quinta-feira, 5 de julho de 2007

Estudo: bocejo refresca cérebro e ajuda a acordar


Pesquisadores americanos afirmaram que o ato de bocejar pode ser uma forma de tentar se manter acordado e não um sinal de que o sono está aumentando.

Segundo os psicólogos Andrew e Gordon Gallup, da Universidade Estadual de New York em Albany, o bocejo refresca o cérebro, ajudando-o a permanecer alerta. "Segundo nossa hipótese, ao invés de promover o sono, o bocejo é antagonista do sono", afirmou Gordon Gallup.

Segundo ele, o cérebro funciona mais e de forma mais eficiente quando está frio. E o efeito "contagioso" do bocejo seria um mecanismo para ajudar um grupo de pessoas a se manter vigilante.

Filmes

Os dois cientistas recrutaram 44 estudantes universitários para assistirem, sozinhos, a filmes de pessoas bocejando e gravaram o número de bocejos dados por cada voluntário.

Os estudantes receberam instruções de inspirar e expirar de uma destas quatro maneiras: apenas pela boca, apenas pelo nariz, oralmente enquanto usavam um tampão para o nariz ou apenas respirar normalmente.

Foi observado que 50% das pessoas que receberam instruções para respirar normalmente ou pela boca bocejaram quando assistiam imagens de bocejos. Nenhuma das pessoas que respiraram pelo nariz bocejou.

Testa fria

Os pesquisadores também descobriram que os voluntários que mantiveram um pacote frio encostado na testa não bocejaram enquanto assistiam ao filme, enquanto aqueles que seguraram um pacote quente ou à temperatura ambiente contra a testa bocejaram normalmente.

Vasos sanguíneos na região da cavidade nasal enviam sangue frio para o cérebro. Então, respirar pelo nariz e esfriar a testa refrescam o cérebro e eliminam a necessidade de bocejar, disse Gordon Gallup.

"Pára-quedistas relatam que bocejam antes de um salto", disse o cientista Robert Provine, da Universidade de Maryland, em Baltimore. "Bocejar sinaliza uma transição entre estados comportamentais de vivacidade e sonolência, tédio e vigilância", acrescentou.

O estudo de Andrew e Gordon Gallup foi publicado na revista especializada Evolutionary Psychology.

Fonte: BBC Brasil

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