sábado, 26 de janeiro de 2008

84% dos Curitibanos CONFIAM NA ENFERMAGEM - GAZETA DO POVO - 13 DE JANEIRO DE 2008


O Instituto Paraná Pesquisas realizou uma avaliação a pedido do jornal Gazeta do Povo (Curitiba),entre os dias 17 e 19 de dezembro e publicada na edição do domingo - 13 de janeiro de 2008 - sobre quais profissões contariam com a confiança do povo daquela capital.

E a Enfermagem foi contemplada em terceiro lugar com o elevado índice de confiança dos curitibanos - 84% -, ficando atrás apenas dos Bombeiros (97%) e dos Professores (88%).

A confiança da população em nossa profissão revela que o atendimento cuidadoso à população emtodos os níveis da Saúde é reconhecido como a boa prática da Enfermagem.Temos que comemorar.

Maria Goretti David Lopes

Presidente Nacional da Associação Brasileira de Enfermagem

Fonte: Aben

Febre Amarela Bebês e grávidas devem tomar a vacina?

Nesse fim de semana o Ministério da Saúde descartou a possibilidade de um surto de febre amarela no Brasil. Mesmo assim, todo mundo quis se precaver e correu aos postos de saúde.

No caso das mães preocupadas com a saúde de seus bebês, na barriga ou recém nascido, a recomendação é que a dose seja dada para crianças acima de nove meses (seis meses para as que moram em áreas endêmicas).

No caso das gestantes, a vacina contra febre amarela não é recomendada. “Mas caso ela precise viajar para áreas de risco a solução é tomar a dose.” explica Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante e pelo Serviço de Vacinação do Fleury.

Cerca de 5% das pessoas, incluindo os bebês, podem notar alguns efeitos colaterais de 5 a 10 dias depois de tomar a vacina, como febre, dor de cabeça e dor muscular.

Segundo relatos, existem casos de mães que resolveram sozinhas tomar a dose da vacina, depois foram acompanhadas pelo médico e não houve problema com o feto.

Mas o conselho é sempre o mesmo: converse com seu médico antes de tomar qualquer decisão.

Fonte: TERRA

Nova técnica promete evitar rejeição de transplantes


Médicos americanos desenvolveram uma técnica que permitiria aos pacientes de transplante deixar de consumir remédios para impedir a rejeição do órgão recebido.

Em um relatório publicado pela revista New England Journal of Medicine, os cardiologistas do Hospital Geral de Massachusetts explicaram que o método consiste no enfraquecimento do sistema imunológico do paciente.

Uma vez atingido esse objetivo, o receptor do órgão recebe medula espinhal do doador.

Segundo os cientistas, o procedimento permitiu que quatro de cinco pacientes submetidos a um transplante renal conseguissem deixar os remédios contra a rejeição por um prazo de cinco anos posteriores à operação.

"É possível acreditar que estes pacientes estarão livres dos remédios (contra a rejeição) pelo resto de suas vidas", assinalou o cardiologista David Sachs no relatório sobre a pesquisa.

Desde que começaram os transplantes de órgãos há mais de meio século, a rejeição imunológica foi o principal problema das operações.

Na maioria dos casos os pacientes devem consumir durante toda a sua vida remédios para evitar a rejeição, o que aumenta o risco de outras doenças, entre elas câncer e problemas renais.

"Trata-se de um enorme avanço, mas ainda é necessário refinar o procedimento", manifestou Suzanne Ildstad, especialista em imunologia da Universidade de Louisville (Kentucky).

Fonte: EFE

sábado, 12 de janeiro de 2008

Descoberta moléculas que impedem metástase


A atividade de duas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) presentes em células de câncer de mama impede que a doença se estenda a ossos e pulmões, segundo um artigo publicado hoje pela revista Nature.

A pesquisa pode permitir o desenvolvimento de tratamentos contra a metástase do câncer de mama, um dos de maior incidência nas mulheres. O estudo demonstra que as moléculas de microRNA, conhecidas como mir-126, mir-335 e mir-206, reduzem o tumor e evitam a sua migração.

