sábado, 5 de maio de 2007

Projeto prepara profissionais de saúde para detecção precoce do câncer de mama


Danielle Neiva

Educar. Esta é a palavra de ordem do projeto Educação Continuada para a Prevenção do Câncer de Mama nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, do médico Roberto Vieira, chefe do Setor de Mastologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF), uma unidade da Fiocruz. Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e a Coordenação do Programa Viva Mulher, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o projeto visa qualificar médicos e enfermeiros do Programa Saúde da Família de 90 municípios do Estado do Rio de Janeiro, por meio do sistema de educação continuada e treinamento. O projeto pretende ainda implementar estratégias educativas de detecção precoce voltadas à prevenção do câncer de mama, identificar fatores de risco ainda não reconhecidos, além de realizar estudo epidemiológico de pesquisas de caso-controle na população feminina acima de 40 anos.

Segundo Vieira, muitos profissionais ainda utilizam o mamógrafo de maneira ineficaz. “Quando o exame é feito por um médico ou enfermeiro treinados, a possibilidade de detecção oportuna é muito maior, já que a única chance de cura do paciente é se dá pelo diagnóstico precoce. Como a maioria das pessoas descobre a doença em estágio já avançado, diminuem as chances de sobrevida das pacientes e compromete os resultados do tratamento”, revela o mastologista. De acordo com dados do Ministério da Saúde, só no ano passado 48.930 novos casos da doença surgiram no Brasil, com um risco estimado de 52 casos para cada 100 mil mulheres. No Rio de Janeiro estima-se que, para cada 100 mil mulheres, 96,5 tenham câncer de mama, o que torna este tipo de câncer o que mais atinge a população feminina do país.

O câncer de mama é uma doença que atinge mais mulheres do que homens, sendo mais comum entre 40 e 69 anos de idade e tem como fatores de risco o histórico familiar e a idade avançada. No caso das mulheres, a menarca precoce e a menopausa tardia também são consideradas fatores de risco. A doença surge a partir de nódulos palpáveis na mama ou até mesmo na axila e tem cura quando descoberta oportunamente. “É fundamental que a paciente faça exames clínicos periódicos e submeta-se a mamografia, e também que o profissional esteja capacitado para reconhecer a doença”, explica o especialista.

O Setor de Mastologia do IFF é ligado ao Departamento de Ginecologia e atende todas as segundas, quartas e quintas-feiras, de 8h às 16h. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 2554-1738. O IFF fica na Avenida Rui Barbosa 716, no Flamengo, Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Fiocruz

Um comentário:

Anônimo disse...

Caros colegas,

Convido a todos a participarem do próximo Grupo de Estudos em Saúde da Família – GESF, uma promoção da Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade – AMMFC que vem se tornando um local virtual e presencial de debate, com amplas discussões entre teoria e prática. O Grupo de Estudos representa uma nova maneira de se produzir conhecimento. A partir de experiências exitosas colhidas entre os diversos trabalhos, monografias e dissertações já produzidas pelos programas de especialização, congressos e oficinas, o objetivo é o de discutir os principais temas e ferramentas ligadas a Saúde da Família no Brasil.

TEMA: Método Clínico Centrado na Pessoa
DATA: 15/10/2007
HORÁRIO: 19h00min
LOCAL: Auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Avenida Afonso Pena, 2336 / 14º Andar, Funcionários

COORDENADORA: Ana Carolina Diniz Oliveira
RELATOR: André Fernandes Santos

PALESTRANTES

Rodrigo Pastor – Preceptor de Residência em Medicina de Família e Comunidade (HC)
Fabiano Guimarães – Médico de PSF (PBH)
Daniel Knupp – Preceptor de Residência em Medicina de Família e Comunidade (HOB)

Contamos com a participação de todos.

jornalinterativoammfc@yahoo.com