uma das 12 possíveis estruturas conhecidas para a cápsula das células bacterianas, compostas por polissacarídeos. Até o fim da década de 1990, 90% dos casos ocorridos no mundo eram creditados aos sorogrupos A, B e C, enquanto o tipo W135 era considerado raro ou esporádico. Contudo, a situação mudou por volta do ano 2000, quando foi registrado o primeiro surto relacionado ao W135, iniciado na Arábia Saudita e propagado para o norte da África.

No Rio de Janeiro, conforme revelou o estudo liderado pelo médico infectologista David Barroso, pesquisador do Laboratório de Enterovírus do IOC, o número de isolamentos do sorogrupo, que representava apenas 0,3% dos casos entre 1988 e 2002, aumentou bastante e, segundo dados computados desde 2002, já ultrapassa a marca de 10% dos casos notificados da doença. O pesquisador também revelou a ocorrência de pelo menos um surto localizado, registrado em 2004, no município de Nova Iguaçu, vizinho à cidade do Rio de Janeiro.

O motivo desse repentino aumento de expressividade do sorogrupo ainda é um mistério. “Na verdade, diversos fatores podem estar envolvidos com a multiplicação de casos do grupo W135”, acredita Barroso. “Clima, viagens internacionais, indicadores socioeconômicos, qualidade de vida, de moradia, tabagismo, infecções virais concomitantes e outros aspectos relacionados tanto ao potencial patogênico de um sorogrupo quanto à de suscetibilidade da população àquele grupo podem ter influenciado esses números”.

O médico não acredita que possa acontecer uma epidemia do novo sorogrupo na cidade, mas não descarta a possibilidade de surtos localizados e casos associados. “Fora da África não há uma grande epidemia há mais de vinte anos e sua manifestação atual se dá, em geral, de maneira endêmica, hiperendêmica ou epidêmica, sem ultrapassar 20 casos por 100 mil habitantes”, explica. “Por isso, é muito mais provável que o sorogrupo W135 continue a aparecer, mas na forma de doença endêmica e de casos associados no espaço-tempo”.

O pesquisador também levanta o debate sobre qual tipo de vacina contra a bactéria N. meningitidis deve ser adotada no Brasil. “O ideal seria que cada região adotasse a estratégia de imunização que melhor atendesse à sua realidade”, acredita. Na opinião do médico, a vacina mais adequada para ser utilizada no Rio de Janeiro, por exemplo, onde os tipos mais comuns são B, C e W135, seria a tetravalente - que previne os dois últimos, além dos sorogrupos A e Y -, que ainda não é produzida no Brasil. “Em outros lugares em que o sorogrupo W135 não fosse tão relevante, poderiam ser utilizadas outras vacinas”, explica. Cabe lembrar que não existe nenhuma vacina aprovada sem restrições contra o sorogrupo B, devido à especificidade das proteínas presentes em suas membranas e à ausência de uma proteção grupo específica.

Segundo o médico, além da vacinação, os cuidados necessários para prevenir a doença envolvem a quimioprofilaxia – tratamento com antibióticos de todas as pessoas que tiveram contato próximo com o doente – e uma grande dose de informação. “Na verdade, é praticamente impossível impedir a transmissão da bactéria”, explica o especialista, “porque na maioria das pessoas ela provoca apenas uma infecção assintomática na nasofaringe, que pode durar meses ou mais de um ano, mas que não traz prejuízo à saúde, induz imunidade e transforma o portador em uma fonte de contaminação. Para cada pessoa doente, há muitas outras pessoas infectadas transmitindo a bactéria, apesar de não apresentarem sintomas e nunca chegarem a desenvolver a doença”, esclarece. “Para se ter uma idéia, estima-se que cerca de 10% da população carioca está constantemente infectada”.