Mas elas podem ser atacadas "pelas células cancerígenas que se desenvolvem como tumor metastásico", explicou o pesquisador espanhol Joan Massagué, em entrevista à Efe.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas estudaram o desenvolvimento das moléculas "in vitro". Depois, implantaram em ratos células cancerígenas procedentes de linhas celulares de duas pacientes que tinham sofrido câncer de mama.

E comprovaram que restaurar a atividade das moléculas de microRNA em células cancerígenas humanas diminuía a metástase em ossos. Um estudo em 20 pacientes permitiu comprovar que a expressão média das moléculas mir-335 e mir-126 era oito vezes menor nos tumores de pacientes com recaídas.

Fonte: EFE

MINISTRO DO TRABALHO RECEBE PRESIDENTE DO COFEN, EM BRASÍLIA


O ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego), recebeu na manhã desta quinta-feira (10/01), em seu gabinete no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Enfermeiro Manoel Néri, para tratar de assuntos referentes ao Projeto de Lei nº 2392/2007 e demais pautas de interesse da enfermagem brasileira.

Durante o encontro, Manoel Néri solicitou do Ministro o apoio para a aprovação do Projeto de Lei que trata da redução da jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem para 30 horas semanais. A limitação de 30 horas contempla a resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e deverá ser incluída na Lei 7498/86, que regulamenta o exercício da Enfermagem. O Projeto atualmente tramita na Câmara dos Deputados.

O ministro Carlos Lupi relatou ao presidente que tem um grande respeito pela profissão da Enfermagem e que considera o projeto de grande importância para a profissão. Disse ainda, que o Ministério do Trabalho e Emprego está de portas abertas para discutir as propostas apresentadas pelo COFEN.

Em seu discursso, Manoel Néri também relatou que o COFEN passa por um processo de saneamento da administração e que pretende dar continuidade às ações de moralização do Conselho Federal de Enfermagem, com uma gestão transparente e democrática, que respeita as leis do país e os princípios da administração pública.

A reunião contou com a presença da assessoria do ministro e assessores do COFEN, que discutiram e definiram a pauta da audiência. Entre outros pontos abordados, o presidente do COFEN convidou o ministro para participar de uma reunião com os 27 COREN´s, a ser realizada em fevereiro – a data e o local serão divulgados posteriormente. Lupi encerrou dizendo que estará presente no encontro, em apoio à enfermagem brasileira.O Presidente do COFEN saiu muito otimista da audiência. “Da minha parte, tive a sensação de que o ministro Carlos Lupi está respondendo as expectativas criadas pela classe da Enfermagem”, destacou Néri.

Fonte: COFEN

11º CBCENF: de 31 de agosto até 03 de setembro, em Belém, no Pará

A cidade de Belém, no Pará, será a sede do 11º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (11º CBCENF). O encontro, que pela primeira vez será promovido na Região Norte, acontecerá de 31 de agosto até 04 de setembro de 2008, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O espaço possui uma área total de 63 mil metros quadrados, sendo totalmente integrado ao ambiente amazônico e equipado de recursos de última tecnologia para eventos de grande porte.

Em breve serão divulgadas mais informações sobre o Congresso, especialmente em relação às inscrições.
Fonte: COFEN

Recadastramento: Presidente convoca CORENs para reunião em 23/01/08


Encontro será no Rio de Janeiro, com a presença de técnicos da Casa da Moeda do Brasil.

Nesta segunda-feira, dia 7 de janeiro de 2008, o Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Manoel Carlos Néri da Silva, enviou ofício circular convocando todos os presidentes dos CORENs para participarem de reunião sobre o Processo de Recadastramento e Substituição do Documento de Identidade Profissional.

