terça-feira, 26 de junho de 2007

Supergerme resiste a remédios em centros de saúde

Um estudo divulgado nesta segunda-feira mostrou que um estafilococo pode ter causado infecções em pelo menos um 5% dos pacientes de hospitais e clínicas dos Estados Unidos.

O estudo, divulgado pela Associação de Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia, revelou a presença do estafilococo dourado, altamente resistente à meticilina e invulnerável aos antibióticos comuns. O microorganismo é vinculado a infecções dérmicas graves e causa infecções no sangue, além de pneumonia e outros transtornos.

Em algum momento, pelo menos 30 mil pacientes de hospitais contraíram o estafilococo, segundo o relatório que será apresentado esta semana na reunião anual da associação, em San José (Califórnia).

Segundo John Jernigan, epidemiologista dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), "é um problema enorme nas instituições médicas e é necessário fazer mais para sua neutralização". O germe, contraído por contato, é comum nos locais onde pessoas com feridas abertas são atendidas, diz o relatório.

No entanto, os últimos casos confirmam focos entre presidiários, crianças e atletas, pelo contato ou uso comunitário de toalhas. O estudo em 1.237 hospitais e clínicas estabeleceu que, de cada mil pacientes, 34 tinham contraído o vírus e 12 estavam "colonizados", ou seja, tinham o estafilococo mas não mostravam sintomas.

Fonte: EFE

domingo, 24 de junho de 2007

Pesquisadores britânicos criam pílula de insulina


Pacientes com diabetes poderão, em breve, tomar um comprimido para controlar a doença em vez de tomar várias injeções de insulina. A companhia britânica Diabetology, junto com especialistas da Universidade de Cardiff, afirma que resolveu um problema importante relativo à insulina oral.

A companhia criou uma capa especial para a cápsula, que protege a insulina dos ácidos estomacais, permitindo que passe para o intestino delgado, onde será absorvida. Os pesquisadores vão apresentar os resultados de testes feitos em 16 pacientes para a Associação Americana de Diabetes.

Sem agulha

Os detalhes da pesquisa conduzida pelo médico Steve Luzio não podem ser divulgados antes que ela seja apresentada. Os resultados devem mostrar que doses orais atingem as mudanças necessárias na forma como o corpo trata o açúcar do sangue para o tratamento do diabetes.

Os testes devem mostrar que a dose oral, tomada duas vezes por dia, antes do café da manha e do jantar, controla os níveis de glicose, pelo menos em pacientes com diabetes tipo 2. Outros cientistas também estão tentando criar formas de fornecer insulina via oral sem que ela seja processada no estômago.

Pesquisadores de Taiwan estão usando compostos químicos encontrados em conchas de caranguejos para proteger o remédio. E insulina inalada já está disponível para os diabéticos que têm fobia de agulhas ou pessoas que têm problemas graves para injetar a insulina.

A organização britânica Diabetes UK aprovou a pesquisa, mas afirmou que as descobertas ainda estão nos primeiros estágios e devem ser tratadas com cautela. "Esta pesquisa ainda está nos estágios iniciais. Gostaríamos de ver mais resultados, como a medicação pode afetar pessoas com diabetes que estão em uma dieta normal", disse Iain Frame, gerente de pesquisa da organização."

E também a pesquisa indica que uma grande quantidade de medicação é necessária para diminuir os níveis de glicose no sangue", acrescentou. O grupo que precisa mais de insulina para controlar o açúcar no sangue é o de pessoas com diabetes do tipo 1.

Freqüentemente, o diabetes do tipo 2 pode ser controlado apenas com uma dieta especial ou medicamentos via oral. Apenas quando a doença progride é que o paciente poderá precisar de insulina.

Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 22 de junho de 2007

OMS apresenta plano para deter tuberculose


A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou hoje um plano bienal para deter o avanço das formas de tuberculose resistentes ao tratamento farmacológico, o que permitiria salvar até 1,2 milhão de vidas nos próximos 10 anos.

O diretor do departamento para a Tuberculose da OMS, Mario Raviglione, explicou que a cada ano aparecem entre 400 e 450 mil novos casos de tuberculose que apresentam alguma das duas formas conhecidas de resistência às drogas normalmente usadas.

A primeira é conhecida pela sigla MDR-TB, que exige tratamentos mais complexos. Mais recentemente apareceu uma segunda forma ainda mais inquietante para a OMS, conhecida como XDR-TB, que torna ineficazes as drogas mais sofisticadas e que ocorre quando os casos de MDR-TB são mal tratados.

Os dois tipos são contagiosos, lembrou Raviglione. Ele afirmou que o plano da OMS para deter a progressão da tuberculose exigiria um financiamento de US$ 2,15 bilhões, que deverá sair do Fundo Global da ONU para a Aids, a Tuberculose e a Malária, assim como de contribuições da comunidade internacional.

Entre os objetivos do plano estão investimentos no fortalecimento dos programas nacionais para o tratamento da tuberculose resistente, a modernização de laboratórios e o financiamento de pesquisas para melhorar o diagnóstico, os remédios e as vacinas.

As preocupações da agência têm aumentado nos últimos seis meses devido a um foco de XDR-TB na África do Sul, "praticamente incurável". A situação foi agravada pela alta incidência do vírus do HIV no país, disse Raviglione.

Só um dos 53 sul-africanos afetados pela tuberculose resistente sobreviveu. O resto morreu num período de 25 dias depois de serem retiradas as primeiras mostras do bacilo.

No mês passado, foi descoberta uma pessoa infectada com esse mesmo tipo de tuberculose, num vôo procedente dos Estados Unidos.

Segundo a OMS, 1,6 milhão de pessoas morreram por causa dessa doença em 2005, ou 4.400 pessoas por dia. Setores pobres de países asiáticos são responsáveis por metade das mortes registradas.

Fonte: EFE

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Pessoas que fizeram redução de estômago ficam bêbadas mais rápido


As pessoas que sofrem cirurgia de bypass gástrico (na qual o estômago é reduzido a no máximo 20%, com sua parte superior separada e grampeada horizontalmente) se embriagam mais rapidamente e demoram mais para voltar ao estado de sobriedade, segundo um estudo de cientistas da Universidade de Stanford.

O grupo afirma que o procedimento cirúrgico, cada vez mais comum para combater a obesidade, intensifica os efeitos do álcool.

A pesquisa foi inspirada pela apresentadora de TV Oprah Winfrey, contou John Morton, professor-assistente de cirurgia em Stanford e que realizou mais de 100 mil procedimentos desse tipo.

Morton foi entrevistado por Winfrey no ano passado para discutir os efeitos da cirurgia e teve a atenção despertada para a preocupação da audiência em relação ao álcool. "Ouvi a piada de que um paciente bebeu um copo de vinho e foi preso por dirigir bêbado, mas quis saber se realmente havia uma diferença entre o antes e o depois da cirurgia", explicou.

Para medir os efeitos do álcool, os cientistas deram um pouco de vinho tinto para 19 pacientes operados e 17 pessoas que não passaram pela cirurgia. Depois foi medido o nível de álcool a cada cinco minutos. Os pacientes operados chegaram a um pico alcoólico na respiração de 0,08% comparado com o outro grupo, cujo nível máximo foi de 0,05%.

Nos Estados Unidos não se pode dirigir com um nível de álcool igual ou superior a 0,08%.

Os pacientes com bypass também levaram mais tempo para voltar ao nível zero de álcool --cerca de 108 minutos em média, contra os 72 minutos do outro grupo.

A cirurgia também altera a maneira com que se metaboliza o álcool, segundo o estudo, que foi apresentado na reunião anual da sociedade americana de cirurgia bariátrica (American Society for Bariatric Surgery). Quase 150 mil americanos passam por esse tipo de cirurgia por ano.