Segundo Barroso, a situação se agrava devido à desinformação da população e até da comunidade médica sobre a doença meningocócica. Segundo ele, há muito alarde em relação à meningite, mas as doenças causadas por N. meningitidis muitas vezes são confundidas com outros quadros infecciosos, com as quais têm sintomas em comum. “As pessoas têm que entender que só uma pequena parcela da população adoece e também têm que conhecer os sintomas, para poder procurar assistência médica rapidamente em caso de suspeita”, explica o médico.

O estudo realizado por Barroso também mostra que, assim como os sorogrupos A, B e C, o W135 tem um potencial patogênico completo – ou seja, é capaz de gerar todas as formas clínicas associadas a essa bactéria. Dentre elas, a meningite é apenas a forma menos grave, embora a mais freqüente. A septicemia é uma doença muito mais agressiva (a taxa de letalidade está entre 30% e 80% dos doentes, contra cerca de 3% dos que desenvolvem apenas meningite, sem púrpura). Ele acredita que o reconhecimento da manifestação cutânea, como petéquias e manchas equimóticas, primeiro sinal clássico da doença meningocócica a surgir, em geral nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, deveria ser a mensagem central das campanhas públicas de educação.

Apesar de sua gravidade, pela falta de informação muitas vezes a septicemia acaba sendo confundida com casos de dengue hemorrágico na região. “Na dengue, eventualmente, aparecem manchas pelo corpo após quatro dias de outros sintomas, mas na meningococcemia essas manchas aparecem 24 horas depois dos primeiros sintomas, com uma evolução rapidamente progressiva e sem precedentes”, explica o médico. O procedimento mais seguro a ser tomado, segundo ele, é sempre o tratamento da doença com maior potencial fatal, quando o tratamento específico não é imediatamente iniciado. “O diagnóstico da dengue é feito por exclusão e o único tratamento, a hidratação, também ajuda contra a septicemia”, argumenta.

“O melhor é aplicar logo antibióticos, que não vão interferir no tratamento da dengue caso seja descartada a outra hipótese, o que poderá acontecer em algumas horas”. Segundo Barroso, desconfiar de sintomas inespecíficos (como diarréia), que podem anteceder o aparecimento das manchas e, por isso, orientar o paciente de forma correta sobre sinais de gravidade que o levem à imediata busca de socorro médico também é fundamental no tratamento da doença.

Fonte: Fiocruz

Estudantes que não dormem têm notas piores, diz estudo

Os alunos que nunca ficam estudando à noite toda têm notas ligeiramente maiores do que aqueles que optam por perder noites inteiras para estudar, diz um estudo norte-americano divulgado nesta sexta-feira.

Uma pesquisa com 120 estudantes na St. Lawrence University, em Nova York, revelou que os estudantes que nunca passavam noites em claro estudando tinham nota média 3,2. Já os que optavam por perder noites de sono para estudar tiveram nota 2,95.

O estudo será publicado em janeiro na revista "Behavioral Sleep Medicine".

"Não é uma grande diferença, mas chama a atenção", afirmou Pamela Thacher, professora-assistente da universidade e autora do estudo. "Eu estudo principalmente a questão do sono e sei que ninguém consegue pensar de forma clara às 4 da manhã. Você acha que sim, mas não consegue", diz.

Um segundo estudo feito por Thacher mostra resultados "bastante similares", com notas mais baixas entre os estudantes que deixam de dormir.

Howard Weiss, um médico do St. Peters Sleep Center, em Albany, afirma que os resultados do estudo fazem sentido.

"Certamente os dados mostram que um período curto de sono interfere na concentração, no desempenho e em testes objetivos", disse ele.

