São Paulo - Médicos de nove cidades se uniram para criar no País uma rede de pesquisa, diagnóstico e tratamento do aborto de repetição, situação na qual a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais seguidas, não conseguindo levar a gravidez até o fim. Estão nesse trabalho profissionais de Campinas, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Florianópolis. O problema ocorre em cerca de 5% dos casais em idade fértil, de acordo com estatísticas mundiais.
A proposta, liderada pelo Núcleo de Imunologia da Reprodução Humana (Nidarh), formado por especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pretende ampliar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nesse tipo de aborto, aprimorar o tratamento, criar uma base nacional de dados e estimular o debate sobre resultados com vacinas que combatem falhas imunológicas.
"Quando o banco de dados estiver pronto, ginecologistas e obstetras de qualquer Estado poderão tirar dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento de pacientes", diz o médico Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais Recorrentes da Divisão de Reprodução Humana da Unicamp. Ele explica que o grupo começará no primeiro semestre de 2008 um estudo clínico sobre o aborto recorrente em várias capitais.
O aborto espontâneo recorrente que ocorre até a 12.ª semana de gravidez é chamado de precoce, e as principais causas costumam ser genéticas, infecciosas ou imunológicas.
"Já os mais tardios estão relacionados à dificuldade de expansão e de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez", diz Joji Ueno, coordenador do curso Especialização em Medicina Reprodutiva, ministrado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Estudo feito no ano passado com pacientes atendidas na Unicamp, um dos primeiros a tentar mapear as possíveis causas do aborto espontâneo recorrente, mostrou que, entre esses fatores, o mais freqüente foi o fator imunológico, principalmente o chamado aloimune (93,9%) - processo de rejeição do feto pelo sistema imunológico da mãe por falta ou baixa produção de anticorpos bloqueadores que protegem as células embrionárias.
Fonte: O Estado de S. Paulo
5 comentários:
OLá, tenho útero didelfo, duas vaginas e dois colos uterinos, cada um ligado a uma vagina, e ainda obstrução tubária. Estou aguardando cirurgia de videolaparoscopia para desobstruir e tentar engravidar. Gostaria de receber informações e se for preciso me dispor a estudos.
Aguardo resposta.
Atenciosamente,
Regiane
Olá Regi. Vou tentar saver sobre isso. Desculpe a demora na resposta.
Beijos
Olá Regi ! Infelizmente não achei nenhuma fonte que falasse do seu problema confiável e esclarecedora.
Porém você pode ir neste site que acredito que vão lhe ajudar:
http://www.febrasgo.net/
É a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Boa sorte !
Olá
Sou Jaqueline e também tenho o útero didelfo com 2 vaginas,tenho 22 e pretendo me programar pra gravidez qual a idade mais tarde recomendada?Terei muita dificuldade?
meus úteros tem o tamanho normal...mesmo assim terei muitas dificuldades?
Atenciosamente
Jaqueline ALves
Olá Jaque ! Infelizmente eu não domino sobre este assunto e nunca vi um caso igual ao seu, em pouco mais de 1 ano trabalhando em maternidade.
O que te oriento é procurar um excelente ginecologista/obstetra e te indico um fórum que tem mulheres com a sua mesma situação:
http://www.e-familynet.com/phpbb/utero-didelfo-vt104156.html
Boa sorte e beijos !
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