terça-feira, 29 de abril de 2008

Os antipsicóticos podem aumentar o risco de pneumonia em idosos


De acordo com os resultados de um estudo caso-controle aninhado publicado no volume de abril do Journal of the American Geriatrics Society, pacientes idosos que fazem uso de antipsicóticos apresentam um risco aumentado para pneumonia, principalmente com medicações atípicas.

Dra. Wilma Knol, da University Medical Center Utrecht, na Holanda, relatou que, apesar de serem freqüentemente prescritos, os antipsicóticos geralmente causam uma série de efeitos colaterais especialmente em idosos. Em abril de 2005, o Food and Drug Administration (FDA) publicou um alerta contra o uso de antipsicóticos atípicos no tratamento de transtornos comportamentais em idosos com demência, baseado nos resultados de uma metanálise com 17 estudos placebo-controlados usando vários antipsicóticos atípicos.

O objetivo desse estudo, com base em dados de um banco que coleta informações de altas hospitalares e farmácias comunitárias, foi determinar a relação entre drogas antipsicóticas e o risco de pneumonia em idosos.

Nessa coorte com 22.944 pacientes idosos com pelo menos uma prescrição antipsicótica, houve 543 casos de admissão hospitalar por pneumonia. Cada paciente com pneumonia foi comparado com quatro pacientes-controle randomizados. O uso de drogas antipsicóticas no ano anterior ao ano índice foi classificado como atual, recente, antigo ou inexistente (definido como nenhuma prescrição para antipsicóticos no ano anterior à data índice).

Uma análise multivariada com regressão logística permitiu a determinação da força de associação entre o uso de drogas antipsicóticas e o desenvolvimento de pneumonia.

O risco para pneumonia aumentou 60% com o uso atual de antipsicóticos (odds ratio ajustado [OR], 1,6; intervalo de confiança de 95% [IC], 1,3 – 2,1). O risco foi maior durante a primeira semana após o tratamento com um antipsicótico (OR ajustado, 4,5; 95% IC, 2,8 – 7,3). Após a exclusão de pacientes com delírio, a associação observada persistiu.

Comparados com pacientes tratados com agentes antipsicóticos convencionais, os usuários atuais de drogas atípicas apresentaram um risco maior de desenvolver pneumonia (OR ajustado, 3,1; 95% IC, 1,9 – 5,1 versus OR, 1,5; 95% IC, 1,2 – 1,9). Não foi observada nenhuma relação com a dose.

Segundo os autores, o uso de antipsicóticos em idosos é associado a um risco aumentado de desenvolver pneumonia. Esse risco é maior imediatamente em seguida ao início do tratamento, principalmente, com antipsicóticos atípicos.

As limitações do estudo incluem desenho observacional, impossibilidade de excluir pneumonia pré-existente ao início do tratamento com antipsicóticos, presença de demência, falta de dados diagnósticos psiquiátricos, possíveis diagnósticos falso-negativos e impossibilidade de revisão dos prontuários.

Os autores esclarecem que não devemos superestimar a droga como uma causa potencial de pneumonia, no entanto, os pacientes devem ser monitorados para a ocorrência de problemas de deglutição após o uso de sedativos e deve ser avaliado o risco-benefício do uso da droga.

Fonte: Medcenter

Mulheres com enxaquecas têm maior risco de derrames e infartos


Crises semanais parecem estar ligadas a mais chances de se ter um acidente cerebral.

Freqüência menor nos eventos, no entanto, aumentaria risco de ataques cardíacos.

É um típico caso de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Mulheres com enxaquecas semanais têm um risco maior de ter um derrame. E aquelas que têm a doença, mas crises menos freqüentes, têm maiores chances de ter um infarto. Quem afirma é um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos durante a Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, em Chicago.