No primeiro estudo de Thacher, 65 alunos afirmaram que passaram mais de uma noite toda sem dormir para estudar e 45 disseram que nunca haviam feito isso. A pesquisa foi feita com alunos de diversos cursos.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

Samu ajuda a reduzir lotação nas emergências


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tem papel estratégico para a redução do número de pacientes nas emergências dos grandes hospitais públicos, a exemplo do Hospital da Restauração (HR) e do Getúlio Vargas (HGV), ambos no Recife. Pelo menos é o que aponta um estudo da Fiocruz Pernambuco, que analisou o atendimento deste tipo de serviço em Olinda, na Região Metropolitana da capital. Mais de 50% das 645 ocorrências externas registradas no município, no período da pesquisa, que foi de fevereiro a junho de 2006, foram resolvidas pelo Samu no local do chamado ou nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) Adulto e Infantil locais. Desse percentual, 37,98% foram resolvidos pela própria equipe do serviço de urgência. Entre as causas externas, estão acidentes de transporte e agressões.

“Esse tipo de atendimento ajuda a ‘esvaziar’ as grandes emergências de casos que exigem apenas um curativo, por exemplo. Ou, em casos mais graves, pelo menos há uma triagem do médico dizendo que não há condições de resolver o problema naquela unidade de saúde de menor porte”, ressaltou o pesquisador Wayner Souza, orientador da monografia Um termômetro do Sistema Único em Saúde - O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu): análise do modelo em uma cidade do Nordeste brasileiro, da nutricionista Amanda Cabral, na Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco.

O trabalho também traz dados importantes sobre os acidentes no município. Dos 460 casos registrados pelo Samu em Olinda, 280 foram relacionados ao trânsito e, desse total, 40% envolviam moto ou bicicleta, sobretudo nos bairros de Peixinhos e Bairro Novo. Essas ocorrências são mais acentuadas nos fins de semana. Nos chamados ao Samu por dia de semana a pesquisa revela que, se de segunda a quinta-feira a maioria dos atendimentos são de casos clínicos, principalmente os de hipertensão, com um pico de 68,3% dos atendimentos, contra 21,6% de causas externas (onde se encontram os acidentes), nos fins de semana, a situação praticamente se nivela: 50% são de causas clínicas e 41,8% de causas externas. Outros 8,2% destinam-se às remoções.

O detalhamento desses dados de Olinda foi possível porque a prefeitura instalou, em cada uma das cinco ambulâncias da cidade, um aparelho de GPS que alimenta o banco de dados da Secretaria de Saúde. A iniciativa é pioneira entre as cidades do Nordeste e o custo da instalação desses equipamentos é baixo, diante do resultado fornecido. “De um banco de dados como esse é possível extrair informações epidemiológicas que podem contribuir para ações preventivas elaboradas pela Secretaria de Saúde ou para intervenções na infra-estrutura da cidade, por parte da Secretaria de Planejamento”, detalha Amanda, ressaltando que a realização do estudo só foi possível devido à iniciativa da Secretaria de Saúde de Olinda.

Amanda submeterá um artigo sobre seu estudo para uma revista indexada nacional. Atualmente ela cursa o mestrado em saúde pública da Fiocruz, em que pretende estudar o perfil do Samu por um período de 12 meses para averiguar a sazonalidade e aprofundar os acidentes de transporte. O trabalho deve resultar em sua dissertação de mestrado, prevista para ser defendida em março de 2009.

Fonte: Fiocruz

Artigo alerta para a importância de consultas pré-natais para evitar óbitos por falta de peso

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo apontou que a ausência de tratamento pré-natal, a internação materna e a presença de doenças durante a gestação (com destaque para a hipertensão e as infecções gênito-urinárias) e idade materna superior ou igual a 35 anos constituem fatores de risco associados ao nascimento de bebês de muito baixo peso ou prematuros em população de baixa renda. A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz.

Para fazer a análise, os pesquisadores observaram 200 casos de recém-nascidos com peso entre 500 e 1.499 gramas e, como grupo de controle, 400 bebês nascidos com entre 3 mil e 3.999g. O local escolhido foi o Hospital Geral de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Caxias do Sul foi escolhida por apresentar, em 2003, uma freqüência de 1,6% de recém-nascidos de peso muito baixo, sendo estes os responsáveis por 42% de todos os óbitos infantis da cidade. Os nascimentos verificados pelo estudo ocorreram entre os anos 1998 e 2004.