Da France Presse, em San Francisco

Fonte: Folha On line

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Estudo confirma uma forma diferente de transmissão da doença de Chagas

Fernanda Marques

Quando se fala na transmissão do Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas, logo vem à cabeça o barbeiro. Este inseto, ao picar o indivíduo, libera suas fezes infestadas pelo parasita, que, quando a pessoa se coça, penetra no organismo através de erosões na pele ou mucosas. Esta é a via mais comum, mas a ocorrência de alguns surtos fez com que os cientistas começassem a levar em consideração a transmissão oral do T. cruzi. E um estudo do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (CPqGM), unidade da Fiocruz na Bahia, sustenta as evidências de que o protozoário pode, sim, ser transmitido pela ingestão de alimentos contaminados. No domingo (20/03), um episódio ocorrido em Santa Catarina pode comprovar a pesquisa. A morte de três pessoas, vítimas da doença de Chagas, e a confirmação de outros 15 casos da enfermidade no estado levaram a Vigilância Sanitária a suspender a venda de caldo de cana nos estabelecimentos comerciais. A doença teria sido transmitida pela bebida.



Imagem de um Trypanosoma cruzi


Em 1968, membros de uma comunidade agrícola de Teotônia (RS), começaram a apresentar uma doença febril grave. Ninguém atinava se tratar da doença de Chagas, já que não havia barbeiros nas casas nem nas escolas. Após muita investigação, chegou-se à conclusão de que as verduras consumidas no refeitório da comunidade eram fonte de T. cruzi. Provavelmente, marsupiais - reservatórios do protozoário - contaminaram as hortas com secreções provenientes de suas "glândulas anais", que são um verdadeiro meio de cultura para o parasita.

Muitos anos depois ocorreu outro surto, dessa vez em Catolé do Rocha (PB). Houve uma grande festa de bodas de ouro em uma fazenda e, dias depois, alguns convidados começaram a apresentar aquela mesma doença febril. O caldo de cana ou outros alimentos servidos, provavelmente, estavam contaminados por excreções de gambá com T. cruzi. O casal que comemorava as bodas faleceu em decorrência da doença de Chagas.

Recentemente, a transmissão oral do T. cruzi tem sido resposável por microepidemias no Pará. Famílias inteiras desenvolvem doença de Chagas, mas os domicílios não estão infestados pelo barbeiro. Este vive em palmeiras e, atraído pela luz, cai no equipamento usado no preparo do suco de açaí, que fica do lado de fora da casa. O inseto é triturado e contamina a bebida com o protozoário. Resultado: quem toma o suco corre sério risco de ficar doente.

Todos esses casos relatados em Rio Grande do Sul, Paraíba e Pará chamaram a atenção dos cientistas. A questão que se colocava era: caso o T. cruzi fosse engolido, ele não seria destruído pelo suco gástrico? Então, a médica Sonia Gumes Andrade, especialista em patologia experimental, do CPqGM, propôs um experimento para responder à pergunta. "Introduzimos o T. cruzi, através de um tubo, diretamente no estômago de camundongos", conta ela, que havia estudado as cepas de T. cruzi isoladas dos casos da Paraíba e do Pará. "Observamos que o parasita não só sobrevivia ao suco gástrico como também era capaz de infectar os animais. Estes desenvolviam a doença com lesões idênticas às observadas nos camundongos em que o protozoário era inoculado por via sangüínea", revela.

O achado da pesquisadora comprova que o T. cruzi, caso engolido, pode causar infecção por via digestiva (ou intragástrica). "Pela via mais comum, o simples fato de o indivíduo se coçar já permite a entrada e a disseminação do protozoário. Imagine, então, se a pessoa ingerir grande quantidade de parasitas: isso pode ser ainda mais grave", comenta Sonia. Mas a pesquisadora lembra que não há razão para que se evite comer verduras, caldo de cana ou suco de açaí. "O problema não são os alimentos, e sim a presença do T. cruzi", sublinha. São principalmente os parasitas do biodema tipo III - isolados, em geral, de animais silvestres - que conseguem causar infecção por via digestiva. Um biodema reúne cepas de T. cruzi com características semelhantes.

As cepas do biodema tipo III são, em geral, muito patogênicas. No experimento, a cepa desse tipo demonstrou maior capacidade de atravessar a barreira gástrica e produzir infecção mais intensa no camundongo, se comparada às outras cepas dos biodemas I e II. "É de interesse assinalar que as cepas do biodema tipo III estão mais ligadas ao ciclo silvestre, o que possibilita as 'microepidemias' em locais onde os barbeiros não estão domiciliados", completa Sonia

Fonte: Fiocruz

Banco de sangue do IFF precisa de doadores - Rio de Janeiro


O Banco de Sangue do Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade materno-infantil da Fiocruz, precisa de doadores. Os voluntários são encaminhados ao Hemorio, que é o órgão coordenador das atividades hemoterápicas no Rio de Janeiro. Atualmente, o IFF usa em média 400 bolsas de hemocomponentes (concentrados de hemácias, plasma e plaquetas) por mês, mas tem recebido apenas 180.

Para ser um doador é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. No dia da doação é necessário levar um documento de identificação com foto. Os voluntários podem entrar em contato com o Banco de Sangue do IFF pelo telefone (21) 2554-1763 ou ligar para o Hemorio 0800 282 0708. Mais informações também no sítio www.hemorio.rj.gov.br

O Hemorio funciona de segunda a domingo, inclusive feriados, das 7h às 18h (Rua Frei Caneca, n° 8, Centro).

Fonte: Fiocruz

terça-feira, 19 de junho de 2007

Trabalho estima freqüência de fatores que podem estar associados a câncer de mama


As freqüências de fatores que podem estar associados ao câncer de mama foram estimadas em mulheres cadastradas no Programa Saúde da Família (PSF) no município de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Publicado em maio na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, o estudo determinou o percentual de mulheres que apresentavam fatores de risco para a doença sugeridos na literatura científica. Os pesquisadores consideraram não só fatores de risco já estabelecidos (como idade igual ou superior a 50 anos, antecedente pessoal de câncer de mama e casos da doença em parentes de primeiro grau), mas também outros ainda controversos, que incluem aspectos do comportamento. O estudo foi conduzido por Valéria Pinho, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), e Evandro Coutinho, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz.

Nas dez unidades do PSF em Teresópolis foram entrevistadas cerca de 700 mulheres, residentes nas áreas urbana e rural. Quanto aos fatores de risco já estabelecidos, a pesquisa mostrou que 36,1% delas tinham 50 anos ou mais; 0,4% já tiveram câncer de mama; e 3,7% relataram casos de mãe, irmãs ou filhas com a doença.

O câncer de mama é o tumor invasivo que mais acomete e mata mulheres no Brasil. A mortalidade elevada se deve ao fato de que mais de 60% dos casos no país são diagnosticados somente em estágios avançados. Para a detecção precoce da doença recomenda-se que todas as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, mesmo que não apresentem sinais nem sintomas, façam uma mamografia pelo menos a cada dois anos. Para aquelas com antecedente pessoal ou familiar da doença, os cuidados precisam ser redobrados: elas devem fazer a mamografia anualmente desde os 35 anos, mesmo que sejam assintomáticas, como preconiza o Programa Viva Mulher do Ministério da Saúde.

