domingo, 30 de setembro de 2007

Fim do fumo passivo evita ataque cardíaco


A proibição de fumar em lugares públicos no estado de Nova York pode ter evitado cerca de 4.000 ataques cardíacos em quem sofre como fumante passivo, afirma um novo estudo americano.

Na pesquisa, publicada na revista médica "American Journal of Public Health", o Departamento de Estado da Saúde examinou cerca de 500 mil entradas no hospital relacionadas ao chamado infarto agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco. Os pesquisadores concluíram que as entradas em hospitais por esse motivo caíram mais de 8% em 2004 em relação ao que seriam os níveis esperados para aquele ano. Isso equivaleria a 3.813 casos, afirmam eles.

A proibição do fumo em locais públicos no estado de Nova York, que entrou em vigor em 2003, "é uma intervenção de saúde pública que não custa praticamente nada, então conseguir esse tipo de resultado de uma intervenção barata não tem paralelos", diz Ursula Bauer, diretora do programa de controle do tabaco do Departamento de Saúde e co-autora do estudo.

A pesquisa foi mais abrangente do que estudos similares, os quais só cobriam alguns hospitais em alguns municípios do estado americano. A análise envolveu dez anos de dados, de 1994 a 2004, cobrindo todos os municípios de Nova York e mais de 250 hospitais. Os pesquisadores decidiram concentrar sua análise no ano posterior à aprovação da Lei de Ambientes Internos Limpos (que entrou em vigor em julho de 2003). A proibição de fumar vale para bares, restaurantes e alguns outros locais públicos.

Usando um modelo estatístico que incorpora os dez anos de dados, os pesquisadores identificaram fatores associados com ataques cardíacos: eles são mais comuns no inverno; municípios diferentes têm taxas diferentes do problema; o número de ataques cardíacos está caindo por causa da melhora do atendimento médico; e, o que é mais importante, os governos locais estão se opondo ao fumo desde 1995. Assim, se os pesquisadores subtraírem esses fatores que afetam as taxas de ataque cardíaco, o que sobra é provavelmente o efeito da proibição de 2003, diz Harlan Juster, diretor de vigilância, avaliação e pesquisa do tabaco do Departamento de Saúde e co-autor do estudo.

Fonte: G1

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