Das crianças verificadas, 45% dos recém-nascidos de muito baixo peso foram classificados como pequenos para a idade gestacional. A mortalidade desses bebês que se encontravam abaixo de mil gramas foi de 68,8%. Os do que apresentavam peso superior a mil gramas foi de 16,5%. “A principal causa básica de óbito dos recém-nascidos de muito baixo peso foi a hipertensão materna (35,3%) e como causa imediata de óbito predominou a infecção (52,3%)”, afirmam os pesquisadores. Eles destacam que a hipertensão materna foi a principal causa clínica do desencadeamento de partos prematuros e chamaram atenção para o grande número de casos de mães com sífilis, toxoplasmose e Aids em ambos os grupos avaliados. “Essas podem ser evitadas ou ter os seus efeitos minimizados por meio de uma maior freqüência ao pré-natal e de acompanhamento qualificado à gestante de risco”.

Eles também comentam que as mães dos recém-nascidos de muito baixo peso fizeram, em média, quatro consultas pré-natais, enquanto as dos bebês do grupo de controle fizeram cerca de 6,5. “Ao analisar o número de gestantes com que não fizeram nenhuma consulta pré-natal, observou-se que 18,5% das mães dos recém-nascidos de muito baixo peso estavam nesse situação em comparação com apenas 3,3% das mães do grupo de controle”, explicam. “Essa diferença foi estatisticamente significante, mostrando que a ausência de pré-natal está fortemente associada ao nascimento de recém-nascidos de muito baixo peso”. Quanto à idade das mães, as gestantes com 35 anos ou mais apresentaram associação com o baixo peso das crianças (principalmente aquelas que já tinham um filho anterior nascido com o problema), enquanto as adolescentes não constituíram nenhum fator de risco.

A maioria das gestantes do estudo iniciou suas consultas de pré-natal no segundo trimestre da gravidez, ou seja, tardiamente. “Este fato, aliado à dificuldade do SUS de proporcionar exames na rapidez necessária e um atendimento qualificado, tem gerado muitos nascimentos de recém-nascidos de muito baixo peso causados por doenças evitáveis, diferentemente dos países desenvolvidos, onde os nascimentos prematuros têm aumentado devido a um maior número de gestações múltiplas”, esclarecem os pesquisadores.

“É importante enfatizar que o custo econômico para se evitar o nascimento de recém-nascidos de muito baixo peso é muito menor do que o custo do tratamento destes em unidades de tratamento intensivo”, declaram estudiosos no artigo. Eles acrescentam que é por meio de programas preventivos e de baixo custo, elaborados com base em estudos epidemiológicos, que se pode diminuir o número de casos e, conseqüentemente, influenciar positivamente a redução das taxas de mortalidade infantil.

Fonte: Fiocruz

Hipocondria: tratamento ainda é pouco avaliado

Uma pessoa considerada como hipocondríaca é aquela que acredita estar constantemente doente, apesar de aparentemente sadia, e, em decorrência disso, freqüentemente procura auxílio médico ou se automedica, uma atitude que pode trazer ainda mais problemas à saúde e à qualidade de vida.

O tratamento da hipocondria nem sempre é fácil. Envolve conscientização do próprio indivíduo sobre o problema e mudanças de hábitos. Além disso, outros transtornos psicológicos também podem estar presentes, como depressão e a ansiedade, agravando mais o quadro.

O Cochrane Database of Systematic Reviews lançou, em outubro deste ano, uma revisão sobre os tratamentos direcionados aos hipocondríacos. O principal enfoque foi dado às psicoterapias.

Os principais métodos psicoterápicos avaliados englobavam a terapia comportamental, a terapia cognitivo-comportamental, o manejo do estresse e a psicoeducação. Todos demonstraram um grande sucesso no tratamento dos sintomas da hipocondria, com exceção da última técnica.