“Parece haver um elo claro entre a freqüência dos eventos e o risco cardiovascular”, afirmou o neurologista Tobias Kurth, da Escola de Medicina de Harvard, autor do estudo. “Mas apenas entre aquelas pessoas que vêem auras durante as crises”, explica.A “aura” é um sintoma comum nas crises de enxaqueca, geralmente acompanhada de uma intensa aversão a luz. Não são todas as pessoas com a doença, no entanto, que vêem auras. E essas não parecem estar sob maior perigo. “É algo diretamente ligado à enxaqueca com aura, que não vemos nos demais pacientes”, garantiu Kurth.

É exatamente por isso que o médico acredita que o problema está ligado à doença em si, e não à medicação. “Os remédios contra enxaqueca são os mesmos, independente da presença de aura. Se fosse o medicamento, todos as pacientes teriam o mesmo risco”, disse ele.

Kurth e sua equipe acompanharam por 12 anos 27.798 mulheres, todas profissionais da área da saúde com 45 anos ou mais. Nenhuma delas tinha qualquer doença cardiovascular no início do estudo, mas 3568 tinham enxaqueca – 65% delas com crises menos de uma vez ao mês; 30% com eventos mensais e 5% com dores semanais. Durante os 12 anos, houve 706 acidentes vasculares cerebrais (AVCs), 305 infartos e 310 derrames.

As mulheres que tinham enxaquecas semanais, de acordo com o cientista, tinham três vezes mais chances de ter um derrame. As que tinham menos de uma crise por mês, no entanto, tinham uma vez e meia a mais chance de ter um infarto.

O neurologista pretende agora tentar descobrir se medicar a enxaqueca reduz o risco cardiovascular. “Pode ser que sim, mas vamos precisar de mais estudos”, disse ele.

A enxaqueca é uma doença neurológica e não significa a mesma coisa que “dor de cabeça forte”. Embora as dores sejam o sintoma mais característico do problema, há outros fatores envolvidos que precisam ser tratados por um neurologista.

Marília Juste

Fonte: G1 21/04

domingo, 20 de abril de 2008

PRESIDENTE DO COFEN PARTICIPA DE SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA ABEN


Encontro aconteceu de 17 a 19 de abril, em Curitiba, Paraná.

O Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Manoel Carlos Néri da Silva, participou do 2º Seminário Internacional sobre Trabalho na Enfermagem, realizado de 17 a 19 de abril, no Hotel Bourbon, em Curitiba, Paraná. A convite da Presidente da ABEn, Maria Goretti, o dirigente da autarquia integrou a mesa de abertura do evento, que contou com a presença de cerca de 400 pessoas. Durante seu discurso, ele falou sobre as recentes ações desenvolvidas pela sua gestão, iniciada em outubro de 2007.

Uma das mais importantes, afirmou o Presidente, foi a mudança da sede do COFEN, do Rio de Janeiro para Brasília, iniciada neste mês. “Assim que tomamos posse nos debruçamos para tornar realidade nossa atuação no Distrito Federal. Hoje, digo com orgulho que compramos um imóvel na Asa Norte, onde hoje já atuam a Presidência e algumas assessorias. Os demais colaboradores estão em fase de transferência”, comemorou. De acordo com Manoel Néri, Conselho deveria estar no DF há muito tempo: a Lei 5.905/73, que cria o Sistema COFEN/CORENs, exige que sua sede seja na Capital Federal.

Manoel Néri falou também sobre recente compromisso firmado com Maria Goretti. “Em nossa primeira reunião fui cobrado publicamente e assumimos um compromisso de levar a julgamento ético aqueles que dilapidaram o patrimônio do Sistema COFEN/CORENs”.

No seminário, duas representantes da ABEn entregaram, ao Presidente do Conselho, um ofício solicitando abertura de processo ético, com as assinaturas de Maria Goretti e da Presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Silvia Fernanda Martins Casagrande,. “Não vamos desistir da apuração e da punição dos mandantes e assassinos dos colegas Marcos e Edma Valadão. Então contamos com o apoio das lideranças e dos profissionais nesta iniciativa”, afirmou a Presidente da ABEn.