Entre outras variáveis que podem estar associadas ao câncer de mama, mas que a literatura científica ainda considera controversas, cinco tiveram elevada prevalência entre as mulheres entrevistadas em Teresópolis: estar obesa (30%); ter amamentado por menos de um ano (37,4%); apresentar histórico de abortos (38,5%); ter usado pílulas anticoncepcionais por cinco anos ou mais (41,1%); e não praticar exercícios físicos (58,7%).

Pode ser que a relação entre essas variáveis e o câncer de mama não se confirme no futuro. Contudo, a freqüência elevada delas na população estudada merece atenção, na medida em que existe consenso de que estão envolvidas na causalidade de outras doenças, como as cardiovasculares, por exemplo. “Essas variáveis são importantes para a saúde pública em geral”, afirma Valéria. “Elas devem, portanto, ser usadas como temas para ações educativas em saúde da mulher”, conclui a pesquisadora.

Autora: Fernanda Marques

Fonte: Fiocruz

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Estudo: retardar corte do cordão umbilical faz bem


Esperar alguns minutos para cortar o cordão umbilical de recém-nascidos traz benefícios à saúde dos bebês no início de sua infância, mostra um estudo conduzido por cientistas canadenses.

A pesquisa realizou testes com 1.912 bebês, dos quais 1.001 tiveram o cordão rompido após pelo menos dois minutos após o parto. Na amostra restante, o rompimento foi imediato.

Em artigo publicado no Journal of the American Medical Association, a Dra. Eileen Hutton, da Universidade de Hamilton, disse que os benefícios da espera se traduziram em melhores níveis de ferro no sangue das crianças.

Como conseqüência, eles disseram, as crianças que tiveram o rompimento adiado demonstraram menos tendência a desenvolver anemia na idade entre dois e seis meses.

O procedimento também diminuiu os riscos de icterícia, uma condição comum em recém-nascidos, que se expressa na cor amarela da pele e do branco dos olhos, eles afirmaram.

Países pobres

O corte imediato do cordão umbilical é uma prática mais comum nos países desenvolvidos. Mas a pesquisa disse que esperar alguns minutos permite que um maior volume de sangue circule da mãe para o filho.

Para a Dra Hutton, este procedimento pode beneficiar os países mais pobres, onde a anemia e a falta de células sangüíneas que fornecem oxigênio para os tecidos é um problema entre os recém-nascidos.

Como ressalva, os cientistas disseram ter verificado uma superprodução do número de células vermelhas no sangue - a chamada policitemia - mas afirmaram que "esta condição parece ser benigna".

Fonte: BBC Brasil

domingo, 17 de junho de 2007

Tratamento de genes pode ser aplicado ao cérebro


Cientistas demonstraram que é possível aplicar o tratamento de genes ao cérebro, pelo menos em ratos, mediante injeções intravenosas, o que abre portas para tratamentos não agressivos das doenças neurais, publica hoje na internet a revista britânica "Nature".

A introdução de qualquer tipo de fármaco no cérebro pode gerar problemas, já que a barreira sanguínea age como barricada e impede a entrada de remédios.

Em um experimento com ratos, o cientista Manjunath N. Swamy e um grupo de colegas do Instituto para a Pesquisa Biomédica de Boston (EUA) percebem como ao injetar pequenos fragmentos de ácido ribonucleico (RNA) junto a um complexo de proteína virótica no fluxo sangüíneo de ratos infectados com uma doença mortal de encefalite, o complexo proteínico de RNA chegava ao cérebro.

As proteínas fixam as células neuronais, dando passagem ao RNA, que é absorvido e pode desativar genes-chave mediante um processo conhecido como interferência do RNA.

Após o experimento, os especialistas detectaram que 80% dos roedores tratados sobreviviam à doença, enquanto os ratos que não receberam o tratamento faleceram.

Apesar de advertirem para a necessidade de aperfeiçoar o método, os cientistas dizem que a técnica poderia oferecer uma forma útil de levar ácidos nucleicos e fármacos de moléculas pequenas ao cérebro.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Como calçar luva estéril

O procedimento de calçar um par de luvas estéril, requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção. Atenção, esta técnica sofre pequenas variações quando associadas ao uso de aventais estéreis, mas não foge da regra.

As luvas estéreis, devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas.

Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos numeradas como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante.

Após realizar a lavagem correta das mãos (observar as indicações de qual lavagem utilizar), abra o pacote de luva sobre uma superfície limpa, e a altura confortável para sua manipulação.


Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. Elas existem para facilitar a abertura do papél, sem que ocorra o risco de tocar nas luvas e contaminá-las. Então, segure nas abas e abra os dois lados que revestem as luvas, conforme a figura abaixo.


As luvas estão dispostas corretamente à sua frente, onde a luva da mão direita, está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na maioria dos fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam dispostas nesse sentido, devido a dobra existente do polegar.

Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não-dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada propositalmente). Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna.




Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas não se preocupe se os dedos ficaram mau posicionados dentro da luva. Continue o procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito arriscado tentar arrumar a posição dos dedos , você pode contaminá-la).



Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, sempre segurando-a pela face interna da luva.


Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos colocar a luva na mão esquerda (não-dominante).

Lembre-se, que agora estamos com uma luva estéril na mão dominante, e não podemos tocar em lugares que não sejam estéreis, seja eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor.

Com a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por dentro da dobra existente). Esta dobre existente no punho da luva, servirá de apoio para segurar a luva, sem que se corra o risco de contaminar a luva, mesmo que de forma imperceptível.



Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua mão esquerda (não-dominante), na luva, semelhante ao realizado na primeira luva, mas agora, com a cautela de não tocar com a luva na pela da mão esquerda ou em locais não estéreis.



Siga esta etapa, até introduzir toda a mão esquerda na luva.


Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite manipular a luva na região dos punhos caso esta não possua mais as dobras de segurança.




Fonte: Sanches, L.M.P.; Como calçar Luva Estéril. Enfermagem.org - Aprendendo e ensinando com tecnologia.
Capturado on-line em:

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Duas Gotinhas: Sábado é dia de vacinação contra poliomielite


Acontece no próximo sábado (16) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. O Ministério da Saúde preconiza que 95% das crianças menores de cinco anos sejam vacinadas. A campanha vai das 8h às 17h. Todos os postos de saúde estarão aplicando as “gotinhas” contra a paralisia infantil.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Carina Biffe, diz que mesmo a doença estando erradicada do Brasil e do estado de São Paulo (desde 1988), a campanha é fundamental. Ela explica que quando o maior número possível de crianças são vacinadas ao mesmo tempo, elas liberam o vírus vacinal pelas fezes, estabelecendo uma proteção no meio ambiente. “Caso o vírus selvagem (causador da paralisia) chegue até nós ele será combatido pelo vacinal”, informou.

Embora as crianças sejam mais suscetíveis à doença em função do seu sistema imunológico, os adultos também podem se contaminar com o vírus da poliomielite. “Vacinando as crianças menores de cinco anos protegemos toda uma população através do meio ambiente”, salientou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica. Por essa razão mesmo as crianças com a caderneta de vacinação em dia devem ser imunizadas no sábado.

Em agosto acontece a segunda etapa da campanha e os pais devem repetir o procedimento de levar os filhos com até quatro anos, 11 meses e 29 dias às unidades de saúde. Os bons índices de imunização previnem que casos de paralisia infantil voltem a acontecer no país.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Hospital, lugar de estudar e aprender

Muitas pessoas freqüentam hospitais para consultar- se com médicos e outros profissionais de saúde, tratar-se de alguma doença ou receber medicamentos. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), uma unidade da Fiocruz, encontraram uma função inovadora para o local: ser um espaço para aprender e compartilhar conhecimentos.