O encontro acontecerá na manhã de 23 de janeiro de 2008, das 9h às 13h, no Auditório do COFEN, Rio de Janeiro. Seu objetivo é apresentar aos CORENs todo o processo de emissão dos novos documentos dos profissionais de Enfermagem.

Entre os assuntos em pauta, Manoel Néri destaca a apresentação da Casa da Moeda do Brasil, vencedora da licitação para produzir as novas carteiras. “Seus técnicos mostrarão aos participantes os detalhes de todo o processo que envolve a produção e emissão dos documentos. Farão ainda a captura de imagens de assinaturas dos Presidentes e Primeiros-Secretários dos CORENs, conforme normas da INTERPOL. Com a digitalização das chancelas, as carteiras serão emitidas com total segurança”, informou.

A reunião também terá a presença de Conselheiros Federais e de funcionários do COFEN, em especial quem participa do Processo de Recadastramento nos Departamentos de Informática. Em seu ofício, Manoel Néri solicita também, se possível, a presença dos profissionais das áreas de Registro e Cadastro dos CORENs.

Fonte: COFEN

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Febre amarela: especialista sugere vacinação em massa


Todos os brasileiros não imunizados devem se vacinar contra a febre amarela por medida de precaução, sobretudo aqueles expostos a regiões de risco. A recomendação foi dada ontem pelo especialista da Fiocruz, José Cerbino, em referência à suspeita atual de casos em áreas urbanas, evento que não ocorria desde 1942. O Ministério da Saúde emitiu ontem uma nota ontem orientando estrangeiros em visita ao país a também se protegerem. Em vários Estados, as campanhas de vacinação estão intensificadas.

"A suspeita de casos de febre amarela é um alerta à população e às autoridades. Ainda não sabemos o que acontecerá nos próximos meses, mas se os casos suspeitos forem confirmados já podemos falar em ameaça de epidemia", diz Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. "Tem de vacinar e isolar áreas, enquanto aguardamos os resultados para saber se o problema é restrito a alguns Estados.

"O Ministério da Saúde recomendou ontem em nota a vacinação contra a febre amarela para todos os viajantes internacionais, acima de seis meses de idade, que se dirigem aos Estados em risco, com antecedência mínima de dez dias da viagem. Desde 2004, a vacina contra febre amarela voltou a fazer parte da cartilha obrigatória para crianças. Quem visitará as regiões Norte e Centro-Oeste, Maranhão, Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo deve conferir se está imune.

"Risco de epidemia há, mas não há motivo para pânico. É bom aproveitar essa situação para sensibilizar as pessoas para a necessidade da vacinação. A proteção está disponível gratuitamente nos postos de saúde", lembra Cerbino.A vacina da febre amarela é 99% eficaz e a produção do produto será dobrada devido ao quadro atual. Gestantes, menores de seis anos, pessoas com o sistema imunológico comprometido por doença (neoplasia ou infecção pelo HIV) ou pelo uso de drogas imunossupressoras, radioterapia e pessoas com história de reação anafilática a ovo de galinha e derivados não devem se imunizar. A vacina demora 10 dias para fazer efeito.

Marcelo Simão Ferreira, infectologista da sociedade, acredita que o aumento do número de casos se deve à maior circulação de mosquitos no período de chuvas:

"Temos que investir mais no combate ao Aedes aegypti para não deixar que o mal se espalhe.

Já Furtado defende que os casos urbanos podem ter ocorrido devido aos assentamentos em florestas:

"Quando você invade a mata, traz o mosquito para dentro de casa", explica. "A presença de pessoas doentes em comunidades onde não havia o mal pode ser outra causa."

A melhoria no sistema de vigilância também possibilitou melhor registro dos possíveis casos urbanos. Eventos, antes não detectados, agora são monitorados. A epizootia, episódio da doença nos macacos, passou a ser acompanhada em 1999.

A febre amarela na grande maioria dos casos tem evolução boa, para cura, mas pode se tornar grave. O ciclo silvestre da doença nunca deixou de existir, e, segundo Cerbino, por uma questão ecologia não é objetivo do governo erradicá-lo totalmente.

