A obesidade é uma condição cada vez mais comum na população geral. Pode ser definida como uma relação do peso dividido pela altura ao quadrado, denominada índice de massa corporal (IMC), superior a 30 Kg/m2. O excesso de peso corporal comporta-se como fator de risco para várias enfermidades, com destaque para doenças do coração, osteoarticulares e alguns cânceres.
Uma das formas de tratamento para a obesidade mórbida são as cirurgias, que alteram a dinâmica de funcionamento do trato digestório, denominadas cirurgias bariátricas. Caso a obesidade continue a crescer nas diversas camadas populacionais é provável que o número de cirurgias para emagrecer também se eleve, conforme assinalou um grupo de pesquisadores em um estudo publicado na revista Current Opinion in Orthopedics, em Setembro de 2007.
Os autores esclarecem que algumas modalidades de cirurgia bariátrica produzem a exclusão de parte das vísceras do trato gastrintestinal, responsáveis pela absorção dos nutrientes ingeridos pela dieta. Isto pode conduzir a deficiências de cálcio e vitamina D, culminando em alterações do metabolismo dos ossos. Uma revisão das pesquisas, que abordam o assunto, demonstrou que a cirurgia para emagrecer implica em maior risco de surgimento de quadros de déficit corporal de vitamina D, hiperparatireoidismo secundário, redução do cálcio no sangue e ossos, aumento da desmineralização óssea e perda de massa óssea. Estas condições resultam em doenças dos ossos, como a osteoporose, além de elevarem a chance de fraturas.
A cirurgia bariátrica, sem um acompanhamento nutricional adequado, pode levar a uma menor absorção de nutrientes, contribuindo para um enfraquecimento dos ossos.
Fonte: Current Opinion in Orthopedics 2007
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