A iniciativa pioneira partiu da epidemiologista Claudia Teresa Vieira de Souza, chefe do Serviço de Desenvolvimento Metodológico do Departamento de Epidemiologia e Antropologia, que coordenou um grupo de estudos formado por pacientes do Ipec e seus familiares ou amigos. “Durante as consultas de saúde pública, identificamos que muitos dos pacientes do projeto de prevenção de tuberculose, que eu coordeno, haviam parado de estudar no Ensino Fundamental ou Médio”, conta Claudia. “A maioria deles manifestava interesse em aprender novos conteúdos, mas também falava sobre a falta de oportunidade”. A pesquisadora idealizou, então, uma espécie de curso sobre doenças infecciosas e parasitárias, com noções de biologia, epidemiologia e técnicas de prevenção, batizado Grupo de Estudo em Epidemiologia e Prevenção de Doenças Infecciosas e Parasitárias.

O estudo piloto consistiu em oito encontros com quatro horas duração, duas vezes por semana. As aulas foram ministradas por pesquisadores do Ipec e alunos do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), outra unidade da Fiocruz, onde Claudia é docente.

Após a exposição teórica, os alunos participavam, a cada aula, de uma dinâmica de grupo para avaliar os conteúdos assimilados. Além da exibição de figuras e slides explicativos, outras estratégias pedagógicas utilizadas pela equipe incluíram jogos educativos, observação de lâminas no microscópio, exposição de caixa de vetores transmissores de doenças, acesso a dados epidemiológicos na internet e manipulação de peças anatômicas (cadavéricas).

Os participantes realizaram, ainda, um passeio pelo campus da Fiocruz, com visita ao Parque da Ciência e ao Espaço Biodescoberta, entre outros. “Quando escolhemos o conteúdo das reuniões, nos preocupamos em não manter nosso foco apenas em tuberculose e Aids, principais doenças enfrentadas pelos nossos pacientes”, ressalta a enfermeira Aline Neves Camera, parceira de Claudia no projeto. “Tratamos desses assuntos, mas não demos ênfase somente a eles porque já são muito vivenciados pelos participantes do estudo”.

As últimas aulas trataram de temas como automedicação, correta higienização das mãos e medidas de segurança a serem tomadas em hospitais por parte de pacientes e visitantes. Ao final do curso, os integrantes receberam certificado de participação e apostila com os conteúdos abordados, incluindo indicações de livros e sites onde podem ser encontradas mais informações sobre cada tema.

Conhecimento direcionado ao auto-cuidado

Clientes do projeto de prevenção de tuberculose do Ipec foram os primeiros pacientes incluídos no grupo. Cada um deles pôde convidar um familiar ou amigo para participar, decisão que surgiu a partir de entrevistas realizadas com os pacientes antes da formação do grupo: muitos manifestavam a importância de as pessoas próximas conhecerem melhor as doenças enfrentadas, a fim de evitar preconceitos.

Ao todo, o estudo piloto contou com 15 participantes. “Um dos nossos objetivos foi desmistificar a idéia de que somente profissionais da saúde podem entender e trabalhar na prevenção das doenças infecciosas e parasitárias”, explica a pesquisadora. “Consideramos a saúde como processo histórico e social e queremos abrir espaços para o diálogo com o saber popular, estimulando a participação da sociedade. A idéia é que os próprios ex-participantes se tornem agentes multiplicadores”.

O trabalho começou a dar frutos ainda durante sua execução. “Um dos participantes nos convidou a realizar palestra sobre dengue na Associação dos Moradores de Nova Iguaçu, usando os materiais didáticos preparados para o grupo de estudos”, conta Claudia. Ainda por meio dos contatos de participantes, os pesquisadores foram convidados a realizar cursos em ONGs relacionadas à HIV/Aids em Marechal Hermes.

Segundo a coordenadora, oferecer oportunidade de acesso ao conhecimento científico em relação à prevenção e ao tratamento de doenças cria, nos pacientes, a consciência da importância dos cuidados com a própria saúde. “Esses saberes, se aprendidos de forma significativa, podem estimular o autocuidado, reforçar a auto-estima das pessoas e ajudar a reduzir o número de casos destas doenças infecciosas,” afirma.

Os temas tratados em aula pretendem, por exemplo, contribuir para a redução do risco de cruzamento de infecções no ambiente hospitalar. “Essa iniciativa é importante porque infecções adquiridas em comunidades e hospitais vêm sendo um grande encargo financeiro para a saúde pública, já que o tratamento dessas infecções tem se tornado cada vez mais difícil com o surgimento de microrganismos multiresistentes”, ressalta a enfermeira Sonia Maria Ferraz Medeiros Neves, doutoranda do IOC e membro da Comissão de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar do Ipec.

Experiência enriquecedora também para os pesquisadores

Ao lidar com um grupo bastante heterogêneo – os participantes tinham diferentes idades, profissões e níveis de escolaridade –, uma das maiores preocupações de Claudia era criar um clima de compartilhamento de saberes, em que todos os integrantes se vissem no mesmo nível, inclusive em relação aos pós-graduandos que preparavam as palestras e dinâmicas. “Queríamos evitar a relação aluno-professor”, justifica.

Na elaboração dos encontros, a equipe esteve aberta às necessidades dos participantes, com programa flexível para se adaptar às peculiaridades do grupo. “Muitas vezes os professores vêm com um ‘pacote’ pronto do que pensam serem os interesses dos alunos”, alerta a bióloga Valéria Trajano, doutoranda responsável por parte das discussões sobre microbiologia. “Na prática, vimos que o diálogo é muito importante para compreender as reais necessidades de cada turma”.

Além disso, a bióloga Lúcia Maria Ballester Gil, mestranda na época do estudo piloto, aponta que os pacientes têm muito a contribuir no que diz respeito ao conhecimento do processo saúde/doença. “Aprendi muito mais do que esperava, foi uma das experiências mais importantes da minha vida profissional”, conclui.

Já para o médico e doutorando Marco Aurélio de Azambuja Montes, que contribuiu com aula sobre noções de anatomia humana, uma das características mais edificantes do trabalho foi “poder trabalhar fora do ensino formal e estimular a formação de agentes multiplicadores, que farão com que as informações e conceitos científicos cheguem às comunidades que mais precisam com a linguagem mais apropriada”.

O trabalho sobre o grupo de estudos já foi publicado em eventos sobre educação em ciências e saúde e acaba de ser aprovado para apresentação no 43º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que ocorreu em março, em Campos do Jordão.Animada com os bons resultados do estudo piloto, a equipe pretende criar novos grupos, um por semestre, com 20 participantes cada, além de expandir a oportunidade a outros pacientes do Ipec.

Atualmente, está em negociação com editora a publicação da apostila usada no grupo, que poderá ser aproveitada como material didático para pessoas que trabalham com educação em saúde.

Nas palavras dos participantes do primeiro grupo de estudo...

