terça-feira, 1 de maio de 2007

Nanotecnologia poderá reparar células danificadas


Cientistas norte-americanos acreditam que a nanotecnologia, utilizada freqüentemente em microprocessadores e equipamentos eletrônicos, pode ser usada também para ajudar a reparar ou regenerar células danificadas, devolvendo os movimentos a um doente.

De acordo com o site VNUNet, o diretor do Instituto de Bionanotecnologia em Medicina da Universidade Northwestern, Dr. Samuel Stupp, está combinando nanotecnologia e biologia e já demonstrou como ratos de laboratório paralisados por problemas na medula espinhal podem voltar a andar em apenas seis semanas.

"Injetando moléculas que foram criadas para se auto-organizar em nanoestruturas no tecido espinhal, fomos capazes de recuperar e reparar rapidamente neurônios danificados", explicou Stupp.

Segundo o cientista, as nanofibras, milhares de vezes mais finas que um fio de cabelo humano, são a chave não apenas para prevenir a formação de cicatrizes que impedem a reparação da medula espinhal, mas também para estimular a regeneração de células perdidas ou danificadas.
Sua equipe criou moléculas injetáveis via seringa com capacidade de auto-organização em nanofibras. E assim, Stupp acredita que a nanotecnologia poderá ajudar os pesquisadores a criar tratamentos até hoje não imaginados.

Quando as nanofibras se formam, elas podem ser imobilizadas em uma área do tecido onde é necessário ativar alguns processos biológicos como, por exemplo, salvar células danificadas ou regenerar células diferenciadas de células-tronco.

Segundo o site MedIndia, durante a apresentação foi demonstrada a recuperação de um rato com sintomas do Mal de Parkinson, outra doença que poderia ser tratada com o método em estudos.

Além da paralisia e do Mal de Parkinson, os cientistas acreditam que a nanotecnologia ainda poderia ser aplicada a problemas como Alzheimer, onde as células cerebrais param de funcionar como deveriam, ou auxiliando o funcionamento correto das áreas lesadas do coração após um infarto.

"Esta pesquisa provê um antecipado vislumbre dos novos e empolgantes lugares para onde a tecnologia pode levar", afirmou David Rejeski, diretor do Project on Emerging Nanotechnologies. "Este tipo de trabalho nos ajuda a ver além da primeira geração de aplicações de nanotecnologia, tais como melhores raquetes de tênis ou tecidos antieletricidade estática, e diminuir o sofrimento humano em doenças como Parkinson, problemas do coração e até mesmo câncer", concluiu.

Fonte: Terra

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