Maria Goretti falou também sobre a retomada dos diálogos entre o Conselho e a Associação, após 15 anos de divergências. “Com o COFEN queremos uma agenda mínima que promova o resgate da credibilidade e da competência da autarquia, a fim de fortalecer as nossas ações em prol da Enfermagem”, disse a dirigente da ABEn.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Federal de Enfermagem

CTBEP PROMOVERÁ II ENCONTRO - RJ: PENSANDO E REPENSANDO O BEM-ESTAR DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM

Evento ocorrerá no dia 30 de maio próximo, no auditório do COFEN

A Câmara Técnica de Bem-Estar Profissional (CTBEP) do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) promoverá o II Encontro - RJ: Pensando e Repensando o Bem-Estar do Profissional de Enfermagem. Será no dia 30 de maio de 2008, das 9h às 13h, no auditório da autarquia, na Glória, Rio de Janeiro.

No encontro, ocorrerão duas palestras: “Aspectos Legais Relativos ao Ambiente de Trabalho” e “Riscos Ambientais”. O objetivo é gerar subsídios para a Enfermagem que proporcionem discussões pelo desenvolvimento profissional nos ambientes de trabalho. Participarão do evento chefias de entidades ligadas à classe.

Para o Presidente do COFEN, Manoel Carlos Néri da Silva, encontros como esse permitem a ampliação do debate. “Por meio da iniciativa da Câmara Técnica, poderemos avançar na busca por dois dos nossos principais intuitos: a valorização e o respeito aos profissionais da nossa área”, afirmou.

Neste link você saberá sobre a programação completa do evento:

http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID=7617&sectionID=38

Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)

COFEN RESTABELECE DEMOCRACIA NO PROCESSO ELEITORAL DO COREN-CE

A Procuradoria Geral do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) obteve nesta quarta-feira, dia 16 de abril, uma medida judicial suspendendo os efeitos da liminar concedida nos Autos de Mandado de Segurança impetrado pela Chapa 1 do COREN-CE, concorrente ao plenário do Regional. Na ação, os integrantes da chapa determinavam a republicação do edital nº 02, que excluía todos os demais participantes da eleição.

Ivo Aguiar Lopes Borges, Procurador Geral do COFEN, afirmou que a decisão da juíza da 7ª Vara Federal, Salete Maccaloz, foi bastante equivocada. “No mérito do Mandado de Segurança, os impetrantes alegavam apenas questões formais facilmente sanáveis. Com a concessão desta medida, fica restabelecido o processo eleitoral no COREN/CE com a participação de duas chapas, permitindo à Enfermagem cearense a opção de escolha. A partir de agora, que vença a melhor”, destacou o Procurador.

O Presidente do COFEN, Manoel Carlos Néri da Silva, ressaltou que a medida judicial obtida pela autarquia federal, ainda que não seja em caráter definitivo, restaura o processo eleitoral no COREN-CE e reforça a política democrática e transparente conduzida pela atual gestão, que privilegia a ampla participação dos profissionais da Enfermagem na condução de seus Conselhos Regionais.

Manoel Néri garantiu ainda que o processo eleitoral respeita a Resolução COFEN nº 209/98, que contém diversos dispositivos obscuros. “É fruto de políticas de outrora que dificultam a participação dos membros da categoria nas disputas pelos plenários. Não são filigranas jurídicas que vão matar o sonho da Enfermagem de possuir um Conselho forte, transparente e democrático ao lado dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, pela melhoria da atuação do profissional”, concluiu.
Fonte: COFEN

COFEN É RECEBIDO NA ABEn

Reunião em Brasília entre os Presidentes da ABEn e do COFEN teve como objetivo tratar assuntos de interesse da Enfermagem

O Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Manoel Carlos Néri da Silva, solicitou uma audiência e foi atendido pela Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Maria Goretti David Lopes, na sede da ABEn Nacional, em Brasília, na última terça-feira (11/03). A intenção do encontro proposto por Manoel Néri foi retomar o diálogo entre as duas organizações, interrompidas por divergências éticas e políticas, estabelecidas por ex-gestores do sistema COFEN/COREN's.