Apesar dos resultados satisfatórios, nenhum estudo comprovou realmente a cura da hipocondria, através da psicoterapia. Isso se deve, de acordo com os pesquisadores, ao pequeno número de pacientes estudado. Em virtude disso, eles sugerem que mais estudos deverão ser realizados, procurando determinar quais fatores realmente interferem nos resultados da psicoterapia de pacientes hipocondríacos.

Fonte: Boa Saúde

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A mãe que fuma na gestação pode aumentar o risco do bebê para lábio fissurado


Fumar pode aumentar o risco para lábio fissurado?

Isso é o que pesquisadores da Universidade de lowa concluíram após conduzir um estudo internacional para determinar se alguns bebês têm predisposição para lábio fissurado e/ou fissura palatina devido a uma incapacidade genética de desintoxicar a fumaça do cigarro.

O estudo concluiu que fetos com falta de ambas as cópias do gene usado para neutralizar a fumaça e cujas mães fumaram durante a gestação tem um risco aumentado de desenvolver a doença.

Cerca de um em cada 600 bebês americanos nasce com lábio/palato fissurado, de acordo com o estudo.

Os resultados da pesquisa concluíram que mais de 60% dos bebês com ascendência asiática e 25% dos bebês com ascendência européia tem falta de ambas as cópias do gene, que é chamado de GSTT1.

O autor-condutor da pesquisa, Jeff Murray, M.D., colocou os resultados em perspectiva, “Se uma gestante fuma 15 ou mais cigarros por dia e o feto não tem as cópias operantes do GSTT1, as chances do feto desenvolver uma fissura aumentam em cerca de 20 vezes”.

Quando há a falta do gene, diz o estudo, o bebê é incapaz de remover as toxinas que podem ser transferidas pela placenta quando a mãe fuma.

Os pesquisadores de Iowa e um grupo de pesquisadores da Dinamarca reuniram uma lista de 16 genes diretamente envolvidos na toxicidade da fumaça do cigarro e testaram se variações poderiam afetar desfavoravelmente a capacidade de uma pessoa em barrar os produtos tóxicos.

O grupo usou um banco de dados de 1.244 crianças com fissuras, assim como seus pais e irmãos para compilar 5.000 amostras de DNA. Os dados levantados revelaram que gestantes que fumavam e cujos fetos tinham falta da enzima GSTT1 estavam muito mais predispostas a dar a luz a um recém-nascido com fissura.

“Quando os produtos químicos da fumaça do cigarro desafiam o desenvolvimento normal dessas estruturas,” disse o Prof. Dr. Murray, “os fetos que não tem o gene ficam em clara desvantagem”.

Fonte: ADA

Coluna feminina se adaptou para suportar peso da gravidez

Alegrias da maternidade à parte, carregar um bebê no ventre é um peso -– literalmente. E para se adaptar a um organismo em crescimento em frente a uma coluna projetada inicialmente para animais quadrúpedes, as mulheres tiveram que sofrer algumas mudanças, de acordo com um estudo divulgado nesta semana. Os pesquisadores encontraram alterações estruturais na coluna de mulheres, que não existem nem em homens nem em macacos, feitas especialmente para abrigar uma nova vida com conforto para a futura mamãe.

Basta observar uma mulher grávida para perceber que ela se inclina para trás, em um movimento quase inconsciente. Isso é feito para compensar a alteração no centro de gravidade do organismo causado pela gestação. Segundo o trabalho publicado na revista "Nature", as mulheres, quando grávidas, chegam a se inclinar tanto que aumentam sua lordose (a inclinação da parte de baixo da coluna, que equilibra a parte superior do corpo sobre a inferior) em até 60%.

O movimento é natural, mas, segundo o estudo de Katherine Whitcome, da Universidade Harvard, ele causa um grande estresse na coluna, que precisa de força para suportar o movimento. Para gerar essa força, as vértebras lombares femininas se adaptaram.

Nos homens, a curvatura da lordose se estende por duas vértebras. Nas mulheres, por três. Além disso, as juntas femininas são maiores e mais largas na parte de baixo da coluna do que as masculinas. Tudo isso para deixar a coluna mais forte e mais flexível, para compensar o desconforto que seria esperado de carregar um bebê e sua placenta bem na frente dos quadris.

