sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Coluna feminina se adaptou para suportar peso da gravidez

Alegrias da maternidade à parte, carregar um bebê no ventre é um peso -– literalmente. E para se adaptar a um organismo em crescimento em frente a uma coluna projetada inicialmente para animais quadrúpedes, as mulheres tiveram que sofrer algumas mudanças, de acordo com um estudo divulgado nesta semana. Os pesquisadores encontraram alterações estruturais na coluna de mulheres, que não existem nem em homens nem em macacos, feitas especialmente para abrigar uma nova vida com conforto para a futura mamãe.

Basta observar uma mulher grávida para perceber que ela se inclina para trás, em um movimento quase inconsciente. Isso é feito para compensar a alteração no centro de gravidade do organismo causado pela gestação. Segundo o trabalho publicado na revista "Nature", as mulheres, quando grávidas, chegam a se inclinar tanto que aumentam sua lordose (a inclinação da parte de baixo da coluna, que equilibra a parte superior do corpo sobre a inferior) em até 60%.

O movimento é natural, mas, segundo o estudo de Katherine Whitcome, da Universidade Harvard, ele causa um grande estresse na coluna, que precisa de força para suportar o movimento. Para gerar essa força, as vértebras lombares femininas se adaptaram.

Nos homens, a curvatura da lordose se estende por duas vértebras. Nas mulheres, por três. Além disso, as juntas femininas são maiores e mais largas na parte de baixo da coluna do que as masculinas. Tudo isso para deixar a coluna mais forte e mais flexível, para compensar o desconforto que seria esperado de carregar um bebê e sua placenta bem na frente dos quadris.

Whitcome acredita que todas essas mudanças estruturais não apenas ajudam as mulheres a se inclinar e equilibrar melhor, como também permitem que elas carreguem seus filhos nos braços após o nascimento com mais conforto.

As alterações, segundo sua equipe, parecem ter surgido há “apenas” dois milhões de anos. Dois fósseis, um supostamente masculino e outro supostamente feminino, de hominídeos dessa época foram estudados e já apresentavam essas diferenças entre a coluna da mulher e do homem.

Whitcome lembra que nada disso, é claro, é capaz de tornar uma gestação 100% confortável. “A extensão da coluna pode causar dor. A extensão acompanhada da carga extra de um bebê em crescimento, especialmente nos estágios finais da gravidez, pode trazer desconforto materno.
Mas esse desconforto seria ainda maior se as mulheres não tivessem se adaptado para resistir a esse peso extra na coluna”, afirmou ela ao G1. “As mulheres podem agradecer a evolução através da seleção natural pela facilidade relativa com que administram a gravidez”, disse a cientista.

Para evitar a dor, as mulheres já sabem o que fazer “naturalmente”, explica Whitcome, ao se inclinarem. Mas para ajudar a diminuir o peso, é importante que as futuras mamães se alimentem de forma saudável e fiquem em forma, aconselha.

Fonte: G1

Um comentário:

Anônimo disse...

ARBITRARIEDADE DO COFEN
O Plenário do COFEN, em uma Decisão injusta, arbitrária e escusa, afastou a Diretoria do COREN-DF, após os membros desta Diretoria terem aberto um processo por improbidade administrativa contra uma Conselheira Federal e um Conselheiro do próprio COREN-DF. Coincidentemente a Junta Interventora nomeada pelo COFEN é composta por profissionais ligados diretamente à Conselheira Federal denunciada! Vale ressaltar também que a mesma denúncia apresentada na Justiça Federal foi apresentada ao Plenário do COFEN e não foi acatada, ficando os Conselheiros livres para agir da forma como quizerem, com poderes para manipular a Junta interventora a seu bel prazer. Até quando os desmandos deste, que deveria ser o órgão que trabalha de maneira proba e de acordo com o que determina a Lei, vai agir como se órgão privado fosse, porivilegiando seus amigos e não se importando em apurar as denúncia contra eles?