Maria Goretti deixou claro que a ABEn foi a principal responsável pela criação do COFEN, fazendo inclusive a indicação da primeira diretoria do órgão. "O COFEN surgiu da luta da categoria liderada pela ABEn". A conversa, na opinião de Manoel Néri, foi pautada no interesse recíproco do desenvolvimento da Enfermagem brasileira.

Maria Goretti deixou claro que o ponto de partida do diálogo é a democracia e transparência no Sistema COFEN/COREN's, e solicitou a Manoel Néri a continuidade das apurações no caso do desvio dos mais de R$ 50 milhões do COFEN, cujos processados são os ex-gestores da Autarquia. Pediu também a devida punição àqueles que contribuíram para denegrir a trajetória da profissão, voltada para a atenção à saúde da sociedade.

"A ABEn não desistirá da punição dos assassinos dos enfermeiros Marcos e Edma Valadão e daqueles que covardemente os contrataram. Tentaram calar a voz dos que lutavam pela democracia e a ética no Sistema. E a história não permite a omissão da Enfermagem brasileira neste caso", disse a Presidente da ABEn.

Por outro lado, Manoel Néri reafirmou: "continuamos colaborando com o trabalho da polícia e do Ministério Público Federal. Não podemos permitir irregularidades no órgão que fiscaliza e normatiza o exercício da profissão dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem". Explicou ainda que o Sistema COFEN/COREN's passa, hoje, por um processo de mudanças. Dentre elas, destacou a transferência da sede do COFEN para Brasília e a transparência no pleito eleitoral dos COREN's. "Por isso, precisamos nos unir com entidades representativas. Assim conseguiremos construir novas perspectivas para a Enfermagem", explicou ele, lembrando que o Brasil possui atualmente mais de 1 milhão de profissionais de Enfermagem.

Na opinião de Maria Goretti, é necessário respeitar as competências de cada organização. "Reaproximações como essa, entre a ABEn e o COFEN, que foi criado a partir da luta dos profissionais à época para ser o normatizador da profissão, estimulam o desenvolvimento político da Enfermagem no país. Reiniciamos um diálogo, interrompido por desmandos e autoritarismo de quem preferia exercer um poder unipessoal e corrupto. A excelência das propostas, começando pelo cumprimento dos nove itens estabelecidos na Recomendação 002/2006, do Ministério Público Federal, poderá nos unir para um novo tempo", diz a Presidente.

Outro ponto discutido foi o Código Eleitoral, que precisa passar por modificações, para tornar as eleições do Sistema COFEN/COREN's democráticas. Maria Goretti defendeu as eleições diretas e informou-o das articulações promovidas pela ABEn para modificação da lei que ora rege o Sistema. Ela e Manoel Néri analisaram também os vários projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, como o que pretende reduzir para 30 horas a jornada semanal de trabalho dos profissionais de Enfermagem, estabelecendo uma agenda mínima consensual para atuação com relação às matérias de interesse da categoria.
Maria Goretti David Lopes, Presidente da ABEn, e Manoel Carlos Néri da Silva, Presidente do COFEN.




Manoel Néri e Maria Goretti, durante a reunião na sede da ABEn Nacional, em Brasília.


Fonte: COFEN

domingo, 13 de abril de 2008

Dengue migra com força para o interior do Rio

Apesar do Rio continuar como líder absoluto de notificações de dengue, o interior do Estado também vem sofrendo com a doença. Angra dos Reis é um dos municípios que mais preocupa as autoridades depois de uma explosão de 353% no número de casos, quando comparado aos meses de fevereiro e março. Campos dos Goytacazes, no norte do Estado, também preocupa com um aumento de 86% de notificações da doença.