Em humanos, foram registrados 349 casos e 161 óbitos por febre amarela silvestre de 1996 a 2007. No ano passado, foram seis casos e cinco óbitos, um aumento em relação a 2006, quando houve dois casos e duas mortes. Cerbino pondera que apenas um caso de contágio de macacos em área urbana, porém, já é alerta para prevenir a epidemia da doença.

"O primata também é uma vitima da doença. É um sinal de que há circulação do virus na região e que o homem pode ser infectado. O mosquito pode pegar o vírus no macaco doente e passar para o homem", explica Ferreira.

Fonte: JB ONLINE

Quase 400 genes estão relacionados ao vício em drogas, aponta pesquisa


Cientistas da China identificaram cerca de 400 genes que parecem fazer com que algumas pessoas sejam mais vulneráveis ao vício em drogas. A descoberta pode abrir um novo caminho --ainda bastante controvertido-- para controlar o problema.

Os especialistas, da Universidade de Pequim, partiram da premissa de que fatores genéticos representam de 40% a 60% da vulnerabilidade de uma pessoa com respeito ao vício. Fatores ambientais e sociais seriam os responsáveis pelo índice restante.

Os pesquisadores se concentraram em quatro substâncias --cocaína, opiato, álcool e nicotina. Eles mapearam cinco principais rotas (ou "caminhos moleculares") que levam ao vício, segundo estudo publicado no "PLoS Computational Biology".

Descobrir quais são esses caminhos é importante no estudo de doenças complexas, já que elas permitem analisar quais são os genes e proteínas envolvidas no problema. No caso do câncer, por exemplo, os médicos utilizam esse método para fazer diagnósticos e previsões sobre o desenvolvimento da doença.

Para analisar o vício em drogas, os pesquisadores analisaram mais de mil artigos divulgados em publicações médicas nos últimos 30 anos que ligavam genes e certas regiões dos cromossomos ao vício em drogas. Eles, então, fizeram uma lista de 1.500 genes relacionados ao vício.

Essa lista deu origem a um banco de dados sobre genes ligados ao problema, que pode ser acessado no site karg.cbi.pku.edu.cn.Dado que alguns desses genes apareciam com mais freqüência que outros na análise dos "caminhos moleculares", os cientistas chegaram a 396 genes que estariam ligados ao problema.

Fonte: Folha Online

domingo, 6 de janeiro de 2008

Vitamina E pode apresentar efeito antagônico na inflamação

Renata Fontoura
Reconhecida por sua propriedade antioxidante – que protege o organismo contra danos causados por compostos químicos reativos conhecidos como radicais livres –, a vitamina E foi alvo de um estudo da Fiocruz que procurou esclarecer seu potencial antiinflamatório. Conduzido por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), o trabalho mostrou que a vitamina E inibe a atividade do receptor nuclear PPAR gama, envolvido no processo inflamatório de doenças como diabetes e arteriosclerose, inibindo a inflamação. Por outro lado, a pesquisa também apontou o papel antagônico da vitamina E em processos inflamatórios, demonstrando que a administração de uma dosagem mais alta, mas abaixo do limite de toxicidade, tem como conseqüência a piora do quadro clínico.





A nutricionista Bárbara Silva desenvolveu o estudo que apontou o efeito antagônico da vitamina E no processo inflamatório



“Utilizamos um modelo experimental em camundongos, no qual provocamos um processo inflamatório através do uso da estrutura de uma molécula presente em bactérias, chamada LPS. Avaliamos o efeito do tratamento com vitamina E neste modelo. Constatamos que uma dose de 40 microgramas por cavidade atua como antiinflamatória realmente. Mas, se a dose for aumentada para 120 microgramas por cavidade, a vitamina E tem atividade pró-inflamatória”, explica a nutricionista Bárbara D’Alegria Silva, que desenvolveu o tema durante sua tese de mestrado no Laboratório de Imunofarmacologia do IOC. “Não esperávamos por este resultado, já que a pesquisa foi iniciada com base em dados da literatura científica que apontavam somente o potencial antiinflamatório da vitamina E”.

