O Brasil é o 91º colocado em uma lista de 171 países analisados pelos seus indicadores de risco de mortalidade materna.
Um relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que de um total de 41,6 milhões de abortos realizados em todo o mundo em 2003, quase a metade foi feita fora dos padrões de segurança recomendados.
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Uma em cada 370 brasileiras corre o risco de morrer devido a complicações na gravidez ou no parto, revelou um relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Unicef, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Banco Mundial.
No topo da lista está a Irlanda, onde o risco de morte materna ronda apenas uma em cada 47 mil mulheres.
No outro extremo está o Níger, onde uma em cada 7 tem chance de morrer durante a gravidez ou na hora de dar à luz. Ainda de acordo com o estudo, intitulado Mortalidade Materna em 2005, 4.100 mulheres morreram no Brasil naquele ano em decorrência de problemas com a gravidez ou com o parto. Este índice coloca o Brasil em 29º colocado na ordem de números absolutos mais altos de mortes maternas.
A Índia foi o país com maior índice de mortalidade materna em 2005, registrando 117 mil mortes. O estudo ainda mostrou que no Brasil, para cada 100 mil nascimentos, 110 mulheres morreram durante o parto no mesmo período. O relatório teve como objetivo analisar como os países estão avançando para alcançar uma das oito Metas do Milênio da ONU, que prevê a redução de mortalidade materna em 75% até 2015.
Segundo mostrou o levantamento, 576 mil mulheres morreram em todo o mundo de causas maternas em 1990. Em 2005, este número caiu em menos de 1% passando para 536 mil.De acordo com o estudo, os países "avançam muito lentamente" e estão muito atrás da meta estabelecida pelas Nações Unidas, que é de reduzir o número de mortes em 5,5% ao ano.
Nenhuma das regiões analisadas alcançou a meta de redução de 5,5%. O leste asiático foi quem chegou mais perto, com redução de 4,2% ao ano. Em compensação, na África subsaariana, o declínio foi de apenas 0,1%. O relatório defende a implementação de políticas de saúde como forma de diminuir as taxas se mortalidade materna atuais, como o acesso universal aos tratamentos de pré-natal e orientações sobre planejamento familiar.
Fonte: Uol Ciência e Saúde
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