A prefeitura de Angra dos Reis já confirmou três mortes da doença, mas investiga ainda outras seis vítimas suspeitas de terem contraído o vírus do Aedes aegypiti. A escalada da doença é visível, segundo os números divulgados pelo governo do Estado. Em janeiro, o município registrou 274 casos, em fevereiro outros 848 e, no mês seguinte, a epidemia explodiu na cidade com 3.839 notificações ¿ um aumento de 353% nas notificações.

Prefeitura nega
A prefeitura de Angra dos Reis, porém, defende que a situação do município não é tão grave quanto aparenta. De acordo com o coordenador da Vigilância Entomológica da Secretaria Municipal de Saúde, Leonardo de Freitas, o município já observa uma redução de 50% no número de casos até ontem. O Estado, porém, confirmou até o dia 9 deste mês 196 notificações em Angra uma média de 22 por dia.

"Temos, atualmente, 5.124 notificações, mas desse total apenas 486 pessoas confirmaram de fato serem vítimas de dengue", garante Leonardo. "A expectativa para este mês é de queda nos números."

Segundo Leonardo, a epidemia em Angra está concentrada na região conhecida como Grande Japuíba, área que cresceu desordenadamente nos últimos anos, onde vivem cerca de 35 mil pessoas. Segundo ele, 70% das caixas d¿água não tinham tampas.

"Temos ainda um clima atípico, com chuvas à noite e calor forte durante o dia", justifica o secretário de Saúde.

No interior, outro município que instiga preocupações é Campos dos Goytacazes, no norte do Estado. A cidade já registrou quatro mortes por dengue neste ano e, de fevereiro para março, teve um aumento de 86% nas notificações da doença.

Em janeiro, o município registrou 588 suspeitas de dengue. Em fevereiro, o número subiu para 948 e, no mês seguinte, quase sobrou com 1761 notificações da doença.

Fonte: JB Online

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Método revolucionário acaba com o choro e prolonga o sono dos bebês


Segundo o doutor Harvey Karp, a criança precisa ser embrulhada e colocada de lado.

Técnica conquistou a confiança de Madonna e do ex-007 Pierce Brosnan

Surge um método revolucionário para acabar com o choro e prolongar o sono dos bebês. Segundo o doutor Harvey Karp, a criança precisa ser embrulhada e colocada de lado. Depois, os pais devem fazer barulho. A técnica conquistou a confiança de Madonna, do ex-007 Pierce Brosnan e até do governo americano, que a adotou em creches públicas.

“Os pais costumam pensar que o bebê chora, porque tem cólica. Mas esse é um grande erro. Eles choram”, diz o médico. “Simplesmente porque não sabemos dar a eles o que eles querem”.

Segundo Harvey Karp, os bebês querem que os pais sigam este método. Primeiro, enrolar o recém-nascido em um cobertor, como se fosse um embrulho para presente mesmo. O doutor Karp explica que o bebê pode até resistir, mas logo acaba aceitando e dormindo.

Às vezes, só embrulhar não resolve. E aí vem o segundo passo: colocar o bebê de lado. "É como um reflexo", ele explica. Se o bebê resistir, o doutor recomenda fazer um chiado forte no ouvido dele. Funciona até com um secador de cabelo, sem chegar muito perto.

A explicação para o impressionante resultado obtido por esse método é simples. Ao enrolar o bebê, balançar e fazer um ruído alto e constante no ouvido dele, os pais estão simulando um ambiente bastante conhecido, onde ele vivia apenas algumas semanas antes. Afinal, poucos lugares são tão apertados e barulhentos como o útero materno.

A técnica para fazer o bebê parar de chorar já chegou ao Brasil. A sala da especialista em cuidados com o recém-nascido Stéphanie Sapi-Lignieres está sempre lotada. São os pais de primeira viagem ansiosos por saber como funciona a fórmula do sossego.