Para a bióloga Adriana Ribeiro Silva, pesquisadora do Laboratório de Inflamação do IOC que orientou o trabalho em conjunto com o chefe do Laboratório de Imunofarmacologia, o pesquisador Hugo Caire, o estudo traz um alerta importante quanto ao uso da vitamina E. “O resultado chama atenção para o cuidado necessário em relação ao uso indiscriminado desta vitamina. As pessoas imaginam que quanto maior a dose, melhor o resultado. Constatamos o contrário e isso é importante também porque o ligante do PPAR gama é utilizado clinicamente e aceito comercialmente como um antidiabético”, enfatiza.

A recomendação é seguir com rigor a dosagem dos medicamentos prescritos pelo profissional de saúde. O próximo passo da pesquisa será investigar a atividade pró e antiinflamatória da vitamina E com foco na sepse, condição clínica que resulta da disseminação de bactérias a partir de um foco infeccioso e gera uma resposta inflamatória que pode acarretar o óbito.

Hospital também é lugar de compartilhar conhecimentos


Isis Breves

A partir dos bons resultados do grupo de estudo formado por pacientes do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fiocruz e seus familiares, sob coordenação da epidemiologista Claudia Teresa Vieira de Souza, originou-se outro projeto, intitulado Grupo de estudo em epidemiologia e prevenção das doenças infecciosas e parasitárias: uma iniciativa permeada pela humanização na construção compartilhada de conhecimentos. “O diferencial é que as aulas serão oferecidas não só para os pacientes e seus familiares, mas também para os trabalhadores da Fiocruz que tiverem interesse pela aprendizagem sobre prevenção de doenças, além do lançamento de um livro educativo com o conteúdo ampliado das aulas no primeiro semestre de 2008”, explica Claudia.

O livro abordará noções básicas sobre célula, infecção, processo saúde-doença, anatomia do corpo humano, microbiologia, principais vetores e agentes etiológicos das doenças infecciosas mais freqüentes em pacientes atendidos no Ipec, vigilância epidemiológica, exemplos de doenças de notificação compulsória, como a tuberculose e Aids, farmacovilância e infecção hospitalar.

O grupo de estudo com pacientes e seus familiares foi uma iniciativa pioneira de usar o hospital como local para aprender e compartilhar conhecimentos. “Era um estudo-piloto que agora foi aprovado e se transformou num projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj)”, explica Claudia. Ela ressalta que, durante as consultas de saúde, identificou-se que muitos dos pacientes do projeto de quimioprofilaxia para tuberculose haviam parado de estudar no ensino fundamental ou médio. “Durante o atendimento, foram relatadas à nossa equipe histórias únicas, vivenciadas principalmente por pacientes portadores de doenças infecciosas e parasitárias (como tuberculose, HIV e leishmaniose), seus familiares e amigos. O fato diagnosticado pela minha equipe era de que a grande maioria deles gostaria de continuar a estudar. Por isso, resolvemos criar ações educativas de saúde públicas relacionadas às doenças infecciosas”, conta.

Segundo a coordenadora, a partir desse diagnóstico, foi realizado, em setembro de 2005, um estudo-piloto direcionado à clientela do projeto de quimioprofilaxia para tuberculose. O objetivo era resgatar conceitos adquiridos no ensino formal para facilitar o entendimento das doenças infecciosas e conseqüentemente a prevenção das mesmas. “Nossa proposta para 2008 é fazer um grupo de estudo com trabalhadores do Ipec e futuramente com outros funcionários da Fiocruz. Isso porque muitos trabalhadores da Fundação já manifestaram interesse em participar do grupo", adianta Claudia. Nos grupos de estudo, haverá pessoas com diferentes níveis de escolaridade em uma mesma turma. A idéia é promover a troca de saberes pelos participantes, propiciando impacto significativo nas estratégias de ensino e aprendizagem em biociência e saúde. “O projeto é permeado pela humanização na construção compartilhada de conhecimentos, com a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde”, acrescenta a epidemiologista."O paciente sabe muito sobre a doença por vivenciá-la em seu cotidiano. Ao pensar no curso, a equipe colocou como prioridade a criação de um espaço para troca de experiências traduzidas na voz dos pacientes", esclarece a bióloga Lucia Ballester, do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que participa da iniciativa.