Whitcome acredita que todas essas mudanças estruturais não apenas ajudam as mulheres a se inclinar e equilibrar melhor, como também permitem que elas carreguem seus filhos nos braços após o nascimento com mais conforto.

As alterações, segundo sua equipe, parecem ter surgido há “apenas” dois milhões de anos. Dois fósseis, um supostamente masculino e outro supostamente feminino, de hominídeos dessa época foram estudados e já apresentavam essas diferenças entre a coluna da mulher e do homem.

Whitcome lembra que nada disso, é claro, é capaz de tornar uma gestação 100% confortável. “A extensão da coluna pode causar dor. A extensão acompanhada da carga extra de um bebê em crescimento, especialmente nos estágios finais da gravidez, pode trazer desconforto materno.
Mas esse desconforto seria ainda maior se as mulheres não tivessem se adaptado para resistir a esse peso extra na coluna”, afirmou ela ao G1. “As mulheres podem agradecer a evolução através da seleção natural pela facilidade relativa com que administram a gravidez”, disse a cientista.

Para evitar a dor, as mulheres já sabem o que fazer “naturalmente”, explica Whitcome, ao se inclinarem. Mas para ajudar a diminuir o peso, é importante que as futuras mamães se alimentem de forma saudável e fiquem em forma, aconselha.

Fonte: G1

Dengue já contaminou 536 mil este ano, anuncia governo

O Ministério da Saúde divulgou ontem o balanço atualizado até novembro da dengue no país no ano de 2007. O estudo aponta que foram registrados 536.519 casos da doença no período, sendo 1.275 casos de dengue hemorrágica. O levantamento aponta que 136 pessoas morreram. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 200 mil casos, que o Ministério atribui à ocorrência de epidemias em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco.

O balanço ainda aponta que a taxa de letalidade da dengue hemorrágica aumentou. Neste ano, atingiu 10,7%, quase o dobro da registrada em 2002 (ano de maior pico epidêmico da doença no Brasil), de 5,5%, mesmo que naquele ano o número de mortes tenha sido superior (150), já que ocorreram 2.714 casos de dengue hemorrágica em 2002. Segundo o Ministério da Saúde, 44% dos casos ocorreram em cidades com menos de 100 mil habitantes. Nas cidades com mais de 1 milhão de pessoas a concentração foi de 14% das ocorrências.

Segundo parâmetro do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), as regiões, Estados ou municípios considerados com baixa incidência são aqueles que concentram menos que 100 casos por 100 mil habitantes. Já os locais considerados de média incidência apresentam entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes. As áreas consideradas de alto risco são as que têm incidência maior que 300 por 100 mil. A região com pior desempenho foi a Centro-Oeste, que registrou 811 casos por 100 mil habitantes, sendo que Mato Grosso do Sul concentrou 68% das notificações.

Nas outras regiões, o Nordeste registrou 26% do total de casos do país e a região Norte, com 46.012 casos, foi a que registrou o menor número absoluto. O Sudeste teve aumento de 35% no número de casos em relação ao último ano. No Sul, com variação de 827% de 2006 para este ano, foi registrada a maior elevação entre os dois anos, por causa da epidemia no Paraná. O Rio Grande do Sul notificou o primeiro caso confirmado de dengue autóctone (confirma a presença de mosquito infectado no Estado) com transmissão em abril de 2007. Santa Catarina é o único Estado brasileiro que continua sem transmissão autóctone de dengue.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

sábado, 1 de dezembro de 2007

Desculpas !

Meus caros amigos e amigas:

Por causa de muito trabalho e por estar sem o meu computador desde o dia 04 de novembro estou sem atualizar.

Peço desculpas a todos e logo voltarei a atualizar o blog.

Um abraço aos amigos e um beijo para as amigas.

Enfermeiro Rafael Vidal Marques