“O bebê, quando está dentro do útero, fica em uma posição que adora. A gente olha e pensa que é horrível, mas não deve ser, porque o bebê adora. Quando ele nasce, a gente quer deixar ele solto. Se ele ficar solto, ele chora. Ele fica apavorado e se debatendo, tentando encontrar o limite do útero”, explica a monitora perinatal.

“A gente faz esse procedimento e ela realmente pára e se acalma”, constata a funcionária pública Érica Guedes.

A engenheira Sandra Corrêa, mãe de Joaquim, chegou a ficar na dúvida. Achou que a técnica deixava o filho com mais calor. Resolveu tirar tudo. “Mas não deu muito certo e voltei para o embrulhinho. Procurei tecidos mais leves”, conta ela.

Grávida, a mãe embalava o bebê ao caminhar. Agora ele quer balançar. “É um balançar vertical e suave, não é chacoalhar. Chacoalhar o bebê pode ser até perigoso”, alerta Stéphanie Sapi-Lignieres.

Fonte: G1

Bebês prematuros têm quatro vezes mais chances de adquirir pneumonia e meningite


É preciso alertar os pais para a possibilidade de vacinação gratuita na prevenção das doenças pneumocócicas já no segundo mês de vida para esses casos" Segundo a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital Emílio Ribas, bebês prematuros têm quatro vezes mais chances de ter doenças pneumocócicas, como pneumonia e meningite. Nesses casos, crianças podem tomar gratuitamente vacina que previne o problema.

Bebês prematuros (que nascem com menos de 35 semanas de gestação) têm quatro vezes mais chances de ter as chamadas doenças pneumocócicas, que incluem a meningite e a pneumonia. A informação é da infectologista Rosana Richtmann, do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Segundo ela, é preciso alertar os pais para a possibilidade de vacinação gratuita na prevenção das doenças pneumocócicas já no segundo mês de vida para esses casos.

Meningite pneumocócica é a mais letal

"A partir do segundo mês de vida, esses bebês têm direito a tomar gratuitamente a vacina que previne o problema", explica Rosana. "Mas nem sempre os pais são informados disso ao deixar a maternidade e muitos nem sabem da importância dessa vacina, já que a meningite pneumocócica é a mais letal das meningites", alerta. Desde o ano passado, o acesso à vacina pneumocócica conjugada 7-valente, única no mercado para a prevenção das doenças pneumocócicas, foi aumentado de crianças nascidas a partir de 29 semanas para todos os bebês com menos de 35 semanas de nascimento.

Os pais podem encontrar a vacina pneumocócica conjugada 7-valente nos 39 CRIE (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais) espalhados pelo país.

"Além de crianças prematuras, bebês com síndrome de Down, asma grave, entre outros, também poderão tomar gratuitamente a vacina", lembra Rosana.

"O bebê prematuro também tem um calendário especial de vacinação que pode ser encontrado no site da Sociedade Brasileira de Imunizações", conclui.

O que diz a OMS?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de divulgar um novo parâmetro com as doenças consideradas como "muito alta", "alta" e "média" prioridade em termos de saúde pública para países em desenvolvimento, caso do Brasil. Como muito alta prioridade, apenas a malária e as doenças pneumocócicas foram classificadas pela OMS, na frente de doenças como a dengue as meningites A e C.

A Organização Mundial de Saúde recomenda atualmente que todos os países incluam a vacina pneumocócica conjugada 7-valente em seus calendários de imunização, caso do Ministério da Saúde.

No Brasil, a vacina já consta dos calendários da Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações. Veja os novos parâmetros da OMS:

Muito alta prioridade

Doenças Pneumocócicas
Malária
Alta prioridade

Dengue
Influenza
Meningites A e C

Média prioridade
Meningite B

Fonte: UOL