O médico Marco Aurélio Montes, aluno de doutorado de Claudia, é outro integrante da equipe. Ele ministra aulas de noções básicas de anatomia e, para isso, utiliza peças anatômicas reais. “A visualização dos órgãos gera reforço positivo para discutir diversos temas, principalmente no caso das doenças infecto-contagiosas", diz Marco. "Sempre que trabalhamos junto a comunidades específicas, abordando temas de seu interesse, ampliamos as possibilidades de que informações precisas passem a ser difundidas por agentes multiplicadores”.

Além das peças anatômicas, muitos outros materiais são utilizados nas aulas. "Trabalho com dinâmicas e jogos, que constituem a metodologia que desenvolvi no meu doutorado”, afirma a enfermeira Sonia Neves, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Ipec e também orientanda de Claudia. Sonia enfatiza em suas aulas a prevenção e o controle de infecção hospitalar, destacando que lavar as mãos é uma das principais estratégias.

Diferenças térmicas elevadas podem predizer ulceração em pés de diabéticos


Com o objetivo de avaliar a eficácia do monitoramento da temperatura feito em casa para reduzir a incidência de úlceras de pé em pacientes de alto rico com diabetes, David G. Armstrong e colegas americanos realizaram um estudo controlado, randomizado e cego com 225 pacientes. O trabalho resultou no artigo "O monitoramento da temperatura cutânea reduz o risco de ulceração do pé diabético em pacientes de alto risco", publicado na edição de dezembro do American Journal of Medicine.

Segundo o texto, os autores acompanharam, durante 18 meses, pacientes com alto risco de ulceração. Os 225 casos foram divididos em dois grupos: um recebeu a terapia padrão, e o outro tece como tratamento termometria cutânea. Os autores afirmam no artigo que ambos os grupos receberam "calçados terapêuticos, educação para pé diabético, tratamento regular dos pés e foram submetidos à inspeção diária estruturada dos pés".

Porém, o grupo de termometria cutânea usou um termômetro de pele de infravermelho para medir as temperaturas em 6 locais dos pés, duas vezes ao dia. Sempre que havia diferença de temperatura entre os locais direito e esquerdo acima de 2,2°C, os pacientes deveriam entrar em contato com a enfermeira responsável pelo estudo e as atividades deveriam ser reduzidas até a que temperatura fosse normalizada.

Ao final do acompanhamento, os autores identificaram que 19 pacientes (8,4%) apresentaram úlcera, sendo que os indivíduos do grupo de termometria tiveram um terço a mais de chances de desenvolver a úlcera quando comparados aos participantes do outro grupo. Mas, de acordo com os autores no artigo, "a análise de regressão de risco proporcional sugeriu que a intervenção termométrica foi associada com um tempo mais longo significativo para ulceração ajustado para a classificação elevada de úlcera de pé (International Working Group Risk Factor 3), idade e status de minorias".

Com relação à temperatura, os pesquisadores notaram que pacientes que tiveram úlcera apresentaram, na semana anterior à mesma, diferença térmica maior que 4,8 vezes no local da ulceração do que a amostra de 7 dias consecutivos dos 50 outros indivíduos que não ulceraram. Por fim, os autores concluem que "altos gradientes de temperatura entre os pés podem predizer a instalação de ulceração neuropática e a auto-monitoração pode reduzir o risco de ulceração".

Fonte: Unisite