Medicamento experimental é esperança para quem já não responde aos tratamentos. Molécula é da mesma família do remédio Efavirenz.
Um medicamento experimental, a etravirina, pode ser uma nova esperança para os doentes infectados com vírus da Aids (HIV) e que já não respondem aos tratamentos mais incisivos, de acordo com o resultado de testes clínicos publicado na revista médica "The Lancet".
A molécula, batizada de etravirina (TMC 125, do laboratório Tibotec), foi classificada na família dos inibidores não-nucleosídicos da transcriptase inversa (NNRTI, sigla em inglês), da qual fazem parte a nevapirina ou o Efavirenz. A etravirina foi concebida como uma alternativa para os pacientes que se tornaram resistentes a esta classe de medicamentos anti-HIV. Segundo a revista, os resultados intermediários de dois testes são "animadores".
Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um deles recebeu um coquetel de anti-retrovirais, incluindo a nova molécula associada com o inibidor darunavir. No outro, foram ministrados vários medicamentos placebo, sem qualquer efeito terapêutico, além do darunavir.
O objetivo dos medicamentos anti-HIV é reduzir a "carga viral" (quantidade de vírus no sangue) para menos de 50 cópias por mililitro de sangue, ou seja, abaixo do limite detectável, com o objetivo de restaurar as defesas imunológicas.
Trata-se de controlar a infecção, não de eliminá-la, já que os medicamentos atuais não permitem se desfazer totalmente do vírus. Na 24ª semana do tratamento, 56% e 62% dos pacientes de ambos os testes que tomaram etravirina tinham atingido o objetivo, contra 39% e 44% dos que receberam o placebo.
Os efeitos colaterais da etravirina são descritos como fracos ou moderados e, à exceção das erupções cutâneas, são similares aos do grupo placebo. Os pacientes já tinham sido tratados com uma dúzia de anti-retrovirais, que não eram mais eficazes, e sofriam com o aumento de outros tipos de doenças, devido à debilidade do organismo, entre elas a tuberculose.
Fonte: http://www.g1.com.br/
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