“Esclareci várias dúvidas, era como se eu estivesse em casa, conversando com amigos. Depois de aprender tanto, tomo muito mais cuidado com a contaminação dos produtos que consumo. Agora, para eu comer alguma coisa, tenho que limpar muito bem, colocar de molho... Valeu a pena saber”. (L.M.B.,vendedora, 50 anos, paciente do Ipec desde 1993)

“Esses encontros me enriqueceram em muitas coisas, como aprender a lavar as mãos corretamente. Para mim, lavar as mãos era coisa simples. Depois da dinâmica que fizemos, vi a quantidade de micróbios que ainda podiam me contaminar. Agora já aprendi a lavar as mãos muito bem. Aprendi a me proteger das doenças infecto-parasitárias cuidando também das roupas e, principalmente, da alimentação. Até a minha casa ficou diferente”. (M.J.C., do lar, 61 anos, irmã de paciente do Ipec)

“Estou sempre cobrando o próximo curso, porque também sou um agente multiplicador e quero encaminhar algumas pessoas da ONG em que trabalho. Quando você aprende informação tão rica quanto o conteúdo desse curso, sua vida muda, você passa a contribuir mais enquanto cidadão. Muitas pessoas abandonam tratamentos por falta de informação e auto-estima, não adianta só dar os remédios. Informação nunca é demais”. (E.B., escriturário, 45 anos, paciente do Ipec desde 1994)

“O grande problema que enfrentamos hoje é a falta de informação. Esse trabalho devia ser levado a colégios públicos, centros comunitários, hospitais. Eu, por exemplo, aprendi muitas coisas sobre dengue e já coloquei em prática alertando um amigo sobre a água que se acumula em plantas no seu sítio e favorece a multiplicação de mosquitos. Nada melhor do que esse contato direto”. (A.G.S., 36 anos, paciente do Ipec desde 1995)

“O curso foi de altíssimo nível e para mim foi muito importante, porque eu também sou da área da saúde e trabalho com portadores de HIV. Ampliou meus horizontes, principalmente por causa do vínculo que se formou entre os participantes e a equipe. É importante levar para as outras pessoas essa humanização”. (J.L., técnica de enfermagem, 41 anos, amiga de paciente do Ipec)

Autora: Catarina Chagas

Fonte: Fiocruz

sábado, 9 de junho de 2007

Homem tem sangramento esverdeado no Canadá

Uma equipe de cirurgiões canadenses ficou assustada quando o paciente que estava operando sangrou numa cor escura e esverdeada, segundo relato da revista científica The Lancet.

O homem de 42 anos estava passando por uma cirurgia na perna, e a cor de seu sangue era semelhante à do personagem alienígena Spock da série Jornada nas Estrelas.

A cor escura e esverdeada de seu sangue foi causada por medicamentos para enxaqueca que ele estava tomando. A cirurgia prosseguiu com sucesso e o sangue voltou à cor normal quando o homem diminuiu a quantidade de remédios.

Hemoglobina

O paciente estava tomando grandes doses de sumatriptan - 200 mg por dia.

O consumo deste medicamento causou um problema raro chamado sulfahemoglobinemia, quando o enxofre é incorporado à hemoglobina - que leva o oxigênio - nas células vermelhas do sangue.

Descrevendo o caso à revista The Lancet, a equipe liderada pela médica Alana Flexman, do Hospital St. Paul de Vancouver, escreveu que "o paciente se recuperou sem problemas e parou de tomar sumatriptan depois de ser liberado".

"Quando consultado cinco semanas depois da última dose, descobrimos que ele não tinha sulfahemoglobina em seu sangue", acrescentou. O paciente precisou de uma cirurgia de urgência, pois tinha desenvolvido um problema sério nas pernas depois de adormecer sentado.

Os médicos fizeram um procedimento para salvar os membros chamado fasciotomia, que envolve fazer incisões cirúrgicas para aliviar a pressão e inchaço causado pela condição apresentada pelo paciente - síndrome de compartimento.

Na síndrome de compartimento, o inchaço e a pressão em um espaço restrito limitam o fluxo do sangue e causam danos localizados aos tecidos e nervos.

Geralmente, o problema é causado por trauma, hemorragia interna ou por curativos ou gesso apertados demais.

Fonte: BBC Brasil

Fonte: http://www.enfermagemvirtual.com.br

sexta-feira, 8 de junho de 2007

RESOLUÇÃO COFEN N° 272/2002 - Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras


O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas atribuições legais e regimentais;

CONSIDERANDO a Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5º, XII e 197;

CONSIDERANDO a Lei nº 7.498/86 c.c. o Decreto nº 94.406/86, respectivamente no artigo 11, alíneas "c", "i" e "j" e artigo 8º, alíneas "c", "e" e "f";

CONSIDERANDO o contido no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução COFEN 240/2000;

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluções-COFEN nºs 195/1997, 267/2001 e 271/2002;

CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE, sendo atividade privativa do enfermeiro, utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade;

CONSIDERANDO a institucionalização da SAE como prática de um processo de trabalho adequado às necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as áreas de assitência à saúde pelo enfermeiro;

CONSIDERANDO que a implementação da SAE constitui, efetivamente, melhora na qualidade da Assistência de Enfermagem;

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTA/COFEN, nos autos do PAD-COFEN Nº 48/97;

RESOLVE:

Art. 1º - Ao Enfermeiro incumbe:

I - Privativamente: A implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de enfermagem, que compreende as seguintes etapas:

Consulta de Enfermagem: Compreende o histórico (entrevista), exame físico, diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem.

Para a implementação da assistência de enfermagem, devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas, conforme descriminados a seguir:

Histórico: Conhecer hábitos individuais e biopsicossociais visando a adaptação do paciente à unidade de tratamento, assim como a identificação de problemas.

Exame Físico: O Enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas:inspeção, ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades encontradas para validar as informações obtidas no histórico.

Diagnóstico de Enfermagem: O Enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no histórico e exame físico, identificará os problemas de enfermagem, as necessidades básicas afetadas e grau de dependência, fazendo julgamento clínico sobre as respostas do indíviduo, da família e comunidade, aos problemas, processos de vida vigentes ou potenciais.

Prescrição de Enfermagem: É o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, que direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção da saúde.

Evolução de Enfermagem: É o registro feito pelo Enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente. Desse registro constam os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes.

Artigo 2º - A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituição da saúde, pública e privada.

Artigo 3º - A Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário, devendo ser composta por:

-Histórico de enfermagem
-Exame Físico
-Diagnóstico de Enfermagem
-Prescrição da Assistência de Enfermagem
-Evolução da Assitência de Enfermagem
-Relatório de Enfermagem

Parágrafo único: Nos casos de Assistência Domiciliar - HOME CARE - este prontuário deverá permanecer junto ao paciente/cliente/usuário assistido, objetivando otimizar o andamento do processo, bem como atender o disposto no Código de Defesa do Consumidor.

Artigo 4º - Os CORENS, em suas respectivas jurisdições, deverão promover encontros, seminários, eventos, para subsidiar técnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem, na implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE;

Artigo 5º - É de responsabilidade dos CORENS, em suas respectivas jurisdições, zelar pelo cumprimento desta norma.

Artigo 6º - Os casos omissos, serão resolvidos pelo COFEN.

Artigo 7º - A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2002.

GILBERTO LINHARES TEIXEIRA
COREN-RJ Nº 2.380
PRESIDENTE

CARMEM DE ALMEIDA DA SILVA
COREN-SP Nº 2.254
PRIMEIRA SECRETÁRIA

quinta-feira, 7 de junho de 2007

RESOLUÇÃO COFEN Nº 308/2006 - ENFERMAGEM EM CASAS DE PARTO

Revoga a Resolução COFEN nº 305/2006

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas atribuições legais consignadas na Lei nº 5.905/1973, no Estatuto do Sistema COFEN/CORENs, aprovado pela Resolução COFEN-206-1997, tende a vista a deliberação do Plenário:

CONSIDERANDO a Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988, em seus artigos 5º, XII que trata dos direitos e garantias fundamentais e art. 197 que trata de regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;

CONSIDERANDO a Lei 7.498/86, em seu artigo 11, e o Decreto 94.406/86, artigo 8º;

CONSIDERANDO a Lei 7.498/86, em seu artigo 12, e o Decreto 94.406/86, artigo 9º;

CONSIDERANDO o contido no art. 927, do Código Civil Brasileiro, que trata da responsabilidade civil, da obrigação de indenização por atos ilícitos;

CONSIDERANDO a Lei 8080 de19 de setembro de 1990, lei orgânica de Saúde, no art. 5º, inciso III;

CONSIDERANDO o contido na Resolução COFEN nº 223/1999 que dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal;

CONSIDERANDO o contido na Portaria 888/GM de 12/07/99 que regulamenta as Casas de Parto;

CONSIDERANDO o contido na Portaria nº. 985, de 05 de agosto de 1999, publicada no D.O.U. de 06/08/1999 que cria os Centros de Parto Normal;

CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução COFEN nº. 240/2000;

CONSIDERANDO o disposto na Resolução COFEN nº. 272/2002, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, onde está determinada a utilização de método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade, prevenindo riscos e a Assistência de Enfermagem livre e isenta de riscos provenientes da imperícia, imprudência e negligência no exercício profissional;

CONSIDERANDO o Pacto Nacional pela redução da mortalidade materna, Brasil 2004 - Ações estratégicas - qualificar e humanizar a atenção ao parto, ao nascimento;

CONSIDERANDO os estudos e pareceres emanados pela Câmara Técnica de Assistência;

RESOLVE:

Art. 1º - Normatizar as responsabilidades do Enfermeiro quanto ao funcionamento de Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto, para o atendimento à mulher e ao RN no período grávidicio-puerperal.

§ 1º - Considera-se como Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto, o estabelecimento de saúde que presta atendimento humanizado e de qualidade exclusivamente ao parto normal sem distócias.

§ 2º - O Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto deverá estar inserido no sistema de saúde local, atuando de maneira complementar às unidades de saúde existentes e organizados no sentido de promover ampliação do acesso, do vínculo e do atendimento, humanizando a atenção à gestante em pré-natal, ao parto e ao puerpério e ao RN;

§ 3º - O Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto poderá atuar física e funcionalmente integrado a um estabelecimento assistencial de saúde, unidade intra-hospitalar ou como estabelecimento autônomo unidade isolada, desde que disponha de recursos materiais e humanos compatíveis para prestar assistência, conforme disposto nesta Resolução.

§ 4º - O Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, quando atuar com autonomia fisico-estrutural (sem estar vinculada, fisicamente, a uma unidade hospitalar) deverá garantir, por contrato ou Termo de Compromisso registrado em Cartório, a retaguarda necessária para possível situação de recurso à Assistência Hospitalar para a parturiente e para o RN;

§ 5º - O Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, sendo conduzido por Enfermeiro e havendo profissionais de Enfermagem, deverá estar devidamente registrado no Conselho Regional de Enfermagem, e com o respectivo Certificado de Responsabilidade Técnica vigente;

Art. 2º - O Enfermeiro deverá investir para que o Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto seja referência junto às Unidades Básicas de Saúde da sua área de abrangência e em especial às Unidades de Saúde da Família;

Art. 3º - O Enfermeiro deverá manter informados os Comitês de Mortalidade Materna e Infantil/Neonatal da Secretaria Municipal e/ou Estadual de Saúde a que estiver vinculado, no que couber;

Art. 4º - Ao Enfermeiro Responsável pelos Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, cabem as seguintes atribuições abaixo relacionadas, além daquelas que sejam de sua competência legal à saber:

I - Desenvolver atividades educacionais e de humanização, visando à preparação das gestantes para o plano de parto no Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, além da amamentação do recém-nascido/RN;

II - Acolher a mulher no ciclo gravídico e puerperal e a avaliar as condições de saúde materna e do feto;

III - Permitir a presença de acompanhante de escolha da parturiente;

IV - Viabilizar de acordo com as características dos Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto, o acompanhamento pré e pós-natal;

V - Avaliar as condições fetais pela realização de partograma e de exames complementares;

VI - Garantir a assistência ao parto normal sem distócia, respeitando a individualidade da parturiente, priorizando a utilização de tecnologias não evasivas de cuidados;

VII - Garantir a assistência ao RN normal;

VIII - Elaborar e implementar Protocolos Técnicos referentes às diversas formas de intervenção na assistência de Enfermagem à Parturiente e ao RN, que deverão ser encaminhados ao Conselho Regional de Enfermagem ao qual estiver vinculado para sua aprovação;

IX - Garantir a assistência imediata ao RN em situações eventuais de risco, devendo para tal, dispor de profissionais capacitados para prestar manobras básicas de ressuscitação, segundo protocolos clínicos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria;

X - Garantir a imediata remoção da gestante, para unidades de referência, nos casos eventuais de risco ou intercorrências do parto, em veículo apropriado (ambulância) e acompanhado pelo Enfermeiro. Caberá ao Enfermeiro, assumir a Coordenação da Assistência de Enfermagem até a efetivação da transferência Instituicional, devidamente documentada na forma da Lei (SAE);

XI - Garantir a imediata remoção do RN de risco para serviços de referência, em unidades de transporte adequadas, imediatamente, sendo esta remoção, em veículo apropriado (ambulância) e acompanhado sempre pelo Enfermeiro. Caberá ao Enfermeiro, assumir a Coordenação da Assistência de Enfermagem até a efetivação da tranferência Institucional, devidamente documentada na forma da Lei (SAE);

XII - Acompanhar e monitorar o puerpério, por um período mínimo de 10 dias (puerpério mediato);

XIII - Desenvolver ações conjuntas com as Unidades de saúde de referência e com os Programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde, no que diz respeito à Saúde da Mulher e Saúde da Criança que tenham sido assistidos pelo estabelecimento;

XIV- Todas as ações assistencias de Enfermagem deverão ser registradas em prontuário, conforme normatização pertinente (SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM);

Art. 5º - O Enfermeiro Responsável Técnico deverá estabelecer uma estrutura física compatível com a Assistência à ser prestada, conforme o definido na Portaria MS-985, artigos 4º e 5º;

Art. 6º - O Enfermeiro deverá garantir a existência de recursos humanos mínimos necessários ao funcionamento do Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, a saber:

I - Equipe mínima constituída por 01 (um) Enfermeiro Coordenador, com Especialidade em Obstetrícia; 01 (um) Enfermeiro assistencial, com especialidade em obstetrícia; 01 (um) Técnico de Enfermagem; 01 (um) Auxiliar de Enfermagem; 01 (um) Auxiliar de Serviços Gerais e 01 (um) Motorista de ambulância, por período de funcionamento;

II - Os Recursos Humanos deverão ser rigorosamente adequados à demanda assistencial existente e aos ditames da Resolução nº 293/2004, que trata do dimensionamento de pessoal;

III - O Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto, quando autônomo, deverá contar com uma equipe de suporte técnico composto por 01 (um) médico obstetra, 01 (um) médico neonatologista, sob contrato;

Art. 7º - Quando o Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto não estiver localizado junto a uma unidade de referência, o Enfermeiro Responsável Técnico pelo estabelecimento deverá manter 01 (um) veículo ambulância de suporte básico, equipado para atendimento às urgências/emergências obstétricas, com motorista permanente, à disposição. Parágrafo Único : Toda remoção neste caso deverá ser feita pelo Enfermeiro Obstetra e 01 (um) Técnico de Enfermagem. Caberá ao Enfermeiro, assumir a coordenação da Assistência de Enfermagem até a efetivação da transferência institucional, devidamente documentada na forma da Lei (SAE);

Art. 8º - O Enfermeiro Responsável Técnico pelo Centro de Parto Normal e/ou Casa de Parto deverá manter o estabelecimento devidamente licenciado pela autoridade sanitária competente do Estado ou Município, atendendo aos requisitos constantes desta Resolução e na Portaria MS-985/99;

Art. 9º - A implantação desta Resolução deve ser cumprida por todo enfermeiro, em sua atuação, e em toda situação onde houver a ação profissional de Enfermagem;

Art. 10 - Os Conselhos Regionais em suas respectivas jurisdições, deverão promover ampla divulgação desta Resolução e da íntegra da PORTARIA 985/1999;

Art. 11 - É de responsabilidade do Conselho Regional, em sua respectiva jurisdição zelar pelo cumprimento desta norma.

Art. 12 - Os casos omissos serão resolvidos pelo COFEN.

Art. 13 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se disposições em contrário, em especial a Resolução COFEN Nº. 305/2005.

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2006

Dulce Dirclair Huf Bais
Presidente
COREN-MS Nº 10.244

Carmem de Almeida Silva
Primeira Secretária
COREN-SP Nº 2.254

Fonte: http://www.portalcofen.gov.br

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Poucas doses de ecstasy já afetam memória, diz estudo


Uma pesquisa realizada pela Universidade de Amsterdã revelou que pequenas doses de ecstasy são suficientes para causar danos à memória.

O estudo, publicado na revista científica Archives of General Psychiatry, foi comandado pelo professor Ben Schmand e recrutou 188 voluntários que nunca haviam experimentado a droga antes, mas admitiram que o fariam num futuro próximo.

O grupo foi submetido a uma bateria de testes de atenção e de memória.

Dois anos depois, os pesquisadores analisaram novamente os voluntários, dividindo-os em dois grupos. O primeiro incluía 58 pessoas que admitiram ter experimentado a droga pelo menos uma vez e, o segundo, com 60 voluntários que não haviam tomado ecstasy. Os 70 restantes não participaram.

Em entrevista à BBC Brasil, o pesquisador Ben Schmund disse que, em média, os novos usuários haviam experimentado a droga três vezes e que a “baixa dose foi suficiente para afetar a memória”.

“A perda da memória é sutil, muitas pessoas nem percebem. Mas a pesquisa mostra que se elas nunca tivessem usado a droga, teriam tido um desempenho melhor”, avalia Schmund.

No novo teste, os dois grupos ouviam atentamente a uma lista com 15 palavras e tinham de repeti-las 20 minutos depois. Numa segunda etapa, a lista incluía 30 palavras e, novamente, os pesquisadores pediram aos voluntários que as repetissem 20 minutos mais tarde.

“Foi na segunda etapa que constatamos as maiores diferenças entre os dois grupos. Os novos usuários esqueceram várias palavras", conta o professor.

"Nós concluímos que mesmo pequenas doses de ecstasy estão associadas à diminuição da memória verbal”.

O estudo, que contou com o apoio do Ministério da Saúde holandês, teve como objetivo estudar os efeitos do ecstasy, droga considerada pesada e proibida na Holanda.

Serotonina

A principal razão para a perda da memória se deve à ação da droga, que diminui a quantidade da serotonina.

O hormônio é responsável por várias funções cognitivas, mas desempenha um papel importante para o aprendizado e a memória.

Também conhecida como a "droga do amor", o ecstasy provoca a sensação de euforia e geralmente é consumido em boates.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Nova técnica permite diagnosticar pré-eclâmpsia com maior precisão

Primeira causa de morte materna no Brasil e uma das principais causas de parto prematuro, a pré-eclâmpsia agora pode ser diagnosticada de forma mais precisa. Utilizando o ecodoppler orbitário – método normalmente empregado para avaliar o fluxo sangüíneo ocular por meio de ultra-som –, foi possível detectar as alterações de fluxo sangüíneo que ocorrem nas pacientes com pré-eclâmpsia, identificando a presença e o estágio da doença, que se manifesta pelo aumento da pressão arterial na gestação e por alterações generalizadas no organismo materno.

A principal descoberta que permitiu ao oftalmologista Alexandre Simões Barbosa, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, utilizar o exame na pré-eclâmpsia foi a constatação de que, ao contrário do que era relatado na literatura, o fluxo sangüíneo ocular em pacientes com pré-eclâmpsia aumenta. “A princípio esperávamos confirmar a redução do fluxo sangüíneo ocular. No entanto, após ter realizado o exame nas primeiras pacientes com pré-eclâmpsia, verificamos que ocorre exatamente o contrário”, explica Barbosa.

A diferenciação entre a pré-eclâmpsia e outras formas de hipertensão arterial durante a gestação, especialmente a hipertensão crônica, é um dos pontos fortes da nova técnica. Muitas vezes a diferenciação entre as duas condições é confirmada apenas após o parto. Além disso, com o estudo, foi possível demonstrar que o aumento do fluxo sangüíneo ocular ocorre antes do aumento da pressão. “Agora é possível distinguir com mais segurança as pacientes com pré-eclâmpsia daquelas com hipertensão crônica”, afirma o pesquisador.

Outras vantagens do novo método são a agilidade no diagnóstico e a possibilidade de acompanhamento da gestante. Antes, o diagnóstico era baseado na medida da pressão e na pesquisa de proteínas na urina – condição conhecida como proteinúria – mas esses procedimentos podem levar mais de um dia e, segundo Barbosa, podem não ser suficientes para o diagnóstico e acompanhamento do progresso da doença. “A agilidade no diagnóstico é muito importante, pois a pré-eclâmpsia pode se desenvolver rapidamente. Uma gestante que apresente a forma leve da doença pode desenvolver sua forma mais grave a qualquer momento. O comportamento da doença é imprevisível”, enfatiza.

A dopplerfluxometria das artérias oftálmicas, como o exame é chamado, é um procedimento simples, não invasivo, e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias sem riscos para a paciente. Um aparelho é colocado sobre os olhos da paciente, produzindo imagens do globo ocular e dos vasos sangüíneos que permitem a obtenção dos chamados parâmetros de fluxo. Os resultados são obtidos durante a execução do exame.

A pré-eclâmpsia, em geral, causa nas gestantes dores de cabeça, alterações visuais como flashes luminosos e diminuição da visão, tontura e vômitos, entre outros sintomas, mas pode provocar também convulsões, acidente vascular cerebral e até a morte. Nos bebês, ela provoca o chamado sofrimento fetal – causado principalmente pela deficiência da placenta em suprir o feto – e pode levar ao baixo peso no nascimento e à prematuridade.

Mariana Ferraz
Ciência Hoje/RJ

Fonte: Ciência Hoje Online

domingo, 3 de junho de 2007

RESOLUÇÃO COFEN Nº. 315/2007


Dispõe sobre procedimentos necessários para o recadastramento geral e a substituição do novo modelo de cédula para os Profissionais Inscritos e Autorizados nos Conselhos Regionais de Enfermagem.

O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, no uso de sua competência estabelecida no Artigo 2º e Artigo 8º, nos incisos IV e VII da Lei 5.905/73; no Artigo 1º e Artigo 13, nos incisos V e XIV do Regimento Interno do Sistema COFEN/CORENs, aprovado pela Resolução COFEN nº. 242/2000; Artigos 1º, 2º, e 23 da Lei 7498/86; Artigos 1º e 15 do Decreto 94.406/87 e no Artigo 1º e o parágrafo único da Lei 8.967/94;

Considerando o Acórdão nº. 147/2006 do Tribunal de Contas da União - TCU-PLENÁRIO, em sua Seção Extraordinária de 14 de novembro de 2006;

Considerando os Artigos 2º e 4º da Resolução COFEN nº. 226/00;

Considerando o Artigo 3º da Resolução COFEN nº. 261/01

Considerando o Artigo 1º da Resolução COFEN nº. 290/04;

Considerando a Portaria COFEN nº. 129/06 que nomeia o grupo de estudo responsável por apresentar projeto de Recadastramento Geral da Enfermagem e proposições para atualização dos modelos de Cédulas Profissionais;

Considerando que as constantes evoluções de tecnologia em todas as áreas vêm proporcionando meios de se agilizar o processamento das informações para uma melhor oferta de serviços administrativos;

Considerando a necessidade de se garantir a fidedignidade das informações contidas nos Bancos de Dados do Sistema COFEN/CORENs;

Considerando a necessidade de se consolidar todas as informações referentes aos inscritos em prontuário eletrônico extinguindo as Carteiras de Identidade Profissional, o que representará menor custo na aquisição de documentos para os profissionais;Considerando a deliberação do Plenário em sua Reunião Ordinária nºs. 346, de 31 de janeiro de 2007 e 349 de 27 de abril de 2007, e tudo que mais consta do PAD COFEN nº 027/2007;

Resolve:
Art. 1º - Expedir Novo Modelo de Cédula de Identidade Profissional, válida como prova de Identidade e Habilitação para o exercício da profissão na área de Enfermagem, em todo o Território Nacional.

§ 1º - A cédula tem Fé Publica, para todos os efeitos legais, de acordo com a Lei nº. 6.206/75 de 07 de maio de 1975.

§ 2º - Ficam extintos a partir de 12 de julho de 2008, os modelos atualmente em vigor de Cédula de Identidade Profissional.

§ 3º - As especificações técnicas para confecção das novas Cédulas deverão obedecer aos critérios mais modernos e rígidos de segurança.

Art. 2º - São de competência exclusiva do COFEN a confecção e o preenchimento das Cédulas de Identidade profissional de Enfermagem.

Art. 3º - Criar na área de Registro do Sistema COFEN/CORENs o Prontuário Eletrônico que conterá todas as anotações antes consignadas na Carteira de Identidade Profissional.

Parágrafo único - Fica extinta a Carteira de Identidade Profissional, perdendo sua validade a partir de 12 de julho de 2008.

Art. 4º - Os profissionais inscritos nas categorias Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem ou ainda portadores de Cédula de Autorização, ficam obrigados a preencher questionário de recadastramento para atualização dos registros profissionais do Sistema COFEN/CORENs e substituição do modelo da Cédula de Identidade.

Art. 5º - Os profissionais que responderem corretamente ao questionário, apresentarem os documentos completos e estiverem em situação regular junto aos respectivos Conselhos Regionais, terão sua Cédula substituída sem qualquer ônus.

§ 1º - A concessão gratuita da nova Cédula de Identidade contemplará apenas profissionais já inscritos.

§ 2º - A substituição da Cédula de Identidade Profissional terá concomitantemente a aposição de um carimbo de cancelamento na Cédula substituída.

Art. 6º - Para expedição da nova cédula será exigida dos profissionais a apresentação de:

I - Questionário preenchido corretamente, com indicação de seu número de inscrição no COREN de sua jurisdição ou comprovante do recadastramento on-line emitido ao enviar os dados para o COFEN.

II - Comprovante de regularidade da situação financeira junto ao COREN de sua jurisdição.

III - Comprovante de residência.

IV - 01(uma) foto recente, 3x4 com fundo branco.

V - Cópia da Cédula de Identidade Profissional

VI - Cópia da Carteira de Identidade (RG)

VII - Copia de todas as folhas numeradas da Carteira Profissional de Identidade.

VIII - Ficha-modelo espelho fornecido pelo COREN, contendo a foto, assinatura e impressão digital do polegar direito.

Parágrafo Único: Portadores de Cédula de Identidade de Autorização deverão apresentar cópia das seguintes páginas de sua Carteira de Trabalho:

a - folha rosto, onde consta a sua foto e assinatura;

b - folha verso, onde constam seus dados pessoais;

c - folha onde consta o contrato de trabalho na função que deu origem a concessão de sua autorização, conforme Lei nº. 8. 967 de 28 de dezembro de 1994.

Art. 7º - A divulgação do Recadastramento dos Profissionais de Enfermagem, bem como da substituição do modelo de Cédula Profissional, será ampla utilizando-se a mídia adequada a cada região e através dos sites do COFEN, e dos CORENs.

Art. 8º - O Questionário de Recadastramento estará disponível a partir de 28 de maio de 2007, para preenchimento via internet, acessando-se o site http://www.portalcofen.gov.br/, e também em formulário impresso para preenchimento manual junto às Sedes e Subseções dos CORENs.

Art. 9º - Fazem parte deste ato os anexos:

I – Informações sobre Recadastramento;

II – Roteiro para Preenchimento do Questionário Impresso;

III – Modelos dos Questionários para preenchimento via Internet e Manual.

Art. 10 – O COFEN baixará instruções aos CORENs para a logística e operacionalidade do recadastramento.

Art. 11 – Os casos omissos serão resolvidos pelo COFEN.

Art. 12 – Esta Resolução entrara em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrario.

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2007.

Dulce Dirclair Huf Bais
COREN-MS nº. 10.244
Presidente

Carlos Rinaldo Nogueira Martins
COREN-AP Nº. 49.733
Primeiro-Secretário

sábado, 2 de junho de 2007

Ministério da Saúde vai vacinar crianças contra pólio

O Ministério da Saúde, em parceria com todas as secretarias de Saúde estaduais e municipais, realiza no próximo 16 de junho a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2007. A meta deste ano é imunizar cerca de 16,3 milhões de crianças menores de cinco anos, o que corresponde a 95% da população do país nesta faixa etária. A segunda etapa será em 25 de agosto.

A estratégia de aplicar a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP) em massa foi adotada em 1980, quando foi realizado pela primeira vez o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Cerca de 18 milhões de crianças foram vacinadas. Desde então o sucesso vem se repetindo ano a ano, o que levou à erradicação da doença em território nacional. O último caso de pólio foi registrado em 1989, em Sousa, na Paraíba.A vacina contra a pólio é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo.

Apesar dos altos índices de vacinação alcançados no Brasil, nem todos os municípios conseguem 95% de cobertura vacinal em crianças menores de cinco anos. Por isso, é importante a mobilização da população em todo o país para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite.

Além da vacina contra a pólio, também estarão disponíveis nos postos de saúde outras vacinas do calendário nacional, como a tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e meningite), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) , hepatite B e rotavirus.

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Vitamina B pode melhorar saúde das artérias

A ingestão de ácido fólico, a vitamina B, pode reduzir em até 30% o risco de ataques de apoplexia, segundo um estudo divulgado esta semana na revista médica The Lancet. A vitamina B já era recomendada a mulheres grávidas, já que sua ingestão previne possíveis defeitos congênitos no bebê, mas agora um novo estudo afirma que o ácido fólico melhora também a saúde das artérias. Segundo a pesquisa realizada por uma equipe de especialistas da Universidade de Northwestern em Chicago, Estados Unidos, esta vitamina diminui os níveis de homocisteína no fluxo sangüíneo, um aminoácido que aumenta o risco de apoplexias, doenças coronárias e tromboses das artérias. Os cientistas descobriram que um suplemento dessa vitamina poderia diminuir o risco relativo de sofrer ataques de apoplexia na faixa dos 18%.

A realização de uma análise mais detalhada mostrou que os tratamentos de longa duração, de mais de 36 meses, podiam reduzir a probabilidade de sofrer dessa doença em 29% e que, em pacientes sem histórico clínico em apoplexias, o ácido fólico podia reduzir o risco em 25%. Segundo os cientistas americanos, suas análise trazem "uma prova coerente que os suplementos de ácido fólico podem reduzir de forma significativa o risco de sofrer ataques de apoplexia".

